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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Novo ano, velhos desejos

Estava pensando e relendo o que escrevi sobre os meus desejos para esse ano de 2015 e por mais que tenha avançado em algumas coisas, não consigo deixar de me sentir frustrado. Um amigo me diz que tenho o que olhar as vitórias que já obtive mas tenho a sensação de que retrocedi.

Comecei o ano bem adiantado no meu principal projeto acadêmico e termino esse com atraso, sem uma data para finalização. Tive boas conquistas esse ano nesse campo mas na reta final perdi o gás que me moveu até mais ou menos a metade do ano. De lá para cá, andei muito pouco e não cumprirei a meta que programei. E não posso atribuir isso a fatores externos mas unicamente a mim mesmo. Simplesmente não tenho conseguido andar com as atividades e nessa fase, qualquer semana sem produzir nada pode ser fundamental. Ainda há tempo de salvar e cumprir as coisas no prazo oficial mas confesso que não consigo seguir em frente, mesmo esse prazo estando cada vez mais perto.

No lado financeiro andei bem até certo ponto mas escolhas erradas me fizeram perder o que tinha conquistado até aqui. E consegui piorar, trazendo mais obrigações para a minha vida financeira. Definitivamente não sei lidar com abundância, em todos os sentidos.

Em relação a relacionamentos até que o ano começou bem mas, quando confrontado com o que realmente quero, também voltei ao ponto onde estava no final do ano passado. A diferença marcante agora é que não sinto falta de estar com alguém. Ando remoendo histórias do passado e sentindo saudade dos tempos alegres, mas não estou com disposição para encontrar novas pessoas.

No plano familiar acho que as coisas até que fecharam o ano bem mas sinto que estou gastando energia demais e assumindo compromissos que não podem ser só meus. Além disso, na ânsia de ver as cosias bem, tenho errado na medida com que trato as coisas, muitas vezes traduzindo isso de forma verbal, machucando as pessoas.

E na minha principal meta para 2015, dei passos atrás. Me sinto muito pior do que no final do ano passado. O SOS está virando quase um remédio de uso contínuo. Me sinto derrotado toda vez que recorro a ele e isso tem sido frequente.

Se eu fosse resumir meu estado em três palavras seria: desanimado, preocupado e assustado.  Desanimado porque todo dia tenho a chance de fazer diferente e simplesmente não consigo, usando qualquer desculpa para não fazer o que é preciso. O reflexo disso é que ando maltratando meu corpo e mente. Pelo menos na questão da mente, tenho buscado forma de afastar os pensamentos negativos que me perseguem todo santo dia.

Também ando preocupado com tudo e com todos. Com a situação do país, com a saúde das pessoas que amo, com a minha saúde, física e mental. Fico analisando e vejo que gasto uma energia gigante pensando nos problemas de todos. Não que seja ruim se preocupar com quem vc ama, mas andar preocupado e vivendo mentalmente em cenários que talvez nem existam, só tem feito muito mal para mim.

E, principalmente, ando com muito medo. Medo de perder pessoas amadas, medo de enlouquecer de vez, medo de perder a vida, medo dos pensamentos em dar fim a minha vida, medo de não conseguir enxergar qual meu papel nesse mundo, medo de ir novamente à bancarrota.

É incrível como saber e sentir não estão tão ligados em mim. Eu sei tenho muitas coisas a comemorar, sei que tenho apoio sempre que precisar, sei que muitas pessoas ainda acreditam em mim. Mas não sinto essas coisas como se fossem grandes tesouros ou que deva comemorar por isso, embora meu lado racional diga que devesse. Mas sei que não funciona assim.

Acho que a principal coisa nesse ano foi meu reencontro com as questões espirituais, que tentei renegar por muito tempo, desde a primeira experiência. Tenho lido bastante sobre isso e sei que tudo o que acontece comigo são coisas que preciso vencer, que a chave para meu desânimo, preocupação e medo está dentro de mim e que faz parte da minha evolução. Acho que o fio de esperança que ainda resta em mim só existe devido a esses estudos.

Por isso, a minha lista para esse ano de 2016 é praticamente a mesma do final do ano passado. A única e fundamental diferença é que não vou conseguir sozinho. Preciso de ajuda e, após voltar ao mercado de trabalho, retornarei para a terapia. Como uma coisa depende de outra, tentarei até lá me esforçar ao máximo para lidar com tudo isso e parar de viver no medo. O medo, como muitos dizem, é paralisante e não traz nada de bom na minha vida. Talvez essa seja a maior conquista que preciso nesse ano.

Espero que o ano de 2016 seja um ano de muitas vitórias para todos nós, que tenhamos força para recomeçar sempre que retrocedermos. Que possamos não perder a fé em nós mesmos e acreditar que podemos vencer tudo. Que seja o ano do início das nossas novas vidas nessa vida.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Impossible Dream

Em uma das vozes que mais gosto. Pena que foi tão cedo desse mundo...


sábado, 12 de dezembro de 2015

Escolhas do dia a dia

Andei afastado do blog por um tempo como já fiz outras vezes. Acho que muito disso se deve à pouca vontade de falar de mim pois, quando fazemos isso, temos que olhar para nós mesmos. E tem momentos que isso dói tanto. Como tem sido as últimas semanas para mim...

Fiz várias escolhas ao longo desses dois meses longe do blog. Uma delas eu faria de novo, certamente. Eliminei da minha vida uma fonte constante de energia negativa e que estava me consumindo física e mentalmente. Como toda escolha tem suas consequências, minha principal fonte de renda foi eliminada. Não seria problema, porque tinha me preparado para o "inverno". Mas recorri em escolhas erradas quanto ao uso do que tinha provisionado para esse período.

Na minha profissão, já ganhei muito dinheiro. Não para ficar rico, claro. Mas, caso fosse uma pessoa moderada no uso dos meus recursos, hoje não teria nenhuma dívida e certamente um teto para morar. Como sou péssimo para lidar com altas quantias, meti os pés pelas mãos muitas vezes nesses 10 anos. Em alguns momentos foram desperdícios com assuntos materiais. Ao menos nisso melhorei, tendo apego quase zero a coisas materiais. Não almejo ter as mesmas coisas que pensava quando tinha meus 20 e poucos anos.

Outros desperdícios foram em relação a questões passionais. Sou um cara de extremos e isso se aplica em tudo a minha vida. Então, cansei de fazer gastos desnecessários em relacionamentos à distância. Tenho a incrível capacidade de ficar atraído por pessoas de longe. E por mais romantismo que ainda exista no meu coração, não posso deixar de ser pragmático, especialmente quando os recursos são limitados. Mas sempre escolhi pelo coração e me compliquei muito com isso. Não acho que tem ser 8 ou 80, mas não consigo ser diferente. Talvez uma das missões na minha evolução seja aprender a equilibrar as coisas.

Estou fazendo um trabalho de recolocação profissional e pelo menos nisso tenho feito progressos. Principalmente em me alertar que não preciso resolver a minha vida financeira para começar a trabalhar nas coisas que realmente me fazem felizes. Muitos dizem que quando você faz o que ama, o retorno acaba sendo uma consequência. Quando o foco é o dinheiro, acaba acontecendo o contrário. Então, acho que esse investimento tem valido a pena, apesar de não ser barato e de queimar um pouco mais as reservas que tenho.

Em relação às minhas pendências, tenho ido a passos de tartaruga. Algumas etapas foram vencidas mas o objetivo maior desse ano não vai ser cumprido. Simplesmente não estou conseguindo produzir. Tenho feito outras várias coisas e não focando naquilo que é um dos meus maiores sonhos. Ou seja, eu que estava indo a passos largos para encerrar essa etapa bem antes do prazo, já não sei se chegarei no prazo.

Uma amiga, que também é uma ex, tem me falado que preciso escolher o caminho da felicidade e não o do desânimo ou da preocupação que tenho escolhido todo dia. Sim, todo dia ando desanimado, empurrando os dias com a barriga. Quando não desanimado, estou preocupado com tudo. Comigo, com minha família, com meus amigos, com o país...E fico em pensamentos ruins que me tiram energia do que deveria fazer, do que tracei para mim neste ano. E completando o tripé do ansioso, ando o tempo todo com medo. Medo de chegar uma notícia ruim a qualquer momento.. medo de ter alguma coisa.. medo de me afundar ainda mais financeiramente. Medo de não ter muito tempo nesse mundo... Sim, ando pensando nisso também.

Tenho tantas coisas que demandam minha atenção que deveria conseguir me focar nisso e não gastar pensamento com coisa ruim. Mas simplesmente não tenho conseguido. E tenho ficado deprimido a maior parte do tempo, sem vontade para nada. Cumprindo as obrigações quase que de forma protocolar e só aquelas cujos prazos estão praticamente estourando.

E quando escolho essa condição (sim, é uma escolha), acabo maltratando ainda mais a mim mesmo. Abusando na alimentação, deixando exercícios de lado, dormindo mal, recorrendo ao SOS a todo momento...

Sei que tudo é reflexo das escolhas que fiz e faço. Como disse para a colega Michele, a única opção é a de lutar contra isso tudo. Tudo que nos leva a fazer escolhas erradas, principalmente aquelas que sabemos onde vai dar, porque já fizemos isso. Mas falar é tão fácil...

domingo, 18 de outubro de 2015

Lidar com a abundância e se organizar

No post passado falei de disciplina para fazer as coisas que já sabemos que temos que fazer e, pelo menos comigo, nunca são feitas. Sabemos um monte de coisas sobre nossos males e formas de tratar, seja para lidar em um momento de crise ou para aliviar constantemente e, quem sabe, virarmos "normopatas".

Quando tomei a decisão de ser dono do meu tempo 24 hs sabia, além dos desafios com as finanças, que teria um um grande desafio para mim: como organizar meu tempo. Aproveitando o post sobre fé do ótimo http://nomundodafrancine.blogspot.com, tenho pensado muito no que essa decisão me trouxe tem relação com o que ando lendo/ouvindo.

Por influências de outras pessoas e por experiências próprias, voltei a estudar o espiritismo. Muito do que tenho entendido da doutrina espírita tem me mostrado que nossa existência atual é feita de muitas provas que precisamos passar para a nossa evolução. E cada vez mais vejo a ansiedade, como uma dessas provas que preciso passar, aprendendo a lidar com tudo de ruim e bom que ela me traz.

Mas em relação ao meu momento atual, em que tenho 24 hs do dia para usar como quiser, vejo que essa é uma das provas. Eu sou reconhecidamente desorganizado, abraço diversas coisas que não dou conta e o excesso sempre me foi problema. Quando tive excesso de dinheiro, gastei mal. Quando tive excesso de liberdade profissional, usei mal. Aliás, excesso não é a palavra. Acho que abundância seria mais adequado.

Até hoje pago por erros quando tive abundância de alguma coisa. De clientes, de atividades, de dinheiro, etc. E assim, com a abundância atual (de tempo), preciso me organizar para cumprir o que me propus fazer quando abri mão de um trabalho em um momento tão ruim da nossa economia. Mas me preparei para isso, para não passar dificuldades até cumprir meus objetivos e voltar ao mercado.

Acho que essa semana que passou até que me saí bem. Andei com muita coisa que estava parada, dei novo gás para meus projetos pessoais e espero manter a toada. Ainda preciso melhorar algumas coisas, como o tempo que dedico a cada uma das atividades e lembrar, sempre, de que abraçar o milhões de atividades nunca deu certo. Então, preciso manter o foco, acertar os passos diários e aproveitar essa abundância que me dei para realmente crescer. E quem sabe não seja um passo importante na minha evolução para lidar com essas questões.

Eu sou ansioso, quero resolver tudo logo. Mas tentar fazer tudo de uma vez só dá um resultado: não concluir nada. Por isso, essa prova que estou passando tem que servir justamente para eu melhorar o que me é tão falho, como organização e disciplina, e conseguir cumprir meus objetivos para esse ano.

Vamos para mais uma semana de luta!



terça-feira, 13 de outubro de 2015

E agora?

Consegui o que queria: tempo para me dedicar aos projetos pessoais, com um fôlego financeiro para alguns meses. Felizmente na minha área não devo ter problemas para me recolocar no mercado e acho que isso não tardará a acontecer.

Mas me sinto amarrado esses dias... Tenho tanto a fazer e só estou produzindo aquilo que os prazos oficiais me obrigam, nada mais. Tenho andado bem irritado às vezes, com as coisas que queria resolver rapidamente e não posso. Em outros momentos, me sinto triste, como se faltasse alguma coisa e aquela pergunta que sempre vem a minha cabeça: "para que tudo isso?".

Por conta da escolha que fiz, os próximos meses serão bem solitários para mim, bem diferente do que andava sendo, pelo menos de segunda a sexta. Minha ansiedade me traz o cenário que não fui bem quando minha atenção era demandada por outras pessoas. Por outro lado, o convívio com muitas pessoas negativas estava me fazendo muito mal e, por vezes, revelando o que tenho de pior.

Estou me esforçando para não alimentar certos pensamentos mas é tão difícil... e tenho medo de que nessa fase de eu comigo mesmo, seja mais difícil ainda.

Tenho muitas tarefas a executar para concluir meus objetivos para esse ano e elas dependem, basicamente, que eu ponha a mão na massa. Simples, não? Mas por que estou com essa dificuldade imensa de fazer o que preciso, que foi a razão para que saísse do trabalho?

Ter disciplina é algo bem difícil para mim. Como se precisasse de alguém me mandando o que devo fazer (acho que já escrevi algo assim, anos atrás) porque sozinho não está andando. E, para piorar, sinto que meus pares de pesquisa não estão muito preocupados com o andamento dos meus trabalhos. Ou seja, terei que achar alguma força em mim, aproveitar o momento e não deixar o caos tomar conta de novo na minha vida.

Preciso conseguir...

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Nova Etapa

Depois de meses pensando, fazendo contas e diversas análises de cenários, resolvi colocar ponto final numa etapa da minha vida profissional. Não foi uma decisão fácil, especialmente nesses tempos de crise política e econômica. Mas o fato é que não estava me fazendo bem e eu via cada dia lá como um dia perdido, um dia a menos que eu podia investir em mim.

Como tenho dificuldade de terminar qualquer tipo relacionamento, demorei tempo demais para isso. Mas finalmente venci o medo e fiz o que meu coração mandava. Agora, estou pensando no que fazer com o tempo todo que terei, em todas coisas que preciso avançar para melhorar na minha carreira e como pessoa e, principalmente, organizar tudo isso e agir. Tudo o que não posso é ficar parado, porque de nada terá valido a pena essa decisão finalmente tomada.

Todos classificaram minha decisão como corajosa e de fato foi. Mas não penso que investir no meu bem estar e na minha felicidade seja uma escolha ruim. Então, estou muito aliviado por ter tomado essa decisão, feliz por ter sido do jeito que queria e mais ainda pelas muitas declarações dos colegas e amigos, me desejando sucesso nessa nova etapa. Agora, é comigo.

Só não foi perfeito porque deixarei de ter o convívio de algumas pessoas que significam muito para mim. Mas faz parte da vida... A ponta de tristeza que estou sentindo agora vai ser preenchida pelas ações que tomarei em prol luta pelos meus sonhos. Nesse dia, com essa mistura de emoções, impossível não lembrar dessa música:


sábado, 12 de setembro de 2015

Saber o necessário X Ter vontade

Já perdi as contas de quantos posts li ou vídeos vi sobre transtornos de ansiedade. De quanto já ouvi das pessoas sobre esse mal me atinge tanta gente. Apesar de saber as várias formas de amenizar os efeitos dela, boa parte do meu tempo não tenho a menor vontade de fazer. Sinceramente não sei o que acontece... Preguiça? Falta de disposição para mudar com medo de revelar outras coisas? Esgotamento físico e mental? Pode ser isso tudo e mais um pouco. Mas acabo não fazendo nada...

Estava malhando num ritmo legal... mas várias coisas foram me afastando da academia e hoje virei apenas um financiador de academia. Exercícios de respiração já tentei várias vezes e sei que os resultados não necessariamente vem na primeira vez mas o que vale é ser constante (como na academia). Também não sigo..

Costumo dizer que a ansiedade é o meu grande mal e meu maior dom. O fato da minha cabeça viver no futuro e ter um raciocínio muito rápido me traz várias vantagens no desenvolvimento das minhas atividades. Consigo antever coisas que a maior parte dos meus pares no trabalho não conseguem, porque não conseguem enxergar as coisas além do que os olhos mostram.

O problema é que além das situações hipotéticas que me ajudam no trabalho tem também os pensamentos ruins, de coisas que provavelmente não acontecerão ou acontecerão muito diferente do que minha cabeça imagina. Os pensamentos ruins me deixam com medo, agitado e a maior parte das vezes triste.

Além disso, por viver no futuro não consigo andar com as coisas do presente para que esse futuro aconteça. Fico pensando no que fazer com o dinheiro que vou ganhar (qual conta pagar primeiro) antes de me preocupar com buscar oportunidades que me gerem esse dinheiro necessário. Fico pensando mais no que farei depois do mestrado do que no tanto que tenho para pesquisar e escrever para que eu o finalize.

E assim vai com as várias coisas da minha vida...Muitos posts, contribuições de colegas, vídeos falam exatamente de trazer a mente para o presente e fazer o que tem que ser feito agora. Só que não tenho conseguido... Acho que é mais por falta de vontade de tentar. E aí acho que pode ser algo além da ansiedade.

Ando desanimado, triste a maior parte das vezes.. todas as pessoas têm percebido e simplesmente não tenho tido vontade de sorrir. E não vou dizer que minha vida está uma merda, porque não está. Tem muita coisa errada, claro. Mas tive muitos avanços.. O problema é que eu olho mais para a porcentagem de coisas a resolver do que a porcentagem de coisas resolvidas. Olho mais para o jornada longa onde já começo com 0 x 30 e esqueço que para virar o jogo preciso começar a ter vitórias, ou melhor, olhar as pequenas vitórias que tenho e usá-las como lembrete: "viu? você consegue!".

Espero que eu consiga mudar essa postura dentro de mim. Eu sei que posso conseguir. Todos podemos.

domingo, 30 de agosto de 2015

Mistérios da Cabeça

Eu tento mas não consigo entender certas coisas que acontecem comigo. Analisando de fora, ando numa fase que posso chamar de boa. Outros até diriam que eu deveria comemorar tanta coisa. De fato as coisas estão se encaminhando: vida acadêmica indo muito bem, apesar de ter muito trabalho até o final do ano, situação melhor no trabalho e boas perspectivas para os próximos meses e 2016, financeiramente estou conseguindo me organizar e até guardar dinheiro, relações com as pessoas têm ido bem. Olhando essas coisas, não tenho muito do que reclamar. Diria até que, dada a conjuntura atual, o cenário para mim é muito bom.

Mas incrivelmente tenho andado mais ansioso. Não que eu esteja associando ansiedade a problemas mas, no meu caso, acho que ela sempre esteve ligada a alguma coisa ruim na minha vida. E não posso dizer que minha esteja ruim, muito pelo contrário.

Só que ando agitado, recorrendo a SOS com frequência e com medo de acontecer algo. Poderia associar isso às várias coisas em que estou envolvido e às grandes decisões que vem pela frente. Mas as coisas estão caminhando como tem que andar, com um ponto ou outro fora do planejamento.

Tive meu período de descanso que, de fato, me fez muito bem fisicamente e mentalmente. Menos reflexos no corpo, menos mau humor e tenho até sido bem produtivo nesses dias pós-descanso.

Mas por que ando agitado assim, então?

Minha ex-psicóloga muitas vezes apontou ao fato que eu me sabotava porque tinha medo de uma vida sem problemas. De fato fiz muitas cagadas que me fazem pagar até hoje. Mas tenho, no meu ponto de vista, acertado nas coisas. Estou com uma atitude muito mais positiva do que andava há tempos atrás. E começo a ver, minha vida organizada de vez, em todos os aspectos, pela primeira vez em muitos anos.

Será que minha ex-psicóloga estava certa, ao afirmar que não resolvia as coisas por ter medo do que encontraria depois? De ao invés de ocupar minha cabeça com os vários problemas, sem eles ter que olhar para mim exclusivamente? A pergunta dela, que não sei responder até hoje, era: "Do que vc tem medo de encontrar quando os problemas acabarem?"

Talvez seja essa expectativa (ainda falta muito mas já vejo uma luz no fim do túnel) de terminar de pagar as escolhas erradas que fiz que esteja me causando essa ansiedade.

Li muito e vi muitos vídeos em que todos falam que os ansiosos vivem muito no futuro e quase nada no presente. Talvez eu precise praticar isso de forma organizada e deixar os pensamentos do futuro apenas na medida certa.

Preciso viver mais o hoje. Logo.




sábado, 15 de agosto de 2015

Coisas que não faço por mim

Por contas das minhas constantes dores de cabeça, minha médica sugeriu que poderia ser algo relacionado à coluna e indicou um neurologista. Depois da consulta com ele (5 minutos), ele disse que precisaria verificar se é algo referente à coluna ou enxaqueca mesmo. Achei estranho ele não pedir outros exames mas como minha médica recomendou, resolvi dar o voto de confiança e não procurar outro.

Esse médico pediu que eu fizesse um raio-x da coluna e uma ressonância magnética da cervical. Lembrei que esse tipo de exame é aquele que vc entrar numa máquina e todas as vezes que fiz me senti bem incomodado, mesmo quando foi só da face, ou seja, apenas parte do seu corpo fica dentro do tubo.  No caso da cervical teria que ser o corpo inteiro, o que foi um tempero extra para a minha ansiedade.

Enfim, como a dor está sendo diária e estou bem preocupado, resolvi fazer o exame, Estive lá nessa quinta e fiquei mais "animado" quando a moça me disse que ia durar um pouco mais do que a tomografia da face, cerca de 25 a 30 minutos. Quando comecei a entrar na máquina, por um momento me veio o pensamento de estar num caixão. Para não desperdiçar a oportunidade do exame, tentei ignorar esse pensamento e começar a pensar em coisas que me deixassem bem.

Incrivelmente eu consegui manter minha mente controlada a maior parte do tempo e gostaria de ter esse controle na maior parte das vezes em que me sinto agitado. Mas isso é assunto para outro post. O ponto é que enchi minha mente de pensamentos de situações alegres que passei e boa parte desses pensamentos foi de momentos com uma ex, que voltei a ter contato desde que terminei com a última namorada.

Me vi sorrindo, no meio das lembranças dos momentos com ela, e até sentindo saudade daqueles momentos. Vamos até nos encontrar nos próximos dias, mas estou tentando treinar minha mente para não esperar nada mais do que um reencontro de velhos amigos. Estranho isso né? Preferir não alimentar certos pensamentos (que são bons) por medo de rejeição. Como diria aquela música do Lulu Santos: "como uma ideia que existe na cabeça e não tem a menor obrigação de acontecer".

Além de pensar nela, pensei em outros momentos bons que aconteceram na minha vida, em momentos que eu estava me divertindo e que me deixavam alegre. Saí do tubo e fui caminhando para o transporte, pensando em quanto tempo eu não tenho feito nada por mim, que não seja relacionado a dinheiro, trabalho ou carreira, fora a academia. Me refiro a busca de momentos como esses que lembrei no tubo, onde estava sorrindo e vivendo os momentos sem pensar em mais nada, a não ser em curtir.

Acho que muito do que acontece comigo tem a ver com o fato de que eu dor mínima prioridade a minha felicidade. São sempre obrigações (minhas e relacionadas à outras pessoas) e tarefas, prazos, etc.

Hoje estava em um curso e estava ouvindo duas colegas comentarem sobre suas experiências no Canadá. Mesmo morrendo de medo de voar, sempre pensei em viajar pra fora e gosto de fazer isso, de aprender sobre outros lugares, outras realidades diferentes das minhas. E por uns momentos, pensei que isso talvez não seja mais possível para mim, que talvez eu tenha perdido o timing de ter essas experiências, já que não posso me ausentar por muito tempo de perto da minha mãe.

Relembrando meu histórico, acho que essa característica sempre esteve presente em mim. Estava lembrando hoje da ocasião em que uma enfermeira me descreveu como ninguém nunca fez na vida. Acho que já contei aqui e sei que o post tá longo, mas vou resumir: durante um exame para verificar labirintite (logo no início das minhas crises de ansiedade), ela começou a me questionar de uma maneira como se conhecesse toda a história da minha vida. Me perguntou coisas como "o que vc tem feito por vc?" ou "há quanto tempo vc não cuida de vc mesmo?" que parecia que ela lia a minha mente e sabia tudo sobre mim.

Esse relato foi para demonstrar que parece que não faço mesmo, ou dedico pouco esforço a coisas que sejam unicamente com o objetivo de curtir. Sem estar preso a um relógio, pensamento em outros lugares e obrigações e etc.

Todos esses acontecimentos recentes, somados às dores, ao cansaço por falta de férias, as várias pendências em todas as áreas da minha vida, me fazem lembrar que a vida pode acabar em um instante e a qual propósito estou dedicando a minha vida. O que ando fazendo com ela...

Queria tanto virar esse jogo mas exatamente hoje eu tenho: capítulos da dissertação para escrever, ajustes em artigo aceito para congresso, tcc de especialização para terminar, trabalhos antigos que deixei pendentes, muitas contas para pagar, dinheiro para juntar para operação da minha mãe...

Fico me questionando; paro tudo literalmente e tiro um tempo para pensar na minha vida? Escolho o que não irei fazer no prazo e foco apenas no essencial (o que invariavelmente vai me trazer problemas)? Começo aos poucos a colocar momentos "curtir" na minha vida e ver se isso não aliviaria as minhas crises e pensamentos ruins?

Não sei a impressão de quem me lê, mas esse que vos escreve se vê como extremamente cansado, desmotivado para dar conta disso tudo, se sentindo fracassado em vários pontos da vida, e querendo que o mundo pare um pouco só para eu poder respirar.

Para terem uma ideia, hoje depois do curso fui ao cinema. Sozinho mesmo. Além do fato que não lembro a última vez que entrei numa sala de cinema, tem o que pode parecer absurdo e um indício de como as coisas andam na minha vida: hoje foi a primeira vez que assisti a um filme 3D na vida.

Uma semi-parada vai acontecer nos próximos dias. Não sei ainda de quanto tempo e o que poderei parar de atividades... Mas pararei e vou tentar administrar essas coisas de modo que eu realmente consiga aliviar a minha cabeça.

Mas preciso realmente começar a fazer mais pela minha felicidade... realizar meus sonhos, usar meu trabalho, carreira e estudo como meio e não fim. Talvez essa seja a grande mudança que eu precise fazer em mim...













sábado, 8 de agosto de 2015

A rejeição

Posso dizer que já experimentei bastante a rejeição no campo amoroso. Acho que isso é um dos motivos que me fazem ser o cara que dificilmente toma a iniciativa para procurar ou me aproximar de uma mulher. Talvez por isso também, boa parte dos meus relacionamentos tenham começado pelos meios virtuais, onde a gente se sente mais corajoso e se importa menos com o que o outro lado está pensando de vc. Ou melhor, dá a devida importância.

Mas eis que essa sexta me trouxe um tipo de rejeição que não é comum para mim: no campo profissional. Tomei um não de uma oportunidade que estava quase dando como certa, graças as informações que um amigo que trabalha lá me fornecia. E mesmo concordando que o meu perfil não era o melhor para a necessidade da empresa (precisavam de uma experiência que eu não tenho), não deixo de me sentir mal por receber esse não.

E eu, no meu mundo de mil cenários criados por minuto, me vi sem uma possibilidade de mudança, de tentar algo novo e aprender coisas novas. Estava com o pé no freio no meu trabalho atual porque além do trabalho estar muito chato e do clima estar muito pesado, minha cabeça estava no mundo novo que se desenhava para a minha carreira.

Além do fato de estar muito cansado e isso me impedir de andar com minhas tarefas acadêmicas fora do meu horário de trabalho, me vi sem alternativas, ou sem a alternativa que mais me agradava. Não vou dizer que estou inteiramente triste por nessa negativa, porque estava lamentando que a saída desse trabalho atual me afastaria de algumas pessoas, especialmente de uma, que voltei a me aproximar depois do término do meu namoro.

Então, estou numa fase confusa... busco a parada que minha cabeça pede cada dia mais, antes de afundar todas as coisas da minha vida, ou tento alternativas para ter paradas menores sem ficar sem o emprego. Apesar do do que falei do trabalho, o salário me dá algumas tranquilidades que eu estava sem antes.

Enfim, nova etapa de especular, especular e especular. Criar mil cenários na minha cabeça e tentar tomar as decisões, estando bem consciente das perdas que elas invariavelmente nos trazem. Mas como ter a tal serenidade para avaliar os cenários com calma, se o mundo não pára e não deixar de te trazer demandas.. prazos, prazos e prazos. Cobranças, cobranças e cobranças.. Eu só queria um tempo , que não sei dizer quanto, para esquecer do mundo e o mundo me deixar em paz um pouco, para assim poder avaliar as coisas com calma.

E minha cabeça não pára de doer... farei novos exames essa semana, já que minha médica acha que pode estar relacionada à minha coluna. Mas no fundo, acho que a razão principal é a minha estafa mental que certamente afeta meu corpo...

E com tantos prazos, como fazer isso. Como dizer ao mundo que preciso parar porque penso que as coisas podem piorar se eu não fizer isso...Não sei. Decisões importantes a serem tomadas..



terça-feira, 4 de agosto de 2015

As batalhas do dia a dia

Lendo os posts das pessoas queridas que acompanho nesse mundo de blogs, me identifico muito com cada post que leio. Não conheço pessoalmente nenhuma das pessoas que acompanho frequentemente, mas sinto muito carinho e desejos de melhoras para todas essas pessoas. Vejo as batalhas de cada um e também me vejo no meio dessa guerra, também com minhas batalhas. Por que temos que batalhar todo dia contra essas coisas? Não sei...

O que sei, e espero que isso seja uma mensagem positiva, é que a opção que nos resta é lutar. Também tenho meus momentos de desânimo, em meio a tantos problemas que criei, que ganhei e os são gerados pelas tais crises de ansiedade. Tem horas que realmente penso: "para que lutar tanto, acabo me rendendo a porra de um SOS".

Estou tão cansado.. física e mentalmente. Tão esgotado que tomei uma decisão que muita gente chama de loucura nesses momentos tão difíceis em nosso país: abrir mão do meu emprego. Minha mente precisa urgente de descanso e no meio de tanta coisa, não consigo pensar em nada. O resultado tem sido crises diárias de ansiedade, em maior ou menor grau, mas ela tem me visitado sempre.  E por isso tudo, preciso parar. Em outro momento da minha vida, quando conheci a ansiedade, eu ignorei os vários sinais que meu corpo estava me dando... e tudo explodiu. Dessa vez, e isso não significa retroceder, não vou deixar isso acontecer de novo. Se minha cabeça pede parada, então ela terá que ter.. custe o que custar.

Por conta de tudo que fiz de errado no passado e por precisar ajudar a pessoa que mais amo no mundo, não ficarei muito tempo sem emprego. Só espero é que esse intervalo sirva para eu colocar um pouco as coisas em ordem na minha cabeça.

E assim vamos batalhando... tomando decisões que podem parecer loucas para os outros... mas só quem sente o que sentimos, tem ideia do quanto sofremos e de tudo que passa pela nossa cabeça. Por isso, não espero que as pessoas que não sabem o que eu sofro, entendam minhas decisões. Mas eu preciso cuidar de mim e, nessa batalha nossa diária, precisamos reavaliar algumas coisas e dar "uns passos atrás", sempre que necessário. Refletir e seguir em frente.

Depois que expus sobre a situação profissional para as pessoas que tinha que expor, digamos que ando um pouco melhor. Por "um pouco melhor" entendam "tomei rivotril apenas unas 3 ou 4 vezes nos últimos dias". Mas sei que isso vai melhorar. Sei que estou tomando a decisão certa e coisas boas virão para mim, porque estou lutando para isso. E vou conseguir, como todos nós.

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Quase 3 semanas depois de eu ter pedido um tempo para a namorada, tenho absoluta certeza que fiz a coisa certa. Ela estava certa e estava com ela apenas pela pessoa maravilhosa que ela é, mas era só um amigo...com a parte namoro acontecendo quase que de forma protocolar e isso é uma merda. Eu sei...e nenhum de nós dois merece isso. Repassando algumas coisas que ela me disse quando estávamos para dar essa parada (que logo será um término), vi que ela estava absolutamente certa. Falava que sentia que de mim faltava atração, faltava desejo...E eu já tinha percebido isso, antes dela falar.

Quando comecei a perceber isso, pensei logo em se tratar em possíveis efeitos do Olcadil. Mas bastou essas semanas longe dela para perceber que meu desejo não diminuiu em nada, muito pelo contrário. Ando com muito mais vontade do que antes...pena que não é em relação a ela. E não deixo de lamentar isso.. de verdade. Porque queria muito que desse certo com ela...Mas, como ela mesmo disse, ninguém é obrigado a amar ninguém e faz parte se isso não acontecer. Lamento muito.

Devo encontrar com ela na semana que vem para colocarmos o ponto final na relação, embora eu tenha certeza que ela já sabe disso. Só não serei cretino a ponto de falar para ela o que escrevi aqui. Isso dói muito e a última coisa que quero é causar mais tristeza. Só preciso pensar muito bem nas palavras que usarei.

Vida que segue... mas certamente muito aprendizado antes de embarcar em novas relações.














sábado, 25 de julho de 2015

O tempo é o senhor da razão

Essa frase conhecida se aplica bem a essa minha semana. Pedi um tempo a namorada, para tentar enxergar o que realmente sinto por ela e, apesar do curto tempo, algumas coisas ficaram claras. Ela é uma pessoa maravilhosa, cuidou de mim de maneira que nunca esquecerei, amiga e companheira... Qualidades fundamentais para alguém que vc quer ter do lado. Mas, e lamento por isso, isso não é suficiente. Tem que haver sentimento, desejo, atração, etc.

E olhando essa semana, vi que tenho por ela exatamente as mesmas coisas que sinto por todas as pessoas que importam para mim. Preocupação, desejo de que coisas boas aconteçam para a pessoa, alegria por ver a pessoa sorrindo, etc. ótimo para um amigo mas insuficiente para um namorado.

Outros sinais também me indicaram que só a estava vendo como amiga: não senti falta da namorada, apenas das conversas de amiga, que de certa forma foram supridas pelos amigos que tenho. E na outra parte que ela se queixava, realmente ela estava certa. Me vi por diversas vezes desejando outras mulheres. Não que achar uma outra pessoa atraente e excitante seja um problema em um namoro. O que penso é o valor que damos a esses pensamentos e se o alimentamos. Enfim, essa semana me mostrou que não senti falta da mulher que ela é.

E, lamentando muito, porque ela parecia perfeita para mim, tenho que dar fim a isso. Não posso ser egoísta e nem ficar com o medo de ficar só, mantendo uma situação que deixa no mínimo duas pessoas infelizes. Preciso aceitar que não rolou mais a tal química e deixá-la seguir em frente, buscando fazer o mesmo.

Só espero q ela não sofra muito e que supere isso logo. Felizmente ela tem dois motivos lindos para não pensar muito em mim. Não são suficientes também, mas tenho certeza que vão preencher esse vazio que venho deixando no coração dela.

Hora de seguir em frente, refletir sobre o que passou, o que fiz de errado e como será daqui para frente. Foi ótimo estar com alguém e sinto que logo sentirei falta novamente. Mas preciso resolver muitas coisas antes, para não levar para outra pessoas uma carga tão grande como a que venho carregando. Não me refiro a me livrar de problemas, porque todos temos. Mas sim ser uma pessoa que tem problemas e não uma pessoa cheia de problemas. E isso só posso fazer sozinho, infelizmente.

Vida que segue.

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Sobre meu trabalho, resolvi dar um basta. Estou com sintomas físicos parecidos que tive com um trabalho que me sufocou muito. Essa semana minha cabeça doeu todos os dias, andei muito agitado e impaciente com tudo e todos. Então, antes que o estrago seja maior, vou parar tb por um tempo no trabalho. Na minha profissão, felizmente não demorarei a achar outro. Mas preciso cuidar de mim e levar menos obrigações extras, que acabam influenciando no meu dia a dia.





domingo, 19 de julho de 2015

The end?

Essa semana que passou fiz a coisa que considerei mais correta em relação ao meu namoro: pedi um tempo. Não era justo com ela gerar expectativas e não ser um namorado de verdade. Mais injusto ainda era estar com ela sem estar certo do que eu sinto em relação a ela. E como sou muito transparente, claro que ela percebeu faz tempo essas confusões na minha cabeça. No dia a dia, nos carinhos, no sexo, etc...

Não sou do tipo que acredita em "tempo"... Mas acho que preciso realmente parar para pensar no que sinto por ela, no que posso dar para ela e em todas as questões que ocupam a minha cabeça. O resultado? Tenho chorado todos os dias...tenho pensado nela em todos os dias, em como ela pode estar sofrendo.. Não é fácil tirar uma pessoa que faz parte da sua rotina tão intensamente como ela fazia. E nunca quis machucá-la.. imaginar que ela está sofrendo por minha causa me dói ainda mais. Mas infelizmente não tenho controle sobre isso mas sim sobre meus atos. Nesse sentido, talvez o "tempo" seja uma solução.

Claro que o tempo vale para os dois. Como ela mesmo disse, pode se acostumar com a minha ausência e simplesmente acabar tudo. E pode ser que eu descubra que ela é o amor da minha vida e aí talvez seja tarde demais. Mas continuar como estava não tinha como... Eu mal dava atenção a ela e mal tinha vontade de estar com a namorada, muito mais com a amiga. Sei que namoro sem amizade não é nada... mas entendo quando ela aponta que praticamente só tinha amizade e zero romance ultimamente.

Com tudo que anda acontecendo na minha vida, acho que isso tudo pode estar influenciando... mas não tenho o direito de gerar expectativas com um namoro que não está existindo de fato e não dar o que ela espera, por conta dos meus problemas. Seria mais fácil superar tudo isso juntos? Também acho que sim...Mas não consigo avaliar as coisas dentro de mim se tenho que atender as cobranças dela (além das outras que tenho). Por isso, realmente o tempo pode ser útil.

O fato é que está doendo muito. Penso em escrever para ela, procurá-la, dizer que sinto saudade...Mas o ponto principal do "tempo" não está resolvido: não sei de qual (namorada ou amiga) estou sentindo mais falta. E isso, principalmente para ela, é condição fundamental para que possamos decidir por acabar ou tentar de novo.

A única certeza que tenho nessa minha cabeça doente é que sinto falta dela... e que me dói absurdamente pensar que ela está sofrendo. Nunca quis isso...

Tenho medo do futuro..meu velho medo de ficar só. Mas não posso estar do lado de alguém sem estar 100%. Não é certo com ninguém... E se eu descobrir que a amo mesmo, que isso tudo era causado pela minha vida confusa, tentarei. Se for tarde demais, será mais uma coisa que terei que lidar pelo resto da vida...Choro ao escrever tudo isso... choro ao pensar nela...Por que tem que ser tão difícil assim? Por que não consigo ter um mínimo de normalidade?

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No trabalho as coisas também vão muito mal. Estou quase pedindo para sair. Ainda não decidi a data...Ficar sem férias com tantas atividades extras só tem piorado as coisas na minha cabeça. Tenho recorrido ao SOS mais vezes do que acho que deveria...E antes que me estrague mais, preciso tomar uma atitude, já que férias não terei até o final do ano.





domingo, 12 de julho de 2015

Tantas decisões...

Os últimos tempos não têm sido nada fáceis de lidar...Estou, usando termos de futebol, em várias finais de campeonatos ao mesmo tempo. Assuntos acadêmicos chegando a reta final, mudanças no trabalho, pendências antigas demandando mais minha atenção, assuntos familiares precisando muito de mim e, não menos importante, namorada me questionando cada vez mais.

Semana passada, depois de vários dias estranhos, tivemos uma conversa bem franca. E, apesar dos pontos de crítica conhecidos, como a minha falta de tempo e dedicação ao namoro, ela tocou em um ponto crucial: que parece que estou vendo-a apenas como amiga e não como namorada, mal me interessando pela mulher  e sim pela amiga maravilhosa que ela é.

Enquanto conversávamos isso, tive que ser sincero, mesmo sabendo que isso ia machucá-la: que não tinha certeza de nada quanto aos meus sentimentos em relação a ela, que minha cabeça está uma zona gigante em relação a tudo e que não tinha condições de dar respostas definitivas a ela. Estivemos quase a ponto de terminar naquele dia e só não aconteceu porque comecei a chorar muito, pedindo perdão por estar magoando-a, que lamentava ter esse monte de problemas e ser essa pessoa-problema, que nunca quis machucá-la e que queria que fosse tudo diferente.

A gente até namorou naquele dia, comigo presente ali de corpo e mente, tivemos uma semana mais agradável, mas mal senti falta dela nesse fim de semana. Só pensava nas coisas que tinha que fazer no fim de semana, nos desafios que estão se aproximando e calhando de serem todos ao mesmo tempo, em como estava cansado e não queria trabalhar amanhã, entre outras mil coisas que passam na minha cabeça a cada minuto.

Aliás, como já devo ter falado anteriormente, esse é o grande dom e grande mal do ansioso. A mente que borbulha milhares de coisas ao mesmo tempo, indo e vindo no tempo, elaborando mil hipóteses, mil situações e geralmente sofrendo com a maior parte delas. Nos últimos tempos, até pelas demandas, minha cabeça ainda muito mais a mil e só queria ficar um pouco quieto, aquietar esses meus pensamentos e relaxar, como as pessoas "normais" fazem. Acho que precisaria disso para refletir sobre as coisas, sem pressões de prazos, segundas-feiras, contas, etc. Talvez conseguisse acalmar a mente e entender melhor tudo o que se passa comigo.

Hoje é domingo.. tomei rivotril umas 3x no final de semana e estou agitado aqui, pensando na semana toda, nos meses até o final do ano, que amanhã é segunda e tenho que ir ao trabalho, porque não posso simplesmente largar tudo (pessoas dependem de mim). Penso também que mais tarde vou encontrar a namorada e dizer a ela que não dormirei de novo essa noite na casa dela, já que minha mãe está aqui, e já estou sofrendo porque sei que ela vai ficar triste... e tudo o que não queria seria deixá-la triste.

Preciso de férias no meu trabalho, mas não terei, devido a questões contratuais. Preciso de férias nos assuntos acadêmicos (que é a única coisa que me empolga no momento) mas não posso porque estou justamente na etapa mais crucial dos meus trabalhos (faço dois cursos). Preciso de férias da minha namorada porque hoje só estou sendo nocivo para ela, que também não passa por momento bom na vida. Mas tenho medo de falar de um tempo e não ter mais volta, que eu descubra que meus sentimentos são de amor de namorado e aí seja tarde demais. Que eu perca pra sempre uma pessoa que só quer o meu bem. Mas, por outro lado, enquanto fico tentando forçar uma coisa que não estou sentindo agora, estou machucando-a e me machucando. Não sei o que fazer, Penso em pedir um tempo para pensar sobre tudo e para que ela pense também. Afinal, ela tem todo o direito, por mais que me ame, de não querer estar perto de uma pessoa nessas condições.

Pensei em pedir demissão, para me dar o tempo que preciso para encerrar as pendências acadêmicas e ter um tempo para cuidar de mim. Mas quando faço as contas do que preciso ter ao final do ano (nada para mim.. só contas e caso de saúde na família), vejo que nem isso eu posso fazer.

Estou com muito medo de ficar cada vez pior.. de voltar a frequentar emergências, de ficar mais doente e estragar tudo que conquistei até aqui...Pensei em formas de levar um dia a dia menos corrido, sem perder o trabalho e nem atrasar minhas coisas... mas não sei se isso vai funcionar. Vou tentar mais um pouco no trabalho...

Mas o que mais me incomoda agora é o que eu faço com relação a namorada... Não é justo com ela ficar sendo um namorado protocolar e nem comigo...Sei que sou egoísta, porque mesmo sabendo disso tudo, fico pensando no meu medo de estar sem a amizade dela e não dar conta do que virá pela frente, porque ela me ajuda muito.

Preciso pensar em mim... mas preciso também pensar nela, no que estou fazendo com ela (ou deixando de fazer) e tomar decisões. Aliás, tomar decisões com relação a ela e em relação às outras coisas. Tomar certas decisões exigem coragem... e acho que é isso que está me faltando agora.







sábado, 27 de junho de 2015

Meses decisivos

Tentando me entender, vejo que as indefinições me deixam ainda mais agitado do que já sou. Minha cabeça está sempre a mil, imaginando mil cenários possíveis e sofrendo sempre na maior parte deles. Claro que essa capacidade tem seu lado bom. No trabalho isso acaba sendo um diferencial e tanto, pois chego em soluções que muitas pessoas não chegam na mesma velocidade. Mas, como toda dádiva tem seu custo, a capacidade da minha mente de viajar loucamente me leva a lugares que geralmente me causam mais dor do que benefícios.

Estava na dúvida sobre uma oportunidade e sofri algumas semanas com isso. Imaginando como seria se eu aceitasse (caso fosse chamado) ou não aceitasse e ficasse onde estou. Depois de muito pensar, fazer milhares de cálculos, analisar várias vezes e mudar de opinião quase todo dia, decidi por não ir. Acho que dentre as várias coisas que analisei, a mais importante foi devida as crises de ansiedade que tive no período. De um jeito ou de outro, ficando onde estou, tenho suporte de várias pessoas. E ir para um lugar onde não conheço ninguém, a um vôo de distância de casa, me fez pensar como eu ficaria quando tivesse esses dias difíceis.

Sim, tive medo de passar mal e não ter alguém por perto a quem recorrer ou que entendesse do que sofro, o que tenho aqui. E como a opção de ficar não seria ruim também, apenas adiando algumas coisas que eu queria resolver para ontem, resolvi ficar. Tenho minha lista de coisas que quero nesse ano mas não posso esquecer em nenhum momento que estar bem mentalmente é a primeira delas. As outras podem acontecer no seu tempo, já que erros de anos não vai ser corrigidos rapidamente. Então, preciso sempre dizer a mim mesmo "uma coisa de cada vez" e não posso arrumar mais coisas que me deixem mais ansioso.

Escolher sempre é difícil mas com serenidade, temos menos chance de errar. Por isso, tentei ao máximo ter isso e tomar a decisão que  me pareceu mais adequada com o que eu defini como prioridade. As outras coisas serão resolvidas, tenho certeza. Mas primeiro, preciso terminar meu primeiro passo acadêmico, ajudar uma pessoa da família em uma questão e manter meu emprego até o final do ano. Depois disso, posso me dedicar às outras coisas, com muito mais recursos do que tenho hoje, com meu passe muito mais valorizado e talvez com mais serenidade ainda, podendo estar em melhores condições para, dentre os vários cenários que minha mente visualiza, distinguir aqueles que valham a pena investir, daqueles que devo ignorar porque são criações da parte louca da minha mente e que só me fazem mal.

Que a Força esteja comigo nessa segunda metade do ano!


terça-feira, 9 de junho de 2015

Menos ansioso??

Ontem fui a minha médica para uma consulta de rotina e para renovar as receitas, dos remédios de pressão, além do Olcadil e Rivotril. Após ela me examinar e ver que meu coração está normal (assim como a pressão), disse-me que me achava menos ansioso até pelo meu jeito de falar. De fato, ontem realmente estava numa noite mais tranquila do que tem sido...

Mas aquela constatação momentânea não reflete nem de perto como ando me sentindo. A irritação com tudo me acompanha, a falta de paciência com tudo e todos persiste, os pensamentos ruins me perseguem... Nada disso mudou. Talvez tenho tido momentos que posso até chamar de bons, mas esses não têm sido meu "normal".

Tenho procurado não me envolver em mais atividades do que já tenho, contrariando a minha tendência de querer abraçar o mundo. Acho que com menos coisas para fazer, tenho dedicado mais tempo para aquelas que preciso me dedicar. Talvez isso tenha me trazido momentos menos ansiosos, como minha médica viu ontem.

Mas acho que no geral não ando tão diferente. Na verdade, a diferença é que tenho tentado não deixar os pensamentos ruins me dominarem. Nem sempre eu consigo mas estou me esforçando e tentando desviar meu pensamento para qualquer coisa que não sejam esses pensamentos.

Hoje estou um pouco mais agitado, acho que pela chance de ter que tomar uma decisão profissional em breve. Talvez eu tenha que escolher entre meu emprego e uma oportunidade temporária fora daqui. Parece uma decisão fácil, pq bem ou mal tenho alguma estabilidade e estou sob a "proteção" da CLT. Mas o que pesa para o outro lado é que o retorno financeiro em curto prazo, me permitiria resolver duas das três coisas que mais quero na vida: pagar as minhas dívidas e ter dinheiro para um procedimento médico que será necessário para alguém da família. Depois posso até ficar sempre emprego mas, como eu falei com um amigo, qualquer coisa que eu consiga depois já vai ser muito lucro, pq não terei mais o passivo que toma todo o meu dinheiro. Sim, tudo o que ganho com meu salário, nada fica pra mim. É pagar contas do dia a dia, ajudar família e diminuir as dívidas. A diferença é que nessa oportunidade, eu aceleraria isso.

Parece fácil agora escolher? Nada na minha cabeça é fácil ou simples... Recentemente recebi uma oportunidade de ouro na empresa, entrando em um projeto que, ao final dele, me colocará em outro patamar profissional, abrindo muitas portas profissionais. Então, pensar que ao assumir uma outra oportunidade de trabalho, estarei fechando essa porta e desperdiçando uma oportunidade de aprender coisas que muitos profissionais gastam o valor de um carro para aprender (sem exagero).

Então, estou entre a aposta na carreira a longo prazo e a resolução de duas coisas que me incomodam muito e que anseio há um bom tempo. Se eu tiver a oportunidade de escolher, certamente não será uma escolha fácil.

Como essas duas coisas me causam tanta dor, tendo a colocar essa oportunidade nova com um peso bem maior. As pessoas me dizem que eu não preciso correr, que deveria ficar por aqui e aproveitar o que tenho agora, resolvendo as coisas no seu tempo.

Mas, e quem me lê me entende bem, só nós sabemos a dor que sentimos em certas coisas. E quando essa dor atrapalha teu sono, teus relacionamentos, tua vida... Queremos fazer qq coisa para nos livrar dela.

Importante deixar claro que a oportunidade nova é temporária (9 meses), é na minha área e relacionada a minha área de pesquisa e não é em um lugar onde eu corra riscos, como uma área de guerra. Tem bastante ladrão lá, de terno e gravata, mas esses já me roubam estando eu em qq lugar do país. Não preciso dizer onde é, né?

Enfim,  nem sei se serei escolhido. Mas vamos ver o que vai acontecer... Só espero ter serenidade para tomar a melhor decisão e principalmente para lidar com todas as coisas que estão acontecendo.








sábado, 30 de maio de 2015

Preciso de ajuda

Tenho andado com pensamentos e sentimentos tão ruins que ando bem assustado comigo. Falta de paciência com qualquer coisa, irritação fora do normal com coisas não me irritariam (ou me irritariam pouco), raiva ao ver coisas erradas, etc. Não que sejam sentimentos anormais mas o grau em que essas coisas vem acontecendo está me preocupando.

Hoje, vi um casal fazer uma coisa que infelizmente é muito comum em supermercado. Para poder passar nos caixas rápidos, dividiram a compra enorme deles em várias compras, como se fossem para várias pessoas. Os dois são cretinos e isso explica porque temos os políticos que temos. Mas a raiva que senti, a irritação e reclamações o tempo todo, me mostraram que não estou nada bem.

Esse exemplo tem acontecido com muita frequência. Para tentar me irritar menos, tenho tentado não ler notícias de jornais. Mas das coisas que acontecem no dia a dia, não consigo fugir e isso tem me feito muito mal.

Com relação a sentimentos, também ando sentindo coisas muito estranhas. Um vazio, como se nada que estivesse fazendo tivesse sentido, não vendo propósito na minha vida. Estava atribuindo isso ao estresse em que ando, sem férias e com milhares de coisas para fazer, Fiquei uns dias fora em um evento acadêmico e achei que, apesar de ter levado obrigações para fazer, sair me faria bem. Mas tive todos esses pensamentos e sentimentos ruins durante os 4 dias que fiquei fora.

Tive alguns momentos lúcidos e produtivos e até produzido uma lista das coisas que mais "não quero":

  • não quero ficar sem dinheiro
  • não quero ficar todo o tempo desesperado com tarefas para entregar
  • não quero depender de remédios pra dormir
  • não quero ter pensamentos ruins
  • não quero mais dever pra ninguém
  • não quero fins de semana com listas de tarefas 


Consegui refletir sobre meu momento e na minha pressa para fazer andar coisas que ficaram paradas por anos. Um colega me disse, a respeito das tarefas acadêmicas, que não preciso ter pressa e que tenho que ir mais devagar. 

E vendo meu acúmulo de tarefas, de coisas que eu coloquei nos meus afazeres, vi que preciso mesmo tirar um monte de coisa e deixar apenas o essencial. Cancelei inscrições em alguns cursos online que tinha me inscrito. São cursos importantes para minha carreira, mas como já tenho um mestrado para concluir, talvez valha a pena pensar nisso depois.

Essa viagem eu fiz de avião e, não sei se falei aqui, detesto voar. A ida, no primeiro trecho, foi aterrorizante e nem com rivotril consegui ficar calmo. Na segunda parte da viagem consegui ao menos ficar controlado. Na volta, embora não tenha tido o pavor da ida, tive pensamentos ruins pela viagem toda. E se o avião cair? E se eu tiver um treco aqui dentro? Pensava na morte e nas coisas que deixaria pendente para as pessoas que ficariam. Na tristeza profunda que deixaria nas pessoas.

Isso, por si só, deveria ser motivo para eu me animar e lutar para seguir em frente. Mas tem muitos momentos que me sinto sem forças, sem ânimo para fazer qualquer coisa. Dias atrás, tive início de conjuntivite e a oftalmo me deixou em casa por um dia. Não consigo descrever a alegria que tive ao receber o atestado para poder ficar em casa e não ver ninguém, não fazer nada.

Esse momento também se reflete na relação com minha namorada. Estou tão preocupado comigo que mal dou atenção a ela, me limitando a responder as mensagens que ela manda e vendo cada mensagem que tenho que responder como mais uma obrigação na minha vida. Também reparei que nesses dias fora, só liguei para ela uma vez, antes de pegar o avião de volta. Quando vi as mensagens de saudade dela, só consegui pensar que não estava sentindo a menor falta dela. E isso, mais uma vez, me preocupou muito. Me sinto um lixo porque não estou conseguindo ser um mínimo de namorado para um anjo que Deus colocou na minha vida, que só quer o meu bem e tem feito tudo para me ajudar, mesmo tendo passado recentemente por uma tragédia familiar. 

Eu devia fazer o máximo por ela, mas não consigo... quando o faço é mais no sentido de obrigação (porque ela é uma pessoa boa, por tudo que passou, pelo que faz por mim) do que por vontade de fazer para agradá-la.  Me sinto um lixo por ter desejado tanto uma namorada e quando eu recebo esse anjo, não consigo fazer nada por ela. 

Ando sem vontade nada inclusive com relação a ela. E fico pensando no que fazer... se volto para a minha solidão (nunca acharei alguém como ela) e deixo ela seguir a vida dela, para achar algo melhor. Ou se tento o máximo que puder, na esperança que esses sentimentos em relação a ela estejam sendo influenciados pelo meu momento psicológico péssimo e lute para ficar bem.

No vôo, enquanto estava tendo os pensamentos ruins, eu repetia para mim mesmo. Preciso muito de ajuda. Não estou nada bem e tenho medo de afundar tudo que consegui reconstruir em pouco tempo. Como diz minha mãe, em relação ao que estava no final de 2012, quantas vitórias eu tive até agora. Mas estão me faltando vontade e energia para continuar. 

Com tanta coisa boa acontecendo (a namorada, o trabalho q melhorou, o mestrado indo bem), eu não consigo ficar feliz. Ao invés disso, ando desanimado, irritado com as coisas erradas e com medo.. muito medo.




sexta-feira, 22 de maio de 2015

Só por hoje


Só por hoje eu não quero mais chorar
Só por hoje eu espero conseguir
Aceitar o que passou e o que virá

(...)

Em dias que estou muito para baixo essa música sempre me vem a cabeça. Aliás, tenho andado assim faz um bom tempo... Parece que uma luz se apagando em mim a cada dia que passa. Tenho, na minha vã esperança, atribuir isso tudo a falta de férias e ao ritmo louco de atividades em que me meti.

O fato é que não me sinto feliz...Tudo anda me aborrecendo ou me deixando mais deprimido. Um exemplo dessa mistura: minha mãe estava em um ônibus em que o motorista passou a toda no quebra-molas e com o impacto minha mãe subiu e caiu em cima do braço do banco. O resultado é que ela está com muitas dores em todo o corpo e, como se não bastasse todos os cuidados que ela deve ter com a saúde, agora tem mais isso para se preocupar. Raio-x na segunda e volta ao ortopedista para um diagnóstico mais preciso. Tomara que seja o mínimo possível de efeitos que sejam tratados rapidamente. Minha mãe não precisa de mais dificuldade de locomoção.

E como eu reagi a isso tudo? Bom, a primeira coisa que senti quando ela me contou foi uma raiva imensa. Juro que pensei em descobrir quem foi o motorista que fez isso e fazer ele pagar com isso. Sim, pensei em no mínimo socá-lo e estragar bastante a cara dele. Matá-lo? Desejei isso também. Não justifica e nem resolve nada, eu sei. Mas meu ódio por esse desgraçado ter causado tanta dor a minha mãe, que tudo o que faz em todos os dias dela é procurar fazer o bem pelos outros, só me fez ter sentimentos ruins. Ainda estou com muita raiva mas ao menos penso em apenas escrever uma carta à empresa relatando o fato. Pensar que isso não vai resolver nada e o desgraçado no máximo vai tomar uma chamada me deixa com mais raiva ainda. Então, estou me esforçando muito para não alimentar esses sentimentos e pensamentos. Mas é muito difícil.

Estando hoje com ela e vendo/ouvindo o relato sobre o que aconteceu, sobre as dores que ela está, sobre o medo que ela está de ter que ficar de cama.. ver minha mãe sofrendo só me deixou mais deprimido. Minha mãe foi duas vezes a UPA e o merda que faz o Raio-X fez dois e não conseguiu acertar um. E, como tudo é demorado nesses lugares, minha mãe não voltou nas várias filas para tentar que o lixo humano que cuida disso fizesse a merda do trabalho dele direito.

Paguei um particular na tentativa que ela fosse melhor atendida e embora isso não garanta nada, pelo menos ela foi e agora espero ter um diagnóstico melhor. Saber de outras coisas dela, como uma cretina de uma ginecologista que machucou minha mãe num preventivo porque estava de papo com a enfermeira, me deixa mais puto e triste. Puto porque não posso fazer nada que gostaria e triste por ver minha mãe cercada de monstros que não se têm o mínimo de cuidado com um idoso. 

Já pensei algumas vezes em largar tudo (trabalho e mestrado) e voltar a morar com ela aqui. Pelo menos eu poderia acompanhar minha mãe nessas coisas e evitar alguma dessas coisas. Mas infelizmente tenho outros problemas que minha estada longe tem amenizado. Pagar esses exames dela e o procedimento mais caro que ela fará esse ano, só são possíveis porque tenho um emprego que me paga razoável.

Mas me deprime ao lembrar que cada vez mais ela ficará mais dependente da gente e um dia nos deixará. Eu morro de medo desse dia e não sei o que será de mim quando isso acontecer. Enquanto eu ouvia os relatos dela, tive vontade de chorar por várias vezes. Agora, ao desabafar aqui, pelo menos posso chorar sem que ela veja e fique mais preocupada. 

Tudo tem me deixado assim: deprimido ou puto. Às vezes as duas coisas ao mesmo tempo. A falta de humanidade das pessoas, a certeza de que estamos completamente abandonados por todos aqueles que delegamos poderes (com nosso voto), a situação cada vez pior em todas as áreas... Minha mente vai longe e fico mais deprimido, só vendo caos e dor.

Não consigo olhar para a minha carreira tendo progressos, oportunidades boas que estão aprendendo, o anjo que eu namoro... nada disso parece estar sendo suficiente para eu ter um estado onde, como disse o Renato Russo na música que escrevi acima, possa aprender a viver um dia de cada vez. 






quarta-feira, 29 de abril de 2015

Tempos tão estranhos...

Eu ia escrever um título para esse post mas percebi que seria o mesmo do post de 10 dias atrás...

As coisas não mudaram muito... quer dizer, tive mais dois boas notícias no campo profissional/acadêmico e devia estar em festa. Até fiquei bastante no dia em que tive as notícias mas o fato é que tenho andando com uma energia bem ruim. Não sei se daria a isso o nome de tristeza mas tenho andado com um desânimo muito grande de tudo. Com dificuldade de sair da cama, sem ânimo para as brincadeiras no trabalho, raramente com meu estilo alegre de sempre, estando com a namorada quase que como protocolo.

Tenho recorrido bastante também ao Rivotril. Acho que mais pelo medo de ter uma crise do que propriamente em uma crise de fato. Ando também sem paciência para nada... qualquer coisa que me deixaria apenas incomodado tem me deixado puto. Devo estar também num estilo mais reclamão... de tudo e de todos.

E não consigo entender o que está acontecendo comigo... eu tenho ótimos motivos para comemorar. as coisas realmente estão muito melhores do que há 4 meses. Mas parece que a minha energia do início do ano está bem apagada.. ou quase apagando.

Tenho andado com sensações tão ruins...Enfim, não me sinto bem. Pode ser fruto de muito tempo sem férias, do ritmo maluco de tarefas que andei nos últimos meses...na verdade, eu gostaria que fosse só isso. Porque aí bastaria tirar as minhas férias (sendo liberado ou me liberando - pedindo demissão) e eu estaria bem.

Mas minha cabeça fica pensando em coisa pior...em um estado depressivo (não seria a primeira vez) ou sei lá o que...


domingo, 19 de abril de 2015

Devia comemorar mas...

Essa semana tive duas ótimas notícias no campo profissional. Uma em relação a um trabalho aceito em um congresso e outra relativa a uma mudança no emprego que vai me abrir muitas possibilidades ao final do contrato. São duas coisas que queria muito e felizmente consegui vencer essas etapas. Claro que existem outras etapas e se eu não mantiver o ritmo, tudo que fiz até agora será perdido, ou quase perdido.

Mas não ando bem... sinto como se estivesse carregando um peso muito maior do que consigo carregar... as várias questões que demandam minha atenção parecem me sufocar às vezes...Em muitos momentos tenho tido vontade de ficar só no meu canto, isolado de qualquer coisa que se pareça com obrigação. E acabo vendo como obrigação coisas como dar atenção a família, namorada, me cuidar, estudar, etc...

E esses sentimentos me incomodam muito. Sinto que não vou dar conta das várias coisas que estou envolvido e uma hora isso vai estourar. Tenho recorrido ao Rivotril com alguma frequência, digamos 2x por semana.

Apesar das coisas estarem caminhando tal como eu desejei no início do ano, não consigo me sentir feliz. E me deixa nervoso não saber porque...Tenho tido menos pensamentos de morte, de que algo vai me acontecer... Mas ando por demais irritado e impaciente... olhando para o relógio com muito mais frequência do que o meu "normal". Não tendo paciência para ouvir longas explanações...Ficando aéreo boa parte do tempo..

Minha ex-psico sempre me dizia que eu adoro ter o controle.. e não ter o controle das minhas emoções é algo que só faz me chatear mais, me deixa nervoso e mais preocupado sobre o que anda acontecendo comigo.

Estou com medo de surtar perante as novas etapas que se aproximam, de não dar conta das coisas e decepcionar aos outros. Talvez a quantidade de ocupações seja um fator que contribua para esses sentimentos... andei tanto tempo descuidando de várias coisas que acho que acabei abrindo frentes demais para recuperar o tempo perdido.

Talvez eu precise enxergar que não sou capaz de dar conta de tanta coisa e pisar realmente no freio. Talvez eu tenha que acreditar que não sou o dono do tempo e que consertar erros de anos em pouco tempo não seja possível. Talvez focar em uma coisa por vez...O que eu não posso mais é viver assim... preciso estar em paz.










quinta-feira, 9 de abril de 2015

Serenidade

Hoje me falaram que, para tratar um assunto familiar, preciso ter serenidade. Que ficando nervoso ou parecendo nervoso acabo prejudicando quem eu quero ajudar. Concordo que realmente a imagem de um filho angustiado não é boa para uma mãe e que preciso me esforçar para não deixar que isso transpareça para ela.

Mas é tão difícil... ando tão preocupado com os meus problemas, os problemas familiares... as coisas que acontecem no país..Ando preocupado com tudo... e tem sido tão difícil ter serenidade..Me sinto correndo o tempo todo e sem tempo para mim.. para pensar em mim e nas minhas várias questões.

Estou com mais medo ainda de que algo ruim aconteça com alguém que amo ou comigo..Estou com muito medo de surtar nessa sensação de correria constante que tenho vivido.

Envolvido em tantas coisas, cuidando finalmente da carreira que abandonei por anos, penso que talvez lidar com pressão é uma coisa que definitivamente não sei e só me faz mal. Pressão para andar com minha carreira, pressão para ajudar minha mãe e tentar ao máximo livrá-la dos problemas que tem parecido, pressão para dar atenção sempre a namorada, quando muitas vezes tenho saudade de estar só e ter todo o meu tempo só para mim.

Sim, minha mente é bizarra. Reclamei diversas vezes aqui que me sentia só, que queria achar alguém. E quando eu acho um anjo na minha vida, por muitas vezes me vem o desejo de estar comigo mesmo apenas e dar vazão às tantas coisas que eu tenho que resolver.

Eu devia agradecer por ter alguém que se mostra estar 100% comigo, mesmo com toda a minha carga. Mas muitas vezes me pego pensando que o tempo que estou com ela, poderia estar resolvendo algumas das várias pendências que tenho. Como sou estranho...

Ando muito preocupado comigo... essa profusão de pensamentos tão contraditórios.. esses mar de preocupações que têm sido os meus dias...Não é essa a vida que quero pra mim...quero paz na minha cabeça...

Sim, preciso ter serenidade para achar as respostas que preciso. Me pergunto como achar serenidade no meio dessa tempestade que parece ser a minha vida...ou melhor, que parece estar a minha cabeça.  Mas eu preciso achar...e logo.




sexta-feira, 3 de abril de 2015

Ansiedade que não me deixa...

Tenho andado bem ansioso esse ano e queria entender o(s) motivo(s). Estou mais tranquilo no trabalho, namorando, fazendo exercícios quase todo dia e parece que estou pior do que quando não estava com nada disso.

Não sei se a crise de sinusite/rinite tem contribuído para isso ou se a ansiedade é que tem contribuído para minhas crises respiratórias. Talvez a ansiedade e os pensamentos de doença têm me feito prestar mais atenção ao meu nariz quase sempre entupido. Talvez eu já estivesse com esses problemas antes mas só recentemente passei a olhar mais para isso e como parece que uma coisa alimenta a outra, eu tenho andado pior.

Estou numa fase com tanta coisa para fazer e pensar que a ansiedade só me atrapalha em tudo. Tarefas acadêmicas, estudos diversos, atenção à namorada e à família... tanta coisa para eu ocupar minha cabeça e essa porcaria da ansiedade me fazendo ter pensamentos ruins e me deixando nervoso. Aí acabo não conseguindo focar nas coisas e atrasando tarefas.. que no final me geram mais ansiedade.

Por questões financeiras estava pensando em propor à psico que as sessões fossem quinzenais... mas estou vendo que não dá. Eu sempre tive problemas respiratórios de algum tipo mas agora parece que essas coisas são uma coisa super grave... pelo menos a minha cabeça tem enxergado assim. Minha namorada me disse que talvez se estivesse ok com a ansiedade, nem prestaria atenção toda hora a minha respiração, verificando o quão entupido meu nariz está.

O fato é que não tenho conseguido relaxar quase em nenhum momento. Em alguns até consigo ficar concentrado e fazer o que preciso.. mas na maior partes das vezes tenho andado agitado, pensando coisa ruim e interpretando cada sinal do meu corpo como uma doença gravíssima.

Minhas semanas têm sido bem cheias... desde cedo até à noite estou com coisas pra fazer..o namoro, que é ótimo, não deixa de ser mais um fator que ocupa meu dia. Minha namorada tem me dito que devo relaxar mais, me preocupar menos e não pegar tanta coisa pra fazer. Talvez trocar algum dos vários estudos que faço por alguma coisa que seja relaxante... como yoga, algum outro tipo de atividade terapêutica..

Vou pensar nos meus horários.. ver o quanto de coisas eu faço e o que sobra de tempo para outras coisas...Mas estou tão cansado de ter essa ansiedade empatando a minha vida. Ou quem sabe eu precise relaxar mesmo e entender que não posso me deixar mais doente porque tento não deixar nenhuma oportunidade passar..


P.S.: eu vou pensando e escrevendo... fico imaginando como deve ser a leitura disso...








quarta-feira, 25 de março de 2015

Não tenho nada e tenho tudo

Desde que comecei a ter crises de ansiedade, há 6 anos, já devo ter "tido" todas as doenças existentes na literatura médica. É incrível por quantos médicos já passei nesses anos todos. Sinto alguma coisa e lá vou eu correndo procurar um especialista X no que acho que estou tendo. Aí faço os exames e não acho nada. Uma ou outra alteração de quem não se cuida de vez em quando mas nada demais.

Algumas coisas são reais: sou mesmo hipertenso. Felizmente essa está controlada e graças a médica maravilhosa que achei, que consegue opinar sobre todas as áreas e realmente conversa com vc na consulta. Médicos assim deveriam ser maioria.. mas não são.

Estava preocupado dias atrás com um diagnóstico de "várias arritmias" ao fazer um teste ergométrico. O médico que viu isso deu uma bela exagerada, sem considerar ou questionar que eu poderia estar puto da vida com o atraso dele e preocupado que ia chegar atrasado no trabalho.

Acabei fazendo o holter 24 hs que não acusou nada de significativo. Alguns picos nos batimentos mas coincidentemente nos horários de ida e volta do trabalho. Claro que me estresso nesses trajetos. Enfim, minha condição geral cardíaca é boa e todos os exames mostraram isso. Preciso apenas melhorar meu condicionamento físico.

A onda da vez na minha cabeça é minha sinusite. Na verdade tb estou (ou tenho?) rinite e isso tem me incomodado demais. Já tomei antibiótico (segundo a otorrino, dos fortes) e não melhorou nada., Aí fui a um segundo otorrino que me disse que poderia tentar corticoide por 5 dias. Apesar dele me garantir que não me afeta nada e minha médica concordar, muito medo de tomar essas coisas.

Desde que me entendo por gente meu nariz tem momentos entupido. Mas dessa vez, diferente das outras, não tenho coriza alguma. Está entupido e pronto. Há meses atrás estava usando vick toda noite no nariz, que já me disseram ser totalmente errado. Já fiz de tudo, inalação, Avamys, antibiótico, tomando vacina e agora estou tentando a acetilcisteína que minha namorada, da área de saúde, recomendou mais do que apelar para um antibiótico.

Fico pensando o quanto dessas coisas não podem ser de ordem emocional. Os exames de imagem mostram claramente o muco acumulado, mas será que essa não melhora não se deve a fatores emocionais?

Enfim, estou tentando de tudo para passar por essa logo. Muito chato ficar todo dia tendo que colocar algo no nariz para ver se ele fica úmido. E essas coisas não saem da cabeça, me trazendo mais preocupação e doenças imaginárias.

Avancei em muitas coisas esse ano. Estou namorando, assuntos acadêmicos caminhando, dívidas sendo pagas, fazendo exercícios físicos... Mas esse transtorno não me larga...Talvez eu tenha que ter paciência e esperar, já que estou fazendo tudo (ou acho que estou fazendo) para melhorar. Mas é q estou tão cansado de viver com medo, de pensar coisas ruins, de ter crises perto das pessoas, que só queria que isso sumisse de mim.

Talvez nunca suma. Talvez seja como a minha hipertensão que, depois de um tempo, finalmente está sob controle. Só não posso mais viver esse estado constante de pensamentos e medos de ficar doente e morrer.


terça-feira, 10 de março de 2015

Dura batalha

Fazia tempo que não escrevia por aqui... não por falta de vontade ou necessidade, mas é que tanta coisa vem mudando que tenho tido uma certa dificuldade em administrar meu tempo com essas coisas novas.Não é uma reclamação.. tem sido ótimo ter alguém para namorar, conversar, dar e receber carinho... Apenas tenho tido dificuldade em lidar com essa situação que, depois de tanto tempo, parece inédita para mim.

Além disso, estive envolvido em tarefas acadêmicas com prazos bem apertados...Felizmente consegui concluir essas tarefas e agora estou me preparando para as próximas desse longo ano. Mais prazos, mais pontos decisivos na minha carreira... E também estão rolando aborrecimentos com família e preocupações no trabalho.

Fiz os exames que detectaram que estou com rinite alérgica e sinusite.. Isso estava me atrapalhando tanto a respiração e, por consequência, me fazia ter pensamentos de coisas ruins, desencadeando crises de ansiedade. Não sei isso é um dos gatilhos mas é um fato que preciso tratar e venho tratando. A respiração tem estado bem melhor, graças a inalação, mas ainda vou visitar uma alergologista para saber a origem da minha alergia.

Estava conversando com minha psicóloga hoje sobre a minha constante irritação. Tenho tido pouca paciência com as coisas/pessoas e qualquer fato tem me irritado muito. Existem algumas coisas que realmente me tiraram do sério mas outras sempre estiveram lá e nunca me irritaram tanto como tem me irritado agora. Ando preocupado com isso... Na sessão de hoje não chegamos a conclusões, só o fato que tenho algum motivo maior para estar me aborrecendo tanto com as coisas "menores". Mas sinceramente não sei o que...

As coisas não estão às mil maravilhas... Mas tenho uma namorada que me dá muito carinho, entende o meu transtorno e cuida muito de mim. Tenho praticado algo que não fazia há tempos: sexo. E tem sido bom demais.. não lembrava mesmo como era...

Mas não consigo identificar a causa da minha impaciência com tudo...Finanças não estão 100% pq tive uns gastos extras nesse mês mas é coisa que se normaliza mês que vem. Logo estarei terminando uma especialização e mais uns meses caminho para o fim do mestrado. Também devo ter uma definição de emprego e parece que não ficarei sem nada.

Apesar das coisas estarem andando, não me sinto bem... Nervoso, irritado...tenho tido menos momentos com medo de morrer... mas não vou dizer que não tem acontecido. Essa semana, fiz um teste ergométrico e, apesar do curto tempo - 6 minutos, o médico disse que viu várias arritmias. Isso nunca tinha acontecido nos outros testes q fiz e fiquei mega preocupado. Ele disse que pode ser devido ao meu estado de sinusite e rinite, que me atrapalham a respiração, mas não me deixou menos preocupado, mesmo eu sabendo que faz todo sentido.

Enfim, quero pegar logo os laudos (tb fiz um eco) e mostrar pra minha médica. Só tenho consulta com ela no dia 24 mas farei de tudo para ela me atender antes e olhar meus exames, na esperança que me diga que está tudo bem e que isso foi devido a sinusite/rinite.

Estou com o olcadil 1mg mas vou comprar outra caixa nessa semana e partir para a de 2mg. Também recorri algumas vezes ao rivotril nos últimos dias, inclusive hoje. Tenho tido sensações de tontura e comecei a pensar que poderia ser algo relacionado a tal arritmia. Enfim, cabeça a mil, precisando ouvir minha médica para ela me dizer que está tudo bem com meu coração.

Como disse, apesar de estar com menos crises, elas estão aí...Na minha lista de desejos para 2015 consegui avançar em várias coisas. Mas a que mais quero ainda não cheguei lá: a ansiedade. Espero estar bem melhor em breve...












sábado, 21 de fevereiro de 2015

Tentando...

Fazem duas semanas que não posto e tanta coisa pra pensar e acontecendo... A coisa boa é que venho saindo com a moça que conheci e tem sido muito bom. Tenho vivido coisas que não vivia há muito tempo e acho que tenho muito que reaprender sobre relacionamentos...

Eu sou uma pessoa de extremos... quando estou empolgado com algo dedico tempo demais e acabo esquecendo do resto. Isso aconteceu em diversos momentos na minha vida. Com essa pessoa tenho passado tanto tempo e descuidando de algumas coisas, como meus compromissos acadêmicos e meus cuidados comigo mesmo.

Não que estar com alguém, namorar, ouvir e falar, não sejam cuidados consigo mesmo. Mas existem outras coisas, como escrever aqui, exercícios físicos, interagir com outros... De certa forma já passei por situações parecidas em outros relacionamentos e preciso reaprender de novo a buscar o equilíbrio constantemente. Tarefa certamente difícil mas é preciso, para não afundar as outras áreas da minha vida que tem caminhado, de certa forma.

Em relação aos meus planos iniciais para 2015, até que as coisas vem sendo cumpridas. Estou emagrecendo bem (e com saúde), estou namorando, assuntos acadêmicos caminhando (apesar da parada de uma semana) e as pendências estão sendo resolvidas. Ontem, pela primeira vez após muitos anos, emiti um relatório do Serasa em que não constava nenhum débito. Ou seja, depois de muito tempo meu nome está limpo. Ainda tenho muitos débitos na pessoa jurídica (empresa) mas na pessoa física até que consegui caminhar bem. Algo a se comemorar.

Na minha última consulta com minha médica, enquanto eu falava dos meus problemas de respiração, ela sugeriu que eu procurasse um otorrino. Me contou um caso de um paciente que não dormia bem há mais de 20 anos e quando descobriu, via polissonografia, que tinha apneia (ou outra coisa relacionada que não lembro), o cara meio que renasceu. Então, tenho a esperança que um dos gatilhos para minhas crises de ansiedade seja descoberto da mesma forma.

Tenho dois exames nos próximos dias que vão avaliar o que acontece com a minha respiração dificultada. Quem sabe não encontre algo que diminua e muito a ocorrência das minhas crises de ansiedade? Porque respiração é fundamental para quem tem ansiedade e melhorar isso pode me trazer muitos ganhos. Esperança...

Além do namoro com a moça, estou envolvido em várias coisas, que têm me ocupado. Uma coisa que aprendi sobre mim é que não posso me encher de tarefas que me tornem ocupado demais. Porque acabo não dando conta e quando a pressão vem (pq não entreguei algo no prazo, por exemplo), acabo ficando mais nervoso e, por tabela, ansioso. Esse semestre vai ser decisivo em várias coisas na minha vida profissional e espero estar menos ocupado no segundo semestre. Já deixei muitas coisas de lado pq me sentia ocupado, mas agora não quero fazer isso. Preciso terminar os compromissos que assumi e tomar cuidado para não pegar mais coisas para fazer do que posso.

Estou com receita para continuar com o Olcadil, com uma dose mais alta, e vamos ver se ele vai contribuir. Continuo recorrendo ao rivotril mas agora menos frequentemente do que antes. Espero que fazer coisas como exercícios físicos e namorar, preencham a minha vida de modo que acabem atuando para aliviar a minha ansiedade. O mesmo vale para essa busca para ver o que há de errado com minha respiração.

Não deixei de pensar em morte e doenças, mas certamente isso tem acontecido menos. Ter outras coisas pra pensar até que tem me ajudado nisso. Mas, de novo, preciso ocupar minha cabeça com assuntos que não me tragam mais pressão e por isso vou continuar buscando preencher meu tempo com outras coisas que não sejam trabalho, estudo, trabalho, estudo.


































sábado, 7 de fevereiro de 2015

Superando barreiras

Há pouco mais de uma semana, comecei a conhecer uma moça em um desses sites de relacionamentos. De cara percebemos uma afinidade muito grande que ainda hoje me assusta. Acho que nunca conheci uma pessoa com tanta coisa igual a mim...

Por isso, era natural que quiséssemos nos encontrar. Eu, que andei renegando minha vida amorosa por uns 4 ou 5 anos, com o pensamento na outra, resolvi tentar. Não apenas por superar esse meu medo de relacionamentos (medo que dê errado), medo de ela não gostar de mim e meus outros medos. Mas também porque é uma tentativa de seguir em frente e colocar cores na minha vida.

Acabamos nos encontrando na semana passada e tudo rolou muito naturalmente, como estavam sendo nossos papos. Ainda fico assustado como as coisas deram tão certo e sempre existe o medo e acabar... Mas o que não poderia mais era viver a vida que estava vivendo... me escondendo do mundo. Além disso, sempre achei que a ansiedade tem que ser tratada de várias formas, não apenas com terapia ou remédio. Como a Michele do http://diaadiadadepressao.blogspot.com.br tem colocado, buscar outras formas de nos tratarmos tem que ser feito. Não precisa eliminar terapia ou remédio... mas tentar atacar o problema de várias frentes..

E era o que eu pensava em fazer, como coloquei q nesse ano buscaria namorar. O que não imaginava era que seria tão rápido e nem que a pessoa fosse tão compatível comigo...

Ainda é cedo e nem sei onde isso vai dar. Mas só posso dizer q tem me feito muito bem e comemoro o fato de eu dar esse passo, lutando contra meus medos.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Semana de altos e baixos

Termino a semana bem melhor do que comecei mas não foi uma semana fácil. O projeto que estou no trabalho está passando por problemas, o que pode mudar algumas coisas.

Apesar de ter planos alternativos, caso perca o emprego, não queria que nada mudasse lá. Tenho fortalecido os vínculos que criei com as pessoas e isso é uma coisa que não tinha há muito tempo, acho que desde da época da faculdade. Estou mais preocupado em perder o convívio com as pessoas do que salários e benefícios... Enfim, espero que dure um tempo ainda...

Até o meio da semana passei muita raiva por conta de um problema antigo, que achei já estar resolvido. Paguei uma dívida bem alta até o fim do ano passado e esperava que tudo se resolvesse logo, já que tinha cumprido minha parte (pagar) no acordo. Mas as coisas não andaram assim e tive que provar quais as pendências que estavam inclusas no acordo.

Além do negócio ter se esticado mais do que eu queria, o fato do advogado praticamente afirmar (não era tão burro para tal) que não acreditava no que eu estava falando, me deixou muito bravo. Fico triste quando duvidam da minha competência. Mas duvidar da minha honestidade realmente me tira do sério.  Além de tudo, o advogado ainda quis me jogar responsabilidades que nunca foram minhas. Mas, para me livrar logo do problema, não rebati o email dele como queria fazer e tive que engolir. Escolhas...

Esse episódio, que parece ter sido resolvido, só fez aumentar a minha aversão a advogados. Além do fato de se darem um título que não têm (doutor), advogados em geral parecem desprovidos de coração.

Acho o Direito uma coisa muito legal. Mas não gosto mesmo de advogados e juízes. Deve ter alguns com coração e humildade, embora eu não conheça nenhum.

Além do assunto ter se encaminhado para resolução nessa sexta, no trabalho parece que terei garantido mais um mês, pelo menos. Enquanto isso, posso pensar melhor nos planos alternativos.

Por fim, por conta de estar mais disponível para as pessoas, comecei a conversar (por email) com uma menina que conheci em um desses sites de encontros. Temos achado várias afinidades e ler os emails dela têm me tirado muitos sorrisos, mesmo numa semana como essa.

Não sei o que vai dar e como (e se) vai evoluir. Mas o fato de eu estar tentando, já é uma coisa boa e posso chamar de avanço.

Estou sem o olcadil e minha consulta médica é só no dia 10. Verei com ela o que fazemos com relação a medicação, já que o olcadil parece não fazer mais efeito, dada a quantidade grande de crises que tive nas últimas semanas. 












sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O que acontece (comigo) durante uma crise de ansiedade

Hoje estou tendo mais uma crise de ansiedade. Não chega nem perto do que foi sábado passado, mas tomei já 25 gotas de rivotril. 10 há mais ou menos uma hora e meia atrás e mais 15 agora.

Seguindo as dicas das queridas Michele do http://diaadiadadepressao.blogspot.com.br/ e a Mi do http://descobrindomi.blogspot.com.br/ , resolvi tentar olhar pra mim durante essa mini crise e tentar identificar de fato o que está acontecendo. Apesar de ser uma crise menor, as mesmas coisas acontecem quando estou com uma crise maior:
  • Respiração mais difícil
  • Necessidade de falar com alguém
  • Aumento da atenção no peito (como se prestasse atenção ao que acontece dentro do peito)
  • Medo de piorar e/ou de não passar
  • Contração dos dedos do pé direito (as vezes o esquerdo tb)
  • Não conseguir focar minha atenção em mais nada
  • Beber muita água
Como começou? Não sei.. acho que a respiração mais difícil e eu comecei a pensar que estava começando a ter uma crise de ansiedade. Aí vira uma coisa retroalimentadora..

Que coisa louca né? A ansiedade é uma antecipação de algo que pode ou não acontecer. E começo a ficar ansioso com relação a possibilidade de uma crise de ansiedade. Faz sentido? Pra mim tb não...

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Pós-crise

Sábado foi uma das minhas piores noites nos últimos tempos. Cheguei a ir a uma emergência e só não fui atendido pq meu plano não era aceito e a consulta era 1300 reais.

Acabei voltando para casa e depois de mais 20 gotas de rivotril e conversa com uma amiga no whatsapp, acabei melhorando. Dormi muito de sábado pra domingo, quando consegui apagar. Me impressionou pq tomei ao todo 30 gotas de rivotril e mesmo assim demorei umas 3 hs pra me acalmar.

Fiz exame de sangue ontem e já peguei os resultados. Felizmente tudo normal, com pequenas variações pra cima, mas acho que dentro da margem de erro. Vou pedir a minha médica semana que vem q faça os pedidos de eco e teste da esteira,. Tá na hora de fazer de novo e eu fico mais tranquilo  (pelo menos pra tentar dizer pra minha ansiedade q meu coração tá bem).

Relatei o que aconteceu na terapia mas não chegamos a conclusão. Já passei por uns 3 psicólogos e cada um tem um estilo/linha. Essa praticamente só me ouve, com algumas intervenções (geralmente perguntas). Acho que esse tipo de relação é uma coisa que vai se ajustando com o tempo mesmo. Vamos ver como será...

Ainda ando com medo de ter de novo e a proximidade do sábado está me preocupando. Acho que tentarei sair no sábado à noite, sozinho mesmo, para ver se ocupo a minha cabeça com algo e não fico pensando besteira em casa. Minha amiga do whatsapp já tinha insistido que eu fizesse isso no sábado passado, antes de acontecer a crise.

Quero muito vencer essa luta. Tenho tanto a fazer/viver e não quero essa pedra me prendendo nesse lugar sombrio que são os pensamentos constantes de que algo ruim vai acontecer comigo.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Ansiedade de sábado à noite

Um dia faço um post dizendo como tinha produzido tanto e como minha semana tinha sido melhor sem a ansiedade. Hoje, durante o dia, repeti o mesmo ritmo de produtividade.

Chega a noite, começo a me sentir agitado, com respiração diferente do normal e os pensamentos ruins tomam contam de mim de novo. Achando meus batimentos cardíacos anormais, já penso logo em um infarto. Nessas horas, minha cabeça fica inundada de pensamentos ruins, de emergências médicas, morte e tudo mais.

Um outro sintoma é que começo a beber água muito além do normal. Em dias ansiosos, passo muito além dos 2 litros diários recomendados. Uma outra coisa que sempre acontece nesses momentos, é que contraio os dedos do pé direito. Muitas vezes mesmo.

Claro que fico muito assustado pelos pensamentos que me dominam e já recorri a umas gotas (10) de rivotril. Espero, como sempre, que isso passe logo.

Uma coisa que notei é que ando tendo crises nos sábados à noite. Depois irei analisar meus posts e ver quantas vezes isso aconteceu nos últimos tempos. Já tive crises recentes durante a semana, mas parece que sábado à noite é o momento em que mais essas coisas acontecem.

E fico chateado, porque estou fazendo tudo certo. Exercícios, terapia, procurando me ocupar com outras coisas que não trabalho/estudo. E mesmo assim, essas crises não me deixam e muito menos diminuem de intensidade.

Que saco isso, queria tanto que essa pedra que fica amarrada no meu pé me deixasse viver a minha vida, realizar meus sonhos, enfim, ser normal ou algo próximo disso.

Felizmente tenho esse blog para escrever, que me serve de distração nos momentos em que eu quero esquecer os pensamentos ruins. Tento fazer os exercícios de respiração, mas quem disse que consigo me focar neles?Talvez devesse fazê-los não só nos momentos de crise, até para poder treinar. Será que isso me ajuda?

Acho também que o Olcadil, na dose que tomo, não faz mais efeito em mim. Porque as crises têm acontecido sempre.

Tento me distrair, escrevendo aqui e puxando assunto com uma menina (muito legal) que conheci nessas redes. Só que o remédio ainda não fez o efeito e, consequentemente, minha preocupação não diminui. 

Ainda não estou contraindo meus pés e bem agitado. Deus queira que isso passe logo.

***** UPDATE*****
A situação não tinha melhorado e procurei um hospital. Chegando lá, descobri que meu plano não era atendido. Voltei pra casa e tomei mais uma dose de rivotril. Estou bem melhor, embora ainda assustado e com medo de acontecer de novo.

Uma amiga me fez companhia no whatsapp e conversar com ela, ajudou-me a não pensar nisso.

A parte incrível é que mesmo com 30 gotas de rivotril, não estou com sono. Espero que a agitação passe de uma vez e eu consiga dormir. Ao menos, já consegui fazer outras coisas que ocupem minha mente. 






sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

E chegou o fim de semana...

Depois de um fim de semana passado tão ruim, espero que esse esteja melhor. Pelo menos fisicamente estou bem. Os efeitos daquele lanche estragado já passaram e voltei a seguir a alimentação da minha dieta.

Uma coisa importante é que, de certa forma, consegui cumprir meu objetivos para a semana. Paguei contas, fiz exercícios todos os dias, interagi com pessoas fora do trabalho, trabalhei um pouco nos meus assuntos acadêmicos e avancei em relação a outras pendências além, é claro, de ter trabalhado bem no meu emprego.

Acho que tudo isso causou um efeito muito positivo em mim. Chegando o fim de semana e estou muito melhor do que começou. Tive pensamentos ruins hoje? Sim, mas ao menos eles me afetaram muito menos do que em outros dias. Quero que sempre seja assim e tomara que consiga produzir bem nas próximas semanas em relação aos meus planos.

Na terapia da semana, ela encerrou com a pergunta, enquanto eu falava da ansiedade: "Isso te atrapalha?". Acho que o foco que ela deu nessa pergunta me fez pensar mais sobre como preciso dominar isso e não o contrário. Porque a ansiedade não controlada acaba sendo uma pedra gigante amarrada no meu pé, impedindo-me de seguir em frente.

Quando eu não lembro da pedra, eu sou uma pessoa altamente produtiva e produzo bons resultados. Olho para essa semana e vejo como avancei em tantas coisas. E nem estou cansado. Claro que adorando o fim de semana (que será para assuntos acadêmicos) e o feriado que vai ter aqui na terça, mas trabalharia amanhã tranquilamente, se precisasse.

Que todos nós possamos ter mais semanas assim e força para dominar essas coisas que seguram tanto a nossa vida.




sábado, 10 de janeiro de 2015

Qualquer dor implica em...

Pensamentos ruins, que estou com algo muito grave e que vou morrer.

Há semanas que não tinha nada físico, certamente em grande parte a dieta que estou fazendo (comendo bem melhor) e aos exercícios que tenho feito com alguma regularidade.

Ontem, no ônibus para a cidade da minha mãe, comecei a sentir dor no estômago. Cheguei aqui ainda com dor e ontem atribuí isso a um lanche "natural" que comi no Subway.

Hoje acordei com as mesmas dores só que junto com a diarreia. Fiz os cuidados básicos (floratil, muita hidratação, não deixar de me alimentar, soro) e pelo menos disso estou um pouco melhor agora.

Mas estava o dia todo com dores no corpo e uma moleza muito grande. Agora à noite, chegou a febre. Está muito quente aqui mas eu estou embaixo de uma coberta.

Chego com uma descrição dessa em qualquer médico e certamente ouvirei: "virose". Que no fundo deve ser mesmo ou algo que não caiu mesmo bem no lanche de ontem.

A merda disso tudo é que um estado desse, que todo mundo deve ter no mínimo uma vez por ano, traz para mim vários pensamentos malucos. Sinto uma dor no peito e já acho que vou ter um infarto. Sinto frio por causa da febre e já acho que vou piorar e morrer.

Esses pensamentos me dominam de uma forma e aí fico agitado, pensando em recorrer ao rivotril (seria a 4a vez na semana) para passar logo e eu apagar. Ou seja, um lado meu entendo que os remédios vão fazer o efeito contra a febre e diarreia e estarei melhor. Outro lado, ignora essa coisa tão lógica e fica trazendo vários pensamentos ruins. 

Como eu queria nunca mais sentir isso... justo agora que tenho avançado em várias questões profissionais, pessoais e financeiras, aparecem esses pensamentos que parecem querer me avisar de que nunca serei feliz ou não ficarei nesse mundo por muito tempo.

Que saco isso...








quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

De volta ao divã

Depois da crise de sábado, decidi que tinha que voltar para a terapia. Estava relutante quanto a isso não por não reconhecer a imensa necessidade. Mas porque queria muito mesmo usar todo o dinheiro que ganho para pagar minhas dívidas e ser livre logo.

Acontece que se eu não usar parte do que ganho com cuidados comigo mesmo, logo posso chegar a um estado que não terei condições de trabalhar e não terei dinheiro para nada. Eu já passei por isso, há quase 4 anos. Estava tão mais doente do que estou hoje (acho) que simplesmente mal saía da cama, fiquei dias sem tomar banho, me alimentando só o necessário e deixando as obrigações de lado. Isso acabou gerando um efeito terrível que só fez piorar as coisas em todas as partes da minha vida.

Estou tentando puxar na memória mas não sei o que me fez decidir sair desse estado. Porque eu lembro de ter acordado um dia, ter tomado banho e feito a barba. E aí fui tentando retomar as coisas que estavam atrasadas. Procurei um médico, fiz diversos exames e foi quando comecei a tomar a fluoxetina, que naquele momento deu muito certo para mim.

Eu não mudei muita coisa além disso mas o fato de um dia ter decidido sair do estado que estava me chama a atenção agora, enquanto tento lembrar o que realmente aconteceu naquela época.

Por que estou falando isso? Bem, ontem eu disse para a psicóloga que eu conhecia parte do caminho que se percorre quando não se cuida e que por isso iria pagar menos dívidas do que queria e ia voltar à terapia.

Certas coisas, por mais que nos custem muito (não falo só de dinheiro), têm que ser feitas. Como disse para a psico ontem, é claro para mim que a maneira de não se cuidar não estava dando certo e então eu precisava fazer algo diferente.

Estou colocando em prática algumas coisas que pensei no final do ano. Me conhecendo, sempre penso até quando manterei isso. Espero ter força para que não sejam apenas mais uns meses de cuidados para depois voltar ao jeito errado de (não) me cuidar.