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sábado, 23 de agosto de 2014

Nova terapia

Finalmente recomecei nessa semana a fazer terapia. Terapeuta com ar de intelectual, que me deixou falar bastante e perto de casa. Ah, e bem acima do que queria pagar. Mas paciência, vai se pagar rápido se eu conseguir controlar meus problemas comigo mesmo.

Cada semana tem sido na torcida para chegar logo sexta. Acho que não vai mudar nas próximas semanas, pois não vejo chefes me colocando em projetos, apenas em tarefas pontuais. Mas está valendo, visto que meu dia tem passado rápido.

Também comecei uma dieta essa semana, tomando aquele suco verde e maneirando bem nas refeições. Eu já estava dividindo as refeições direito, vamos ver se agora vai melhorar.

Além disso, por conta de problemas anais (sim, hemorroida) vi que preciso comer fibras. E seguindo recomendação materna, comecei a comer all bran. Li em vários lugares que realmente regula o intestino e ajuda a emagrecer, graças ao fato de ser de baixa calorias e por causa das fibras causar sensação de saciedade. O objetivo é o intestino mas se ajudar em outras coisas, ótimo.

Espero que na terapia eu consiga continuar o processo de autoconhecimento que comecei com a antiga terapeuta. Tenho muitas questões a resolver e sei que quanto mais demorar pra tratar, pior pode ficar.

Acho que nessa semana não recorri ao rivotril nenhuma vez. Tive pensamentos ruins, muitas vezes até, mas não cheguei ao ponto de apelar. Na torcida para a próxima semana ser ainda melhor.

Volto essa semana na minha cardio e vou pedir para renovar a receita do olcadil. Dizem que ele é apenas por pouco tempo mas como não estou curado (nem perto disso) da ansiedade, ou melhor, não estou em um estado normopata, não vejo porque deixar de tomar. E não queria ter ter passar a tomar outra coisa, especialmente pelos efeitos desagradáveis que sempre vem.

domingo, 17 de agosto de 2014

Medo de morrer

Se hoje me perguntassem qual a coisa que mais me aflige, mais me aterroriza é esse medo da morte constante.

Se sinto alguma coisa, uma dor qualquer, já é motivo para pensar que estou com algo grave. Muitas vezes penso que minha estada nesse mundo não vai ser longa. Agora, por exemplo, estou bem agitado, achando que posso estar com meu coração com problema e que posso ter um ataque cardíaco.

Fazia tempo que não tinha esses momentos tão agitados com uma frequência tão grande. Tem sido quase semanal (tudo bem, há 3 meses tinha isso 2/3 vezes por semana) e de novo recorri ao rivotril. Estava me sentindo um pouco agitado e o pavor de ter aquela crise de 2010 de novo me fez recorrer ao SOS. O duro é que depois disso comecei a ficar mais agitado ainda, sentindo algo no peito, uma espécie de aperto.

Felizmente marquei psicóloga pra essa semana. Será só na sexta mas espero que agora recomece um tratamento para esse transtorno que me incomoda tanto.

Fico tentando fazer aqueles exercícios de respiração (respira fundo, segura, e solta - tudo contando até 8) mas não consigo me concentrar quando estou nesses momentos de agitação. Eu tenho tanta coisa pra me ocupar, leituras, pendências de trabalho, aqueles projetos que fico adiando... Mas não consigo pegar nada disso nesses momentos de ansiedade e me ocupar.

Queria aprender a lidar com esses momentos e certamente vou perguntar isso a minha nova psicóloga. Preciso de um passo a passo do que fazer quanto estiver assim. Hoje, eu tomo rivotril, bebo uma quantidade grande de água e ultimamente tenho vindo escrever aqui.

Sei que a morte é o destino de todos nós, mas eu me assusto tanto com isso que esse medo me domina (talvez isso explique meu medo de voar).

As coisas parecem melhorar no campo profissional, mais responsabilidades, elogios vindo dos colegas e equipe me integrando cada vez mais. Nos estudos também parece que vou bem. No financeiro estou me organizando, embora ainda longe de resolver os meus problemas. Mas estou caminhando.

Sinto falta de ter alguém e sempre lembro da guria. Mas fico pensando como seria estranho estar alguém e ter uma crise de ansiedade. No pico das minhas crises eu estava iniciando um relacionamento. Nunca cheguei a ter uma crise na frente dela mas aconteceram algumas vezes durante nosso namoro (e ela sabia disso).

Toda vez que morre alguém eu sempre fico muito abalado. Nas últimas semanas têm morrido muitas pessoas famosas e possivelmente isso tem me afetado.

Eu deveria ser tão feliz por tudo que tenho hoje. Falta muita coisa, claro. Mas comparado a como estava ano passado minha vida está muito melhor. No entanto, esse medo constante de morrer está comigo todos os dias. Fico pensando se serei como aquele cara do filme que mesmo velho ainda via seus amigos imaginários. Será que é alguma coisa que terei que lidar pra sempre ou um dia serei curado?








domingo, 10 de agosto de 2014

Manter-se ocupado

Ainda acordo no domingo pensando em quão longe está o próximo fim de semana. O mundo ideal seria estarmos super animados com a segunda-feira que traz consigo a volta ao trabalho, ou no máximo indiferentes.

Mas já fazem muitos domingos que já acordo torcendo que chegue logo o fim de semana. Meu alento nessa semana é que retorno com as atividades acadêmicas e com isso a semana tenderá a passar mais rápido. Mas até quando isso? Isso é saudável? Acho que não...

No trabalho, além de ter buscado me ocupar (mesmo com tarefas chatas), parece que terei dias bem ocupados, pelo fato da equipe estar momentaneamente desfalcada. Dentro do que andei "reclamando" nas últimas semanas, isso pode ser uma coisa boa. Mas como eu sempre vejo os dois lados da moeda, não sei se será melhor ou pior com esse desfalque, que era responsável pela maior parte dos momentos descontraídos que eu tinha no trabalho. Vida que segue e mais um desafio pela frente.

Tenho uma infinidade de coisas que posso fazer no meu tempo fora do trabalho que preciso me organizar, porque corro o risco de não fazer nada e me meter em coisas demais de novo. Além disso, preciso mesmo tirar um tempo para o que as pessoas chamam de lazer. Sério, eu me divirto aprendendo coisas novas mas sei que isso não basta.

Já dizia o poeta que é impossível ser feliz sozinho. Há uns anos, eu sofria constantemente de refluxo. Para quem não sabe, na prática o efeito do refluxo é o alimento voltar do estômago e você acabar se engasgando. Não sei se é com todos mas comigo sempre aconteceu dormindo (mania de comer tarde) e acordava sem conseguir respirar direito. Além disso, depois de vomitar um líquido com gosto horrível e misturado com sangue, eu ficava muito assustado.

Por que comecei falando de poeta e terminei no refluxo? É porque nesses momentos eu pensava: "E se eu morrer aqui? Alguém vai me achar?"

Toda vez que fico mal de saúde, sempre penso em como será na velhice se eu não tiver alguém (e se chegar lá). Hoje eu sou uma pessoa relativamente independente e nessas horas, se não for nada grave, eu mesmo cuido de mim. Mas e lá na frente? Vejo pelas pessoas idosas que inevitavelmente precisam de alguém junto o tempo quase todo.

Eu ando tão ocupado cuidando da minha carreira e correndo atrás do dinheiro para pagar os meus erros do passado (impostos) que não tem me sobrado tempo para nada. Fico pensando como seria se eu tivesse namorando hoje. A última terminou dizendo que "você nunca está presente quando eu preciso de você". Isso não mudou de 2010 para cá e só piorou, pois além das tarefas já citadas, ainda tenho tentado ser um filho melhor e dar mais apoio a pessoa mais importante do mundo para mim.

Uns posts atrás eu estava me questionando (junto com o bot leitor do blog) o que eu teria a oferecer agora em um relacionamento. Sou uma pessoa divertida e tal, acho que sou uma pessoa boa e tenho cara de normal (como diria um amigo). Mas, pelas minhas experiências, sei que isso é muito pouco.

Preciso mesmo pensar nessas coisas e tentar achar um tempo para ao menos me divertir. Quem sabe eu não acho uma pessoa louca o suficiente para se divertir comigo no curto tempo que tenho livre?






sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Segurança é importante. Mas e a felicidade?

Essa semana me rendi ao rivotril mais uma vez. Dessa vez foi no trabalho, comecei a ficar nervoso do nada e ter pensamentos ruins. Tomei umas gotas e depois antecipei o meu olcadil da noite para a tarde. Até que funcionou pois pouco tempo depois estava calmo. Mas uma crise dessa não vem do nada... e por que ela aconteceu?

Profissionalmente estou numa situação que muitos poderia considerar perfeita. Estou numa grande empresa, não ganho mal (pelo menos para mim é suficiente), as pessoas em volta são legais no geral. Apesar de estar tendo mais atividades, ainda fica aquela sensação de que estou perdendo tempo lá.

Essa semana foi extremamente difícil sair da cama e ir para o trabalho. Cheguei depois das 9 hs quase todos os dias. Claro que houve uma evolução, pois pelo menos tive atividades. Mas nada que me agregasse grandes conhecimentos.

Em paralelo fico vendo, pelas newsletters de mercado que recebo, que estou investindo meu tempo em algo que não vai me abrir muitas possibilidades de trabalho no futuro. E como não tenho mais 20 anos, não tenho tanto tempo assim para desperdiçar em oportunidades erradas.

Por outro lado... a segurança. Estou em um trabalho que dificilmente serei demitido antes do fim do contrato (mais um ano), a cobrança é bem pequena e o ritmo é muito diferente do que eu tinha antes.

Essas coisas todas deveriam ser motivos para comemorar, não? Mas por que não consigo me sentir feliz lá? Por que fico torcendo para chegar logo 18 hs e ir embora? Por que tenho a impressão, às vezes, que apesar das pessoas gostarem de mim elas nunca me incluirão para nada?

A segurança que eu tenho hoje é muito boa por vários motivos. Necessidade de fazer um colchão para o futuro, poder cuidar da minha vida acadêmica de maneira tranquila, acertar dívidas antigas, entre outras coisas.

Mas não consigo entender porque não estou agradecendo por tudo que tenho e me sinto infeliz lá? Querendo que chegue logo o fim de semana, contando as horas para dar a hora de ir embora. Hoje o meu grande receio é: conseguirei suportar essas coisas que me deixam infelizes tempo suficiente para conseguir meu colchão?

Porque hoje isso me parece muito difícil. Não é normal ter pouca vontade de sair da cama para trabalhar, estar lá pensando na hora de ir embora, torcer loucamente pelo fim de semana e ficar extremamente deprimido no domingo. Isso não é normal.

Mudar de emprego? Poderia ser uma opção mas para meus planos a médio prazo, essa segurança é tão importante que preciso achar uma forma de me ocupar lá e não ter tempo para pensar em besteiras.. Sair da cama e ir para lá não pode ser tão difícil, porque nesse ritmo acho que não completo nem um ano de trabalho.

Muitas das coisas que me incomodam não dependem das pessoas que estão a minha volta. A empresa é tão grande que certas coisas não dependem mesmo dos meus colegas. Mas preciso encontrar em mim um ânimo para fazer essa jornada ser menos dolorida.

Um especialista em RH me disse anos atrás: as pessoas não te motivam. Motivação não é algo que alguém te dá. Ela existe dentro de vc.

Pois é... preciso encontrar a minha para manter essa segurança de modo que tenha melhores condições (poupança) de tomar decisões mais ousadas no futuro. Mas como encontrar essa motivação? Espero que eu encontre logo...