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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Quando a dor aumenta

Desde que comecei a ter as crises de ansiedade sempre me passam pela cabeça pensamentos ruins, como se algo fosse acontecer comigo a qualquer momento. Uma dorzinha simples já é motivo pra pensar se não é algo mais sério.

Deve ser algo natural para quem sofre de ansiedade. Aquele preocupação que é normal, fica multiplicada muitas vezes e já achamos que estamos condenados.

Acho que no meu caso meu principal medo é de morrer. Não sei dizer porque mas fico com esse medo constante. Como se não quisesse morrer sem terminar todos os meus projetos e sonhos inacabados. Fica aquela sensação de que: "agora não, ainda preciso fazer tanta coisa".

Mas de todos os meus medos, o meu maior é perder a minha mãe. Perdi meu pai muito cedo e desde criança tinha sonhos relativos ao meu medo de perdê-la. Acho que talvez tudo isso seja o medo de ficar sozinho, sem ter ninguém pra cuidar de mim.

Sempre me senti muito só mas da mesma forma sempre soube que teria a minha mãe sempre que precisasse dela.

E quando a vejo passando mal, como nesse fim de semana, esse meu medo vem a tona e fico quase que  desesperado.

Eu sei que as pessoas vão. Meu pai foi um dia, ela vai um dia e eu também vou um dia. Mas no fundo queria que tudo ficasse como na infância, que as pessoas não morressem.

Sim, não sei lidar com a perda. E preciso muito pensar nisso logo antes que aconteça o pior e eu não sei  o que acontecerá comigo.

Todas as minhas ideias atuais, meus projetos, sonhos, desejos atuais não significam absolutamente nada quando se trata de algo que possa acontecer com a minha mãe. Eu sei que não posso me sentir assim, dependente de ter ela por perto. Mas esse medo é tão horrível...

Ontem tomei a dose dobrada do olcadil. Natural ainda mais quando se vê alguém que ama passando mal.







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