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terça-feira, 15 de outubro de 2013

Ter alguém

Além do que foi relatado anteriormente, tenho sentido muita falta de ter alguém, de estar em um relacionamento.

Sei que manter relacionamento é difícil mas tenho sentido falta de ter carinho, de ter gente que te escute, essas coisas. Não é só ter alguém que você fique um dia, para beijos e sexo. Tenho sentido falta de companhia mesmo.

Isso pode ser visto como uma coisa positiva visto que não acho normal eu ficar tanto tempo (acho que 3 anos) sem a menor vontade de procurar uma namorada ou sair com alguém. Então talvez uma mudança, causada por outras coisas, esteja acontecendo.

Acho que isso tem muita relação com minha ansiedade. Nas últimas semanas, que ando ansioso e impaciente, conforme relatei antes, nem tenho pensado nisso. Estava pensando antes dessas semanas turbulentas.

Muitas pessoas me falaram que eu devia namorar que essa ansiedade passava. Penso que é o contrário. Acho que estarei pronto para namorar quando estiver com minha ansiedade controlada, como estava há semanas atrás.

Vamos a luta para retomar o controle das coisas.

Dias difíceis

As últimas semanas têm sido tão difíceis. Se por um lado, no trabalho, têm acontecido coisas boas, de outro, no plano pessoal, as coisas não vão bem.

Estou com um parente em hospital e nessas idas e vindas a emergência com ela, a gente vê muita coisa ruim. Já vi inclusive tiro dentro do lugar. Além disso, escutamos tantas histórias tristes quando vamos ao hospital que eu deveria estar feliz pela vida que tenho. Mas não consigo enxergar assim.

Não sei se meu nervosismo recente tem sido por ver tanta coisa ruim, ou por saber que uma pessoa próxima se vai em breve ou a soma de tudo isso.

O fato é que ando irritado, impaciente com as pessoas e de novo com dificuldades para dormir.

Devido a minha nova situação profissional, descuidei nos cuidados físicos. Parei com a natação por falta de horários, tenho ido menos do que deveria a academia e faz duas semanas que não vou a terapia.

Será que ficar duas semanas sem me cuidar traz de volta as coisas ruins da minha vida? Tão rápido assim? Não entendo.

Acho que também conta o fato de que estou perdendo o controle das minhas tarefas de novo. Como esse trabalho que peguei é fora da minha cidade, preciso viajar e fico dois dias fora. Aí minha semana que era de cinco dias para as tarefas normais, só me restam 3 dias, sem descontar as horas usadas no transporte entre as duas cidades.

O fato é que sinto minha vida bagunçada de novo, tendo que trabalhar à noite e fim de semana para minimizar os atrasos de trabalho.

Bom, deve ser tudo isso junto que anda causando essas confusões na minha cabeça. Preciso me reorganizar dentro do novo contexto profissional de modo que não falte tempo para os cuidados comigo e nem tenha atrasos com os trabalhos.

Preciso de novo assumir o controle das coisas e não deixar que minha vida seja dominada pelo estado das minhas emoções.





segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Motivações

As pessoas tem diferentes motivações para sair todo dia da cama. Seja por alguém que amam, por trabalho, por objetivos materiais, espirituais, ou outro motivo qualquer, o fato é que cada um tem a sua motivação.

A minha ultimamente tem sido colocar a minha vida em ordem. Por vários erros no passado, tenho dezenas de pendências para resolver. A maior parte delas se refere a dívidas, principalmente com o Fisco. Nunca agi de má-fé mas deixei para depois cumprir obrigações que, se não feitas no prazo correto, geram um custo imenso. E infelizmente foi isso que eu fiz. Priorizei necessidades pessoais e deixei a empresa para lá.

Por causa disso, tenho dívidas imensas com o Fisco que demorarei um pouco para pagar. Já comecei a pagar mas, com meu desembolso mensal atual, devo levar uns 5 anos para quitar tudo. Lógico que pretendo aumentar o que tenho gasto com essa regularização mas isso depende de trabalhos que tenho que fazer e novos trabalhos que tenho pego.

Me sinto preso porque tenho que fazer um trabalho que não me faz feliz há muito tempo apenas para corrigir besteiras que cometi há anos. Mesmo tendo o meu direito de ir e vir, isso não é estar preso? Penso na vida de milhares de pessoas que aguentam um trabalho ruim para poderem levar comida para casa.

Como essas pessoas lidam com isso? A motivação para sair da cama é "só" a necessidade?

Analisando hoje o tamanho do buraco com o Fisco e vendo as injustiças que pequenos empresários como eu (empresa de uma pessoa só) sofrem comecei a ficar muito nervoso. Por várias questões sou tratado como uma empresa que fatura milhões por ano e eu mal recebo para as minhas contas.

"Mas aí é só fechar a empresa". E aí que começa o inferno. Não se fecha empresa no Brasil sem ter quitado todas as pendências. E o duro é que se você não fecha a empresa, não pode assumir vagas em concursos públicos (a maior parte deles).

Tenho hoje dois tipos de pendências: impostos e multas por não entrega de declarações acessórias. Quanto aos impostos eu faço questão de pagar mesmo que tivesse como não pagar. Mas as multas são tão injustas porque somos multados por não entregar uma coisa que deveria ser trabalho da Receita Federal, se essa não fosse não falha.

E pensar em tudo isso me deixou nervoso e fiquei pensando se não era o caso de deixar para lá com relação ao fechamento da empresa, fora a parte dos impostos. Simplesmente pagar o que devo de impostos, ignorar as cobranças da Receita sobre as multas e deixar a empresa rodando cumprindo as obrigações daqui para frente.

O que eu ganho com isso? Alguns anos da minha vida que não seria obrigado a trabalhar no que não gosto (mas que dá dinheiro) e poder usar o que ganhar com meu trabalho para curtir a minha vida.

Me sinto tão injustiçado quando me vejo sendo obrigado a deixar de viver por cinco anos para trabalhar para pagar essas multas, quando grandes corporações cometem crimes (esses sim por má-fé) e não são punidas porque podem pagar grandes escritórios de advogados e/ou porque tem amigos poderosos entre os políticos e o judiciário.

O certo é pagar a multa? Com certeza. O jogo é injusto mas querer mudar depois de jogado não adianta muito. Mas parece tão injusto abdicar da minha vida agora que venho buscando ter uma para corrigir uma besteira que fiz há anos.

Sei que moralmente é condenável mas e a minha vida? Qual motivação terei todo dia? Acordar para corrigir um erro que cometi há anos. O que sobrará de mim depois que isso tudo acabar?










segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Quando a disposição aparece

Eu tenho momentos que estou agitadíssimo e momentos que não quero fazer nada. Isso tem acontecido nos últimos anos com alguma frequência. Quando estou nos momentos "parados" todos os meus projetos (pessoais e profissionais) param e eu me meto nos problemas de novo.

Quando estou na fase agitada, minha produção é incrível. Trabalho e produzo muito. E muitas vezes (maioria, eu diria) nem é trabalho em quantidade de horas. Coisas que eu demoro muito para fazer, quando estou na fase boa, produzo muito em pouco tempo.

Desde meu último momento ruim, tenho produzido demais. Coisas que estavam paradas, estão andando rapidamente e eu ando muito animado. A consequência natural é que as coisas acontecem e as pendências vão sendo resolvidas.

Tenho falado para mim mesmo que tenho que aproveitar bem essa fase e trabalhar bem, mas sem deixar de me cuidar. Quem sabe assim a fase ruim não venha ou demore muito mais a reaparecer.

Nenhum "tratamento" é feito de forma isolada. Além do olcadil que estou tomando (e logo chegará a hora de sair dele), estou na terapia, fazendo natação, malhando e caminhando. Como estou perto da praia tenho escolhido a praia para caminhar pois certamente o visual ajuda no meu processo de higienização mental.

Então, o que precisa ser feito é se manter firme nas atividades e não achar que uma atividade isolada vai resolver tudo. Sabe aquela coisa de cuidar do corpo, da cabeça, do coração e da alma? Pois é, penso que tem que ser assim o tempo todo.

Sobre o coração, falarei em breve. Um sintoma que estou melhorando muito é que tenho pensado cada vez mais em estar com alguém. Falarei daqui a alguns dias :-)

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Lições a partir das perdas

Agora à noite faleceu meu padrinho. Como estou? Não vou dizer que estou arrasado, desesperado ou qualquer coisa do tipo. Convivemos sempre muito pouco e a minha madrinha (minha avó e mãe dele) o cobrava para ser mais participativo na minha vida.

Mas, sinceramente,  nunca senti falta e nem guardei rancor ou qualquer outro sentimento ruim quanto a isso. Ele tinha a vida dele, filhos para criar, muito trabalho e sempre lidei bem com o fato de nunca ter tido um padrinho na prática.

Sempre tive relação mais próxima com outros tios do que com ele mas penso que era por uma questão de afinidade. Então, nunca sofri por não ter tido padrinho no dia a dia.

Como deve ser com toda perda, algumas lições ficam. Uma é que a nossa vida pode acabar a qualquer momento e por isso nossa vida tem que ser vivida todos os dias.

Esse meu tio, por exemplo, sempre trabalhou muito. Muito mesmo. Trabalhou tanto não para ter luxo (ele sempre foi bem simples) mas para poder dar boas condições a sua família. Nos últimos anos, por causa do trabalho dele, meu tio viajava pelo Brasil, muitas das vezes em pequenos aviões para fiscalizar obras da empresa.

Ou seja, ele viveu boa parte da vida dele fazendo com que o chefe ficasse mais rico e sem poder desfrutar de tantos momentos junto aos seus. O dono da empresa, tenho certeza, desfruta bem a vida, às custas das vidas abdicadas pelos seus funcionários, como meu tio.

São escolhas que se fazem na vida. Por muito tempo eu vivi assim também e vi que só estava sacrificando minha vida para enriquecer os outros. E a entrada do transtorno de ansiedade na minha vida era o que eu precisava para acordar. Eu trabalhava antes para ganhar mais dinheiro mas mal tinha tempo de gastar e quando o fazia, fazia de forma errada.

Muitas pessoas, gastam horas das suas vidas para ganhar dinheiro para manter um padrão de vida que alguém disse que é o certo. Isso é vida? A quem serve isso? Certamente aos patrões que pagam salários ruins e sugam a vida de seus funcionários.

Há meses eu abdiquei do verbo "ter" na minha vida. Ter no sentido material, claro. Preciso dizer a vocês que tirei um peso enorme das minhas costas porque não tinha mais que trabalhar mais e mais para comprar um carro que alguém disse que é legal.

Eu vivo hoje com menos de 1/3 do que ganhava antes e posso dizer: minha vida anda muito boa. Cada vez melhor. Estou me cuidando, cuidando das pessoas que amo, ajudando os outros, fazendo exercícios, praticamente todo dia fazendo coisas prazerosas.

Enfim, meu tio fez uma escolha. Criou muito bem seus filhos e são esses que preciso dar apoio agora. Como primo e como ser humano que se preocupa com os outros.

Tio, sei que nunca estivermos próximos. Mas no meu coração não tem nada de sentimento ruim, muito pelo contrário. Sempre vou me lembrar de quando me apresentou a música do Zé Geraldo. Sempre entendi seu jeito e nunca me incomodei com isso. Esteja certo que farei o possível para dar apoio a sua família e tentar ajudá-los da forma que puder, até mesmo com a experiência de quem também perdeu o pai tão cedo.

Descanse em paz, tio. Aproveite e dê um abraço no meu pai e um beijo na minha vó. Sei que vocês estão olhando por nós.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Pensar em coisas boas

Quando alguém sabe que temos alguma coisa relacionada a depressão, sempre nos traz aquele conselho clássico "tente pensar em coisas boas". Como se realmente fosse fácil, né?

Nem culpo essas pessoas e na verdade agradeço pelo desejo de ajudar, mas infelizmente "ficar feliz" não é um botãozinho que apertamos na nossa cabeça e um mundo de pensamentos positivos surgem.

Mas o fato é que temos que tentar de alguma forma. Vou dar um exemplo: estava na quinta-feira muito chateado porque me dei conta que uma pessoa que amo muito não anda se cuidando, dando prioridade para si mesma. Já perdi uma pessoa querida porque essa não se cuidou e não quero perder outra. Então minha tristeza era porque por mais que eu falasse, não via mudanças de atitudes dessa pessoa.

Na quinta à noite eu tenho aula de natação e tem sido uma coisa maravilhosa na minha vida. Eu não sei nadar, então vou falar do ponto de vista de quem está aprendendo.

No meu caso pessoal, a natação tem sido o melhor exercício possível para dar uma folga para a minha mente. Na academia, enquanto fico malhando, não deixo de pensar nos problemas. Mesmo na yoga não atingi um nível que me permitisse desligar completamente. Lembrando que isso vai de cada um, ok?

Mas na natação eu consegui isso, por um motivo muito simples: quando estou tentando nadar, não me sobra tempo para pensar em qualquer outra coisa do que tentar nadar. Uma hora é "já deu 3 braçadas, tenho que respirar." "Ih, esqueci de soltar o ar pelo nariz" ou ainda "será que fiz a braçada direito". E todos os pensamentos sempre estão concorrendo com a necessidade básica: respirar.

Não sei como vai ser quando eu realmente estiver nadando, mas nessa fase eu não tenho como pensar na morte de bezerra. Porque se penso outra coisa, eu engulo água e me afogo. Ou seja, por necessidade básica do corpo humano (respirar) eu sou forçado a só pensar naquilo que estou fazendo.

Então, nessa última quinta, eu saí de lá completamente relaxado, pensando mais que não tinha feito as braçadas corretamente. O motivo da minha chateação não tinha sido resolvido mas ao menos, por uma hora, eu relaxei minha cabeça, o que todo mundo diz que é importante para quem tem qualquer tipo de transtorno.

Não é uma fuga dos nossos fantasmas, mas sim ocupar nosso cérebro com outras coisas e tentar dar aos problemas o máximo de atenção que eles pedem e nada mais.

Tenho procurado outras coisas para preencher meu tempo. Outras coisas que me façam rir ou "pensar coisas boas". Acho que buscar isso diariamente talvez seja uma maneira de ensinar ao nosso cérebro que "pensar coisas positivas" não é tão difícil assim.




segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Quando a dor aumenta

Desde que comecei a ter as crises de ansiedade sempre me passam pela cabeça pensamentos ruins, como se algo fosse acontecer comigo a qualquer momento. Uma dorzinha simples já é motivo pra pensar se não é algo mais sério.

Deve ser algo natural para quem sofre de ansiedade. Aquele preocupação que é normal, fica multiplicada muitas vezes e já achamos que estamos condenados.

Acho que no meu caso meu principal medo é de morrer. Não sei dizer porque mas fico com esse medo constante. Como se não quisesse morrer sem terminar todos os meus projetos e sonhos inacabados. Fica aquela sensação de que: "agora não, ainda preciso fazer tanta coisa".

Mas de todos os meus medos, o meu maior é perder a minha mãe. Perdi meu pai muito cedo e desde criança tinha sonhos relativos ao meu medo de perdê-la. Acho que talvez tudo isso seja o medo de ficar sozinho, sem ter ninguém pra cuidar de mim.

Sempre me senti muito só mas da mesma forma sempre soube que teria a minha mãe sempre que precisasse dela.

E quando a vejo passando mal, como nesse fim de semana, esse meu medo vem a tona e fico quase que  desesperado.

Eu sei que as pessoas vão. Meu pai foi um dia, ela vai um dia e eu também vou um dia. Mas no fundo queria que tudo ficasse como na infância, que as pessoas não morressem.

Sim, não sei lidar com a perda. E preciso muito pensar nisso logo antes que aconteça o pior e eu não sei  o que acontecerá comigo.

Todas as minhas ideias atuais, meus projetos, sonhos, desejos atuais não significam absolutamente nada quando se trata de algo que possa acontecer com a minha mãe. Eu sei que não posso me sentir assim, dependente de ter ela por perto. Mas esse medo é tão horrível...

Ontem tomei a dose dobrada do olcadil. Natural ainda mais quando se vê alguém que ama passando mal.







sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Mais tempo com o Olcadil

Hoje cedo fui a uma médica (diferente do que o que me passou o Olcadil). Eu tive que ir pois precisava de um atestado para a natação e fui no SUS mesmo porque não queria pagar outra consulta com o médico que me atende normalmente.

Falei do Olcadil e da ansiedade e ela me disse que achava melhor me receitar outra receita. Ela foi muito clara nisso ao dizer que do jeito que me viu agir (enquanto eu procurava uns exames na mochila) ela percebeu que sou muito agitado.

Provavelmente eu vou comprar e usar o remédio ainda um tempo, até voltar no médico original. Não tinha prestado atenção na receita original mas estou com duas caixas do Olcadil de 2mg. Como estou tomando meio por dia, ou seja, vai pelo menos uns meses aí com essa receita.

A receita nova é de uma caixa do Olcadil 1mg que devo comprar para usar na fase do desmame. Ainda não sei quanto tempo isso vai levar mas estou fazendo tudo (ou quase tudo) que é preciso: academia, natação, psicóloga, tentando me ocupar ao máximo com os trabalhos.

Esses dias ando um pouco mais agitado e o sono não tem sido tão bom quanto foi nas outras semanas. Não sei se efeito ainda do fim de semana (pessoa na família foi ao hospital) ou se devido a outros fatores.

O médico que me receitou o Olcadil disse: "um comprimido à noite e se estiver nervoso durante o dia, meio". Mas como estou tomando só meio, vou pensar se aumento a dose. Se continuar assim ou piorar, provavelmente aumentarei a dose para um comprimido diário.

As atividades extras (academia, natação e terapia) talvez ainda não tenham feito o efeito que devem. Então, talvez com o tempo eu fique bem mais tranquilo e não precise do remédio.

Para quem chegou aqui hoje por causa do Olcadil, recomendo ler meus post anteriores nos quais eu relato como estou me saindo com ele.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Aumentar o ritmo ou não acelerar tanto?

Estava lendo uma matéria hoje sobre efeitos dos exercícios no corpo. Segundo a pessoa entrevistada na matéria, o ritmo dos exercícios não podem ser tão pesados no início porque a pessoa tende a ficar muito cansada e desanimar. Além, é claro, de risco de lesões.

Tenho andado esses dias num ritmo bem acelerado, muito diferente do que estava nos últimos meses. Academia, natação, trabalho, resolvendo coisas pessoais, etc. Voltei a ter ideias sobre trabalhos e me movimentei bastante nesses dias.

Explico: além da minha profissão, mantenho uns sites e blogs. Blog comigo, como esse, não tem atualizações diárias, o que faz com que o blog não cresça. O mesmo vale para os sites. Um site para aparecer bem nos motores de busca depende, além de diversos fatores, de atualizações constantes. Não basta publicar uma matéria super boa e voltar a publicar meses depois. Não se cria a tal fidelidade de visitantes.

Enfim, depois de uma correria grande, hoje eu acordei muito cansado. Acho que fisicamente e mentalmente, não estando com vontade de fazer qualquer coisa. E olha que eu tenho muita coisa para fazer hoje e nos próximos dias que, se demorar, poderão me trazer problemas (trabalho).

Então fiquei pensando se o que indiquei no início do post também ocorre no meu caso. Fiquei muito tempo praticamente levando os dias com a barriga e fico pensando se não retomei forte demais o ritmo das atividades (pessoais e profissionais).

O ponto é que quando estou nessas atividades minha cabeça está focada nelas e não nas minhas questões inacabadas, nos meus medos, nos meus pensamentos ruins. Mas talvez eu não deva inserir metas demais inicialmente e ir incluindo as coisas na minha vida aos poucos. Senão corro o risco de desacelerar de vez de novo. Pra pensar...




quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Atualizações

Tenho andando bem desde que comecei com o Olcadil. Na verdade acho que não é só devido ao remédio. Recomecei terapia e algumas coisas mudaram na minha vida. Mudança de casa, inscrição em academia, inicio natação hoje entre outras coisas.

Estou correndo atrás para resolver várias coisas da minha vida, como pensar e trabalhar para pagar meus débitos. Por vários erros no passado, criei dívidas monstruosas que só consigo pagar em menos de um ano se conseguir um emprego que me pague um alto salário. Caso contrário, que é o que vai acontecer, vou pagar aos poucos e resolver as coisas aos poucos.

O fato é que estou movimentando as coisas para sair desse buraco que me meti. Sei que vai ser muito difícil e demorado mas não tem outro jeito de resolver se não começar logo. E tenho tanta coisa que gostaria de fazer que dependo de me livrar dessas coisas que me prendem.  Então é muito positivo que comecei a mexer.

Nesses últimos dias, especialmente ontem e hoje, estou com um pouco de ansiedade. Não sei se devido ao contato com o banco para ver o tamanho da dívida, ou se porque hoje começo a natação.

Mas o que tem a ver a natação com isso? Sempre que começo uma coisa nova, fico ansioso. Não sei explicar porque. Já ministrei vários treinamentos no meu trabalho mas cada treinamento novo é como se fosse o primeiro. Eu fico nervoso e tudo mais.

Pode ser que esses dias eu esteja assim. Ontem fui dar uma aula de reforço de matemática para umas crianças numa escola e estava um pouco ansioso com isso. Eu fui bem mas acho que estava antecipando alguma coisa ruim. Com a natação hoje também me sinto assim.

Mas não posso afirmar se estou assim por causa disso tudo ou por outro fator. Não sei dizer. As coisas parecem encaminhadas e espero que essa ansiedade seja só momentânea.

Quanto ao remédio, ainda estou tomando meio comprimido. Em princípio eu não ia aumentar para a dose recomendada pelo médico mas com esses dias assim eu estou em dúvida. Espero que passe logo mas de qualquer forma vou questionar um médico que vou na semana que vem (preciso de um atestado pra natação).

Acho que o desafio nos dias ansiosos é não deixar ela nos dominar e usamos a racionalidade para nos perguntar: "por que estou sentido isso? o que está me causando isso? será que tenho motivos mesmo para estar nervoso?"

Desafios...

sábado, 24 de agosto de 2013

10 dias com Olcadil

Hoje completam 10 dias que comecei a tomar o Olcadil 2mg.

Para quem não leu os posts anteriores, eu sofro de ansiedade e o médico me indicou esse com o argumento que esse é da classe dos lights, pelos poucos efeitos colaterais que dá.

Com relação aos benefícios realmente o remédio agiu nos primeiros dias. Ando muito mais tranquilo. Não vou dizer 100% bom mas sem dúvida estou muito melhor. Ando com mais disposição para resolver meus problemas e meu sono melhorou muito.

Dormi quase todos os dias antes da meia noite. Mas o que me mais chamou a atenção foi a qualidade do sono. Eu praticamente estou dormindo direto sem acordar no meio da madrugada. Sinto que meu sono está bem mais pesado, o que certamente influencia na minha disposição durante o dia.

Com relação a efeitos colaterais, a única coisa que senti foi uma diminuição da libido. Nada comparado ao que ocorria com a Fluoxetina mas certamente houve uma diminuição, o que no meu caso é bem positivo (risos).

Ah, eu tomo meio comprimido e não estou pensando em tomar a dose que o médico passou (1 cp ao dia e meio durante o dia se me sentir mal) se eu continuar bem assim. Sempre tomo por volta das 21 hs, como o médico recomendou.

domingo, 18 de agosto de 2013

Olcadil - funcionando (pelo menos comigo)

Já são 4 dias tomando o Olcadil 2mg e parece que está funcionando. Apesar do meu médico não ter me falado, li na bula que o ideal é começar com dose menor (meio comprimido) e aumentar com o tempo.

Como funcionou comigo: estou realmente bem mais calmo tanto que não precisei recorrer ao Rivotril nenhuma vez nesses dias, diferentemente do que estava acontecendo antes. Tenho tido um sono quase que normal. Dormindo cedo, acordando bem cedo de manhã e tendo dias tranquilos.

Não posso afirmar que foi apenas o Olcadil que me trouxe esse estado. Coisas boas aconteceram nesses dias, como ter feito os exames (eletro e eco) e ter ido a uma consulta com psicóloga. Mas o fato é que, além de dormir melhor e estar quase tranquilo, eu saí daquele estado letárgico e voltei a trabalhar bem. Além do mais comecei a trabalhar na resolução dos meus problemas financeiros, vendo o que pode ser feito e fazendo planos.

Efeitos colaterais? Não senti nenhum. Nenhum mesmo. Como disse o meu médico, esse Olcadil é da classe dos antidepressivos "lights".

Se você chegou aqui buscando informações sobre o Olcadil espero que esse meu depoimento te ajude. Mas nunca se esqueça que quem receita remédio é médico e também que o remédio sozinho não faz nada. São necessárias outras coisas, como fazer exercícios, terapia, reservar tempo para fazer coisas que gosta, etc. Pense nisso e se puder leia meu texto "O que você tem feito por você"


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Primeiro dia com o Olcadil

Ontem tomei meio comprimido do Olcadil 2mg e fiquei com um pouco de sono. Acabei dormindo depois do jogo e acordei umas 4:30 hs. Depois não consegui dormir mais e nem fiquei tentando muito, pois fiquei fazendo outras coisas.

Fora agora no fim da tarde, passei o dia bem tranquilo. Não sei se pelo efeito do remédio ou se pela tranquilidade de ter ido ao médico ontem e ter retomado ao trabalho.

Estava uns dias sem fazer nada no trabalho e andava sem vontade nenhuma de fazer as cosias. Uma das coisas que mais me preocupam são as pendências de trabalho mas mesmo assim fico sem vontade de trabalhar duro e terminá-las. Confuso né?

Minha ex-psico me dizia que isso era medo do que eu poderia encontrar quando não tivesse mais sob pressão de ter coisas para fazer. Já faz um bom tempo que vivo apagando incêndios e isso me incomoda muito. Mas por outro lado, não dou duro suficiente para acabar.

O fato é que parei de pegar novos trabalhos. Então, mesmo que demore muito mais, esses atuais vão acabar uma hora. O que será que encontrarei em mim quando isso tudo acabar?


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Olcadil - agora vai?

Estive com meu médico hoje conversando sobre os efeitos da fluoxetina e os meus medos. Foi muito legal pois ele passou um monte de exames para eu fazer e segundo ele meu eletro estava super normal. Disse que eu gastaria dinheiro com o eco mas se fosse para me tranquilizar ele pediria.

Gosto de médicos assim que escutam a gente e buscam uma solução que nos atenda. Como eu tinha reservado um dinheiro para os exames, então farei o eco nessa semana.

Deve estar tudo bem, como estava em janeiro, mas não custa nada (um pouco só..rs) verificar.

Sobre a ansiedade ele me indicou o Olcadil 2mg (Cloxazolam). Não conhecia essa remédio e pelo que li na internet ele tem efeitos rápidos e poucos efeitos colaterais. Segundo o médico, esse ansiolítico é dos lights.

Tomarei antes de dormir e espero que seja tão bom quanto li em vários relatos.

Pelo o que entendi ele não é um remédio para tratamento longo e a saída dele deve ser feita de forma gradual.

Vamos ver como me sairei com ele e postarei os resultados aqui.

Estou bem mais tranquilo pela conversa com o médico e com a proximidade da consulta com a psicóloga chegando. Vamos ver se controlo essa ansiedade e volto a ser produtivo :-)

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Ansiedade, mais um dia

Ontem acordei cedo para ir ao médico. Meu propósito em procurar de novo um médico é pedir a ele todos os exames possíveis para me certificar que fisicamente está tudo bem comigo. Fiz alguns em janeiro mas queria algo mais completo dessa vez até para tentar provar para mim mesmo que não tenho nada que vá me fazer morrer a cada instante.

Só consegui marcar a consulta para esta quarta, então estou um pouco ansioso. Espero poder fazer o máximo de exames amanhã e estando tudo bem, vou me matricular na academia perto da nova casa (vamos nos mudar).

Ontem, ao ir para o médico estava estranhamente feliz. Digo estranhamente porque não tinha nenhum motivo aparente de estar feliz, já que nada mudou na prática na minha vida. Depois, já no meio da manhã comecei a ficar bem impaciente na fila dos correios. Não era uma impaciência normal de quem estava uma hora esperando para ser atendido. Acho que esse nervosismo pode ter sido por ter não conseguido consulta para ontem mesmo.

Voltei para casa  e estava fazendo nada quando me chamaram para socorrer minha avó, que estava passando mal. Depois que conseguimos restabelecer a consciência dela, comecei a me sentir mal novamente. Voltei para casa e tomei umas 5 gotas de rivotril.

Fui fazendo umas respirações e procurei uns vídeos de yoga. Depois disso acabei caindo no sono e dormi até o início da noite. Quando acordei contei para minha mãe do ocorrido e falei que ela precisa ver alguém para ajudar a cuidar da minha avó. Eu não estarei aqui para sempre e nem minha mãe, nem minha tia podem cuidar dela sozinhas.

Depois voltei para o quarto para escrever um post novo para um outro blog que mantenho (sobre política) e acabei pegando no sono de novo. Fiquei nessa de dormir e acordar até umas 7 da manhã quando acordei e levantei de vez. Acordei me sentindo um pouco estranho e tentei me ocupar com alguma coisa, seja jogos ou lendo as notícias do dia.

Fui fazer uns exercícios de yoga e me cansou bastante. Faz um tempinho que não fazia yoga e o corpo sentiu bem. Mas acho que fez bem.

Aliás a yoga é ótima para várias coisas e recomendo a todo mundo. No início parece difícil acertar as posições mas é uma coisa que só se melhora com a prática. Aliás, se eu tivesse continuado com a yoga desde que comecei acho que hoje estaria fazendo bem os exercícios.

Eu tenho essa dificuldade. Começo as coisas e não dou continuidade. É assim no trabalho, nos projetos pessoais, nos relacionamentos. Sabem quando uma criança ganha um brinquedo novo, se diverte por 2 dias e cansa? Eu sou exatamente assim com tudo.

Não consigo entender a origem disso. Olhando um pouco para trás eu vejo que não era assim quando tinha meus 16 anos ou quando estava me preparando para o vestibular. Eu sempre fui bem focado e tinha uma capacidade incrível de cumprir metas em cima de planejamentos bem feitos. Não sei em que ponto da minha vida perdi isso.

Aliás, tenho pensando em documentar todas as minhas lembranças, até para tentar entender tudo o que acontece comigo. Sei que isso se faz também em terapia mas talvez escrever me ajude a entender melhor as coisas que aconteceram e como isso tudo me transformou no que sou hoje.

Ah, terapia marcada para essa sexta. Certamente estou ansioso e espero chegar bem lá sem ter que tomar muito rivotril. Eu sei que essa coisa vicia e depois será mais difícil de parar.

Vamos em frente

P.S.: fico pensando nas pessoas que lerão isso um dia. O que será que pensarão? Se identificarão? Acharão esperança?

sábado, 10 de agosto de 2013

Qual a origem da ansiedade?

Assisti um vídeo excelente ontem que compartilho no final do post.

Ao final desse vídeo me veio uma pergunta que já me fiz muitas vezes? Qual a origem da ansiedade? Se a resposta fosse tão fácil estaríamos todos "curados". Mas não é.

Pelo que li por aí e pelo o que o próprio psicólogo me disse (escrevi para ele), as origens da ansiedade são variadas. Tem gente que desenvolve ansiedade pelo convívio com outras pessoas ansiosas, gente que traz isso do ventre (ainda não achei a referência médica disso), traumas passados, etc.

A indicação lógica dele (e eu concordo) que a maneira de descobrir isso é com terapia. Eu já fiz bastante tempo (5 anos) e parei por questões financeiras. Mas nunca chegamos a uma resposta. Segundo a minha ex-psicóloga não necessariamente a minha ansiedade foi causada por uma coisa só, o que também faz muito sentido.

Com os acontecimentos dos últimos dias tenho sentido mais vontade de descobrir as raízes dos meus problemas. Sei que podem ter coisas que podem estar escondidas na minha mente que talvez eu não queira mexer. Mas acho que a solução para a minha ansiedade passa necessariamente por eu percorrer todos os caminhos da minha mente, escondidos ou não.

Esse processo, eu já passei um pouco por isso, é bem doloroso. Da mesma forma que se vence uma fobia, como medo de voar (também tenho). Mas, como disse o Dr. Olegário, o medo deve ser enfrentado.

Assistam o vídeo dele e os outros que têm no canal dele.

E recomendo a leitura desse texto: http://www.fernandomagalhaes.pt/ansiedadegeral.html




sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Lutar contra a ansiedade?

Se luta contra a ansiedade?

Li em algum lugar que todos que temos ansiedade não devemos lutar contra ela e sim aprender a lidar com ela. Talvez seja o que dê resultado mas é uma tarefa bem complicada.

Por exemplo: estamos no meio de uma crise de ansiedade e o que fazemos? Eu tento ficar falando para mim mesmo que estou "apenas" tendo uma crise e que vai passar. Mas tem horas que nem isso e nem aqueles exercícios de respiração funcionam. Aí eu tenho que apelar para o Rivotril que leva um tempinho mas funciona.

Como os médicos falam, o Rivotril é uma solução SOS. Não tratamos ansiedade com ele e sim aliviamos os efeitos dela em momentos de emergência.

Agora há pouco eu tomei umas gotas. Comigo 8 gotas do rivotril de 0,25 mg tem funcionado. Mas já é a quarta vez que tomo nessa semana e isso tá errado.

Depois do desmaio de quarta, o médico fez encaminhamento para terapia. Espero conseguir atendimento rápido no serviço público pois não tenho condições de pagar terapia. Vamos ver.

Pós desmaio

Ainda ando bem assustado com o que aconteceu na quarta, Em alguns momentos vem as imagens de eu caindo, no chão, minha mãe bem assustada e nervosa, etc. Sei que esses traumas não passam de um dia para outro e vai sumindo aos poucos. É uma daquelas coisas que temos que lidar e não lutar. O sentimento tá lá e não adianta negá-lo. O desafio é aprender. No caso, tentar se conscientizar que o trauma vai sumir aos poucos.

Parei mesmo com a fluoxetina. Não vou tomar mais até que passe por um psicólogo. Tentarei fazer o que todos recomendam: terapia, exercícios, viver mais, interagir com as pessoas, etc. Vamos ver se consigo tratar a minha ansiedade fazendo isso.

Desde que comecei  a ter isso, eu sinto dores no peito de tempos em tempos. Já me explicaram que isso é causado pela respiração ruim (porque estou nervoso) e é efeito da ansiedade. Mas como bom ansioso que sou, vou pedir ao médico exames mais detalhados na semana que vem. Eu já fiz em 2010 e acho que vale a pena fazer agora.

É isso. Efeito do Rivotril daqui a pouco vai agir e posso pegar no sono...hehehe. Melhoras para todos nós!



quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Fluoxetina dia 11 - paro ou não paro?

Hoje foi o pior dia do reinício com a Fluoxetina. Estou pensando seriamente em parar e tratar minha ansiedade de formas mais naturais.

Eu sou meio desligado com alimentação. Fico horas sem comer e nunca me fez mal. Hoje tinha tomando iogurte com cereais de manhã e estava sem comer nada. Além de tudo estava com uma moleza muito grande.

Levantei para ajudar a minha mãe a carregar um butijão de gás e quando fui ao banheiro tudo escureceu. Pensei logo na falta de alimentação e corri pra pegar a primeira coisa salgada que vi na frente, uma fatia de presunto.

Como malhava, sei que banana dá energia também e comecei a descascar uma. Minha mãe percebeu e só me lembro de ter andado pro quarto e desmaiado no chão. Na hora, além do susto eu só pensava na minha mãe que chegou a ir ao hospital esse ano por problemas cardíacos.

Demorei um pouco a voltar a quase consciência e fiquei deitado no chão, enquanto ela me dava iogurte (açúcar) e passava álcool nas narinas para eu despertar.

Foi horrível e todas as doenças passaram pela minha cabeça naqueles longos minutos. Logo pedi para que me levasse ao PS e achei mesmo que estava tendo alguma coisa mais séria. Acho que com o susto a ansiedade foi ativada e comecei a ficar nervoso.

Chegamos no PS e minha pressão estava 16 por 10. Depois de 2 hs de espera fui atendido e o médico falou o que era óbvio e pediu encaminhamento para terapia.

Não sei se continuo com o remédio. Passar mais sustos assim eu não quero, principalmente pela minha mãe. Espero que melhore logo e aí esteja mais tranquilo pra decidir o que fazer.




domingo, 4 de agosto de 2013

Oitavo dia de fluoxetina

Estava comparando os efeitos de agora com quando tomei a fluoxetina pela primeira vez e nem foi nem parecido com o que está acontecendo agora. Não sei se antes era devido ao fato de que já estava tomando sertralina mas não lembro de ter sentido quase nada de efeitos.  Ao contrário dessa vez.

Já faz umas 4 noites que estou dormindo quase de manhã ou quase no meio da manhã como foi o caso de hoje. Incrível como esse início de tratamento piorou ainda mais meu sono. Sem contar que estou tendo pequenas crises de ansiedade que só me atrapalham em tudo.

Nessa manhã, depois de ficar muito nervoso, recorri a umas gotas de rivotril. Acho que deu mais ou menos uma hora e o sono bateu e consegui dormir. Mas devo ter dormido umas 5 horas no máximo e acordei um pouco agitado, não tanto quanto antes mas o suficiente para me incomodar.

Vi o jogo, almocei e agora estou sentindo enjoo  Olha, pensei seriamente em parar com o remédio. Sei que são efeitos iniciais mas está foda ficar sentindo cada dia uma coisa diferente. Me lembrou muito o meu pico de ansiedade em 2010, quando sentia uma coisa diferente por dia. Não tenho saudade desse tempo e espero que o remédio faça efeito logo para eu não desistir.

Semana de muitas pendências profissionais e viagem marcada para sexta. Quero viajar (trabalho e passeio) mas se estiver desse jeito não sei se vou. Aqui ao menos estou em casa da família e tenho algum suporte.

Que a semana seja melhor e que venham logo os bônus da fluoxetina.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Fluoxetina dia 05

De todos os efeitos da fluoxetina acho que o que tá mais chamando minha atenção é a insônia. Normalmente eu já tenho muita dificuldade de dormir. Essa semana está bem pior e deve ser devido ao remédio. Estou praticamente trocando dia pela noite, o que é péssimo já que minhas atividades profissionais são de dia, mesmo trabalhando de casa.

Nessa última noite já tinha tomando um xarope duas vezes e fui dormir quase 7 da manhã.  Sobre o xarope, o nome dele é Expec e quando me avisaram que poderia dar sono, eu dei risada. Já tentei várias coisas para dormir e só que agiu foi o rivotril. Duvidei que um xarope pra tosse pudesse me dar sono.

Andei ruim da garganta e comecei a tomar tem 3 semanas. Incrivelmente para mim o tal xarope deu sono mesmo, a ponto de eu evitar tomar de dia com medo de cair no sono quando devo trabalhar. Cada organismo realmente reage de forma diferente para cada remédio e para mim o tal Expec funcionou no efeito sono.

Mas nessa última noite o xarope não funcionou e demorei a dormir. Acabei acordando meio dia com o telefone e não fiz nada de produtivo durante o dia.

No fim da tarde comecei a ter uma crise de ansiedade. Não foi nada daquelas crises que me levaram ao hospital mas fiquei bem agitado. Então fiz duas coisas: aquele exercício de respirar fundo observando o aumento/diminuição do abdomen e tomei um pouco do xarope.

Mais ou menos em meia hora fiquei tranquilo e comecei a ter muito sono, provavelmente pelo relaxamento e pelo meu corpo lembrar que dormi pouco na última "noite". Acabei cochilando e acordei quase meia noite. Provavelmente vou demorar a dormir de novo.

As minhas atividades profissionais me permitem essa flexibilidade de horários mas em breve isso poderá mudar e espero que até lá a fluoxetina já tenha agido :-)








terça-feira, 30 de julho de 2013

De volta a Fluoxetina


Depois de ter tomado a fluoxetina em 2011, voltei a tomá-la há três dias. Venho tendo esse ano alguns momentos de ansiedade maior do que o "normal" e pedi para o médico me receitar. Como deu certo da outra vez, vou tentar de novo.

A porcaria da fluoxetina é o início. Os efeitos colaterais acabam fazendo muita gente desistir. Varia de pessoa para pessoa mas nessa minha retomada com a Fluoxetina estou tendo: dor de cabeça, dor de garganta, enjoo e insônia muito piorada.

Ontem, logo depois ficar bem enjoado (caí na besteira de tomar antes do café da manhã) pensei em desistir e lutar contra isso mudando a minha vida. Algumas pessoas vêem o uso de remédios como esses como fraqueza. Eu mesmo já pensei assim. Mas não é verdade. O uso de remédios é uma das maneiras que você usa para tratar um transtorno e nem deve ser feito isoladamente.

Fazendo uma comparação grosseira: eu também tomo remédio para pressão. Mas se eu não me cuidar, não adianta o médico aumentar a dose porque logo terei problemas.

Depois disso ontem, eu respirei fundo e pensei: "dane-se. semana que vem esses efeitos não aparecerão mais e começarei a ter os benefícios da fluoxetina no tratamento da minha ansiedade". Então vou continuar não importa o que venha pela frente. Se rolar uma crise de ansiedade, tenho o rivotril por perto. Se enjoar, tomo algum remédio para isso. Mas não vou desistir da fluoxetina por causa desse início turbulento.

Sei que muitos param logo no início. Mas pense na sua vida sem os efeitos da ansiedade e depressão? Não vale a pena sofrer só uma semaninha por uma vida tranquila?

Ah, só que prescreve remédio é médico. Eu já tinha tomado antes, então não foi experimento. Quem vai decidir se vai ser fluoxetina ou sertralina ou outro, é seu médico. Não deixe de consultá-lo, ok?

Melhoras para todos nós!

O que você tem feito por você?


A pergunta do título do post me foi feita por uma enfermeira quando fui fazer um exame para ouvido. Naquela época, eu estava passando por várias profissionais porque me sentia mal de tudo. Nem sabia que estava com crises de ansiedade e essa enfermeira foi a primeira a ver que meus problemas eram muito mais da cabeça do que do corpo.

Eu não lembro o nome dela, só lembro que atendia numa clínica do plano de saúde na Tijuca (Rio). Mas nunca na vida uma pessoa me falou tantas verdades como ela me disse naquele dia. E foi a única vez que nos vimos. Impressionante como ela sabia da minha "vida" só falando comigo durante aquele exame.

Penso que muitos de nós começam a ter problemas com os diversos transtornos quando paramos de nos fazer a pergunta acima. Já parou para pensar em quanto você fez por si mesmo hoje? Semana passada? Nesse ano?

A pessoa mais importante da minha vida me disse uma vez que nossa obrigação na vida é ser feliz. Quando não estou sofrendo com os efeitos da ansiedade, fico pensando: "preciso trabalhar pela minha felicidade". Acho que todos os dias temos que buscar o que nos faz feliz, seja em casa, na rua ou no trabalho. Ninguém tem que aceitar o sofrimento. É preciso lutar e buscar virar o jogo.

Refaço a pergunta que aquele anjo me fez naquele dia: o quanto você trabalhou pela sua felicidade hoje? E na semana? E nesse ano?