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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Semana de altos e baixos

Termino a semana bem melhor do que comecei mas não foi uma semana fácil. O projeto que estou no trabalho está passando por problemas, o que pode mudar algumas coisas.

Apesar de ter planos alternativos, caso perca o emprego, não queria que nada mudasse lá. Tenho fortalecido os vínculos que criei com as pessoas e isso é uma coisa que não tinha há muito tempo, acho que desde da época da faculdade. Estou mais preocupado em perder o convívio com as pessoas do que salários e benefícios... Enfim, espero que dure um tempo ainda...

Até o meio da semana passei muita raiva por conta de um problema antigo, que achei já estar resolvido. Paguei uma dívida bem alta até o fim do ano passado e esperava que tudo se resolvesse logo, já que tinha cumprido minha parte (pagar) no acordo. Mas as coisas não andaram assim e tive que provar quais as pendências que estavam inclusas no acordo.

Além do negócio ter se esticado mais do que eu queria, o fato do advogado praticamente afirmar (não era tão burro para tal) que não acreditava no que eu estava falando, me deixou muito bravo. Fico triste quando duvidam da minha competência. Mas duvidar da minha honestidade realmente me tira do sério.  Além de tudo, o advogado ainda quis me jogar responsabilidades que nunca foram minhas. Mas, para me livrar logo do problema, não rebati o email dele como queria fazer e tive que engolir. Escolhas...

Esse episódio, que parece ter sido resolvido, só fez aumentar a minha aversão a advogados. Além do fato de se darem um título que não têm (doutor), advogados em geral parecem desprovidos de coração.

Acho o Direito uma coisa muito legal. Mas não gosto mesmo de advogados e juízes. Deve ter alguns com coração e humildade, embora eu não conheça nenhum.

Além do assunto ter se encaminhado para resolução nessa sexta, no trabalho parece que terei garantido mais um mês, pelo menos. Enquanto isso, posso pensar melhor nos planos alternativos.

Por fim, por conta de estar mais disponível para as pessoas, comecei a conversar (por email) com uma menina que conheci em um desses sites de encontros. Temos achado várias afinidades e ler os emails dela têm me tirado muitos sorrisos, mesmo numa semana como essa.

Não sei o que vai dar e como (e se) vai evoluir. Mas o fato de eu estar tentando, já é uma coisa boa e posso chamar de avanço.

Estou sem o olcadil e minha consulta médica é só no dia 10. Verei com ela o que fazemos com relação a medicação, já que o olcadil parece não fazer mais efeito, dada a quantidade grande de crises que tive nas últimas semanas. 












sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O que acontece (comigo) durante uma crise de ansiedade

Hoje estou tendo mais uma crise de ansiedade. Não chega nem perto do que foi sábado passado, mas tomei já 25 gotas de rivotril. 10 há mais ou menos uma hora e meia atrás e mais 15 agora.

Seguindo as dicas das queridas Michele do http://diaadiadadepressao.blogspot.com.br/ e a Mi do http://descobrindomi.blogspot.com.br/ , resolvi tentar olhar pra mim durante essa mini crise e tentar identificar de fato o que está acontecendo. Apesar de ser uma crise menor, as mesmas coisas acontecem quando estou com uma crise maior:
  • Respiração mais difícil
  • Necessidade de falar com alguém
  • Aumento da atenção no peito (como se prestasse atenção ao que acontece dentro do peito)
  • Medo de piorar e/ou de não passar
  • Contração dos dedos do pé direito (as vezes o esquerdo tb)
  • Não conseguir focar minha atenção em mais nada
  • Beber muita água
Como começou? Não sei.. acho que a respiração mais difícil e eu comecei a pensar que estava começando a ter uma crise de ansiedade. Aí vira uma coisa retroalimentadora..

Que coisa louca né? A ansiedade é uma antecipação de algo que pode ou não acontecer. E começo a ficar ansioso com relação a possibilidade de uma crise de ansiedade. Faz sentido? Pra mim tb não...

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Pós-crise

Sábado foi uma das minhas piores noites nos últimos tempos. Cheguei a ir a uma emergência e só não fui atendido pq meu plano não era aceito e a consulta era 1300 reais.

Acabei voltando para casa e depois de mais 20 gotas de rivotril e conversa com uma amiga no whatsapp, acabei melhorando. Dormi muito de sábado pra domingo, quando consegui apagar. Me impressionou pq tomei ao todo 30 gotas de rivotril e mesmo assim demorei umas 3 hs pra me acalmar.

Fiz exame de sangue ontem e já peguei os resultados. Felizmente tudo normal, com pequenas variações pra cima, mas acho que dentro da margem de erro. Vou pedir a minha médica semana que vem q faça os pedidos de eco e teste da esteira,. Tá na hora de fazer de novo e eu fico mais tranquilo  (pelo menos pra tentar dizer pra minha ansiedade q meu coração tá bem).

Relatei o que aconteceu na terapia mas não chegamos a conclusão. Já passei por uns 3 psicólogos e cada um tem um estilo/linha. Essa praticamente só me ouve, com algumas intervenções (geralmente perguntas). Acho que esse tipo de relação é uma coisa que vai se ajustando com o tempo mesmo. Vamos ver como será...

Ainda ando com medo de ter de novo e a proximidade do sábado está me preocupando. Acho que tentarei sair no sábado à noite, sozinho mesmo, para ver se ocupo a minha cabeça com algo e não fico pensando besteira em casa. Minha amiga do whatsapp já tinha insistido que eu fizesse isso no sábado passado, antes de acontecer a crise.

Quero muito vencer essa luta. Tenho tanto a fazer/viver e não quero essa pedra me prendendo nesse lugar sombrio que são os pensamentos constantes de que algo ruim vai acontecer comigo.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Ansiedade de sábado à noite

Um dia faço um post dizendo como tinha produzido tanto e como minha semana tinha sido melhor sem a ansiedade. Hoje, durante o dia, repeti o mesmo ritmo de produtividade.

Chega a noite, começo a me sentir agitado, com respiração diferente do normal e os pensamentos ruins tomam contam de mim de novo. Achando meus batimentos cardíacos anormais, já penso logo em um infarto. Nessas horas, minha cabeça fica inundada de pensamentos ruins, de emergências médicas, morte e tudo mais.

Um outro sintoma é que começo a beber água muito além do normal. Em dias ansiosos, passo muito além dos 2 litros diários recomendados. Uma outra coisa que sempre acontece nesses momentos, é que contraio os dedos do pé direito. Muitas vezes mesmo.

Claro que fico muito assustado pelos pensamentos que me dominam e já recorri a umas gotas (10) de rivotril. Espero, como sempre, que isso passe logo.

Uma coisa que notei é que ando tendo crises nos sábados à noite. Depois irei analisar meus posts e ver quantas vezes isso aconteceu nos últimos tempos. Já tive crises recentes durante a semana, mas parece que sábado à noite é o momento em que mais essas coisas acontecem.

E fico chateado, porque estou fazendo tudo certo. Exercícios, terapia, procurando me ocupar com outras coisas que não trabalho/estudo. E mesmo assim, essas crises não me deixam e muito menos diminuem de intensidade.

Que saco isso, queria tanto que essa pedra que fica amarrada no meu pé me deixasse viver a minha vida, realizar meus sonhos, enfim, ser normal ou algo próximo disso.

Felizmente tenho esse blog para escrever, que me serve de distração nos momentos em que eu quero esquecer os pensamentos ruins. Tento fazer os exercícios de respiração, mas quem disse que consigo me focar neles?Talvez devesse fazê-los não só nos momentos de crise, até para poder treinar. Será que isso me ajuda?

Acho também que o Olcadil, na dose que tomo, não faz mais efeito em mim. Porque as crises têm acontecido sempre.

Tento me distrair, escrevendo aqui e puxando assunto com uma menina (muito legal) que conheci nessas redes. Só que o remédio ainda não fez o efeito e, consequentemente, minha preocupação não diminui. 

Ainda não estou contraindo meus pés e bem agitado. Deus queira que isso passe logo.

***** UPDATE*****
A situação não tinha melhorado e procurei um hospital. Chegando lá, descobri que meu plano não era atendido. Voltei pra casa e tomei mais uma dose de rivotril. Estou bem melhor, embora ainda assustado e com medo de acontecer de novo.

Uma amiga me fez companhia no whatsapp e conversar com ela, ajudou-me a não pensar nisso.

A parte incrível é que mesmo com 30 gotas de rivotril, não estou com sono. Espero que a agitação passe de uma vez e eu consiga dormir. Ao menos, já consegui fazer outras coisas que ocupem minha mente. 






sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

E chegou o fim de semana...

Depois de um fim de semana passado tão ruim, espero que esse esteja melhor. Pelo menos fisicamente estou bem. Os efeitos daquele lanche estragado já passaram e voltei a seguir a alimentação da minha dieta.

Uma coisa importante é que, de certa forma, consegui cumprir meu objetivos para a semana. Paguei contas, fiz exercícios todos os dias, interagi com pessoas fora do trabalho, trabalhei um pouco nos meus assuntos acadêmicos e avancei em relação a outras pendências além, é claro, de ter trabalhado bem no meu emprego.

Acho que tudo isso causou um efeito muito positivo em mim. Chegando o fim de semana e estou muito melhor do que começou. Tive pensamentos ruins hoje? Sim, mas ao menos eles me afetaram muito menos do que em outros dias. Quero que sempre seja assim e tomara que consiga produzir bem nas próximas semanas em relação aos meus planos.

Na terapia da semana, ela encerrou com a pergunta, enquanto eu falava da ansiedade: "Isso te atrapalha?". Acho que o foco que ela deu nessa pergunta me fez pensar mais sobre como preciso dominar isso e não o contrário. Porque a ansiedade não controlada acaba sendo uma pedra gigante amarrada no meu pé, impedindo-me de seguir em frente.

Quando eu não lembro da pedra, eu sou uma pessoa altamente produtiva e produzo bons resultados. Olho para essa semana e vejo como avancei em tantas coisas. E nem estou cansado. Claro que adorando o fim de semana (que será para assuntos acadêmicos) e o feriado que vai ter aqui na terça, mas trabalharia amanhã tranquilamente, se precisasse.

Que todos nós possamos ter mais semanas assim e força para dominar essas coisas que seguram tanto a nossa vida.




sábado, 10 de janeiro de 2015

Qualquer dor implica em...

Pensamentos ruins, que estou com algo muito grave e que vou morrer.

Há semanas que não tinha nada físico, certamente em grande parte a dieta que estou fazendo (comendo bem melhor) e aos exercícios que tenho feito com alguma regularidade.

Ontem, no ônibus para a cidade da minha mãe, comecei a sentir dor no estômago. Cheguei aqui ainda com dor e ontem atribuí isso a um lanche "natural" que comi no Subway.

Hoje acordei com as mesmas dores só que junto com a diarreia. Fiz os cuidados básicos (floratil, muita hidratação, não deixar de me alimentar, soro) e pelo menos disso estou um pouco melhor agora.

Mas estava o dia todo com dores no corpo e uma moleza muito grande. Agora à noite, chegou a febre. Está muito quente aqui mas eu estou embaixo de uma coberta.

Chego com uma descrição dessa em qualquer médico e certamente ouvirei: "virose". Que no fundo deve ser mesmo ou algo que não caiu mesmo bem no lanche de ontem.

A merda disso tudo é que um estado desse, que todo mundo deve ter no mínimo uma vez por ano, traz para mim vários pensamentos malucos. Sinto uma dor no peito e já acho que vou ter um infarto. Sinto frio por causa da febre e já acho que vou piorar e morrer.

Esses pensamentos me dominam de uma forma e aí fico agitado, pensando em recorrer ao rivotril (seria a 4a vez na semana) para passar logo e eu apagar. Ou seja, um lado meu entendo que os remédios vão fazer o efeito contra a febre e diarreia e estarei melhor. Outro lado, ignora essa coisa tão lógica e fica trazendo vários pensamentos ruins. 

Como eu queria nunca mais sentir isso... justo agora que tenho avançado em várias questões profissionais, pessoais e financeiras, aparecem esses pensamentos que parecem querer me avisar de que nunca serei feliz ou não ficarei nesse mundo por muito tempo.

Que saco isso...








quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

De volta ao divã

Depois da crise de sábado, decidi que tinha que voltar para a terapia. Estava relutante quanto a isso não por não reconhecer a imensa necessidade. Mas porque queria muito mesmo usar todo o dinheiro que ganho para pagar minhas dívidas e ser livre logo.

Acontece que se eu não usar parte do que ganho com cuidados comigo mesmo, logo posso chegar a um estado que não terei condições de trabalhar e não terei dinheiro para nada. Eu já passei por isso, há quase 4 anos. Estava tão mais doente do que estou hoje (acho) que simplesmente mal saía da cama, fiquei dias sem tomar banho, me alimentando só o necessário e deixando as obrigações de lado. Isso acabou gerando um efeito terrível que só fez piorar as coisas em todas as partes da minha vida.

Estou tentando puxar na memória mas não sei o que me fez decidir sair desse estado. Porque eu lembro de ter acordado um dia, ter tomado banho e feito a barba. E aí fui tentando retomar as coisas que estavam atrasadas. Procurei um médico, fiz diversos exames e foi quando comecei a tomar a fluoxetina, que naquele momento deu muito certo para mim.

Eu não mudei muita coisa além disso mas o fato de um dia ter decidido sair do estado que estava me chama a atenção agora, enquanto tento lembrar o que realmente aconteceu naquela época.

Por que estou falando isso? Bem, ontem eu disse para a psicóloga que eu conhecia parte do caminho que se percorre quando não se cuida e que por isso iria pagar menos dívidas do que queria e ia voltar à terapia.

Certas coisas, por mais que nos custem muito (não falo só de dinheiro), têm que ser feitas. Como disse para a psico ontem, é claro para mim que a maneira de não se cuidar não estava dando certo e então eu precisava fazer algo diferente.

Estou colocando em prática algumas coisas que pensei no final do ano. Me conhecendo, sempre penso até quando manterei isso. Espero ter força para que não sejam apenas mais uns meses de cuidados para depois voltar ao jeito errado de (não) me cuidar.










sábado, 3 de janeiro de 2015

Novo ano, ansiedade velha

Esse início de ano não tem sido bom. Acho que recorri ao Rivotril umas 3x já, o que dá uma média de uma vez por dia.

Ontem no trabalho me senti bem mal. Foi um dia que os colegas levaram suas famílias e acho que me sentir deslocado no assunto que os unia (filhos), piorou as coisas. Talvez também porque isso tenha me lembrado o quanto sou só.

Coloquei como meta desse ano, arrumar uma namorada. Me inscrevi numa dessas apps do tipo e não venho fazendo muito sucesso. As pessoas que se interessaram por mim, não tive interesse e as que me interessei não se interessaram por mim. Sei que faz parte do "jogo" mas fico pensando que será que vai chegar um dia que terei que escolher entre continuar só ou ficar com alguém que não me desperta interesse? Acho que isso seria a pior das coisas, não só comigo mas também com a pessoa.

Mas tenho, dentre meus medos, muito medo de ficar só e não ter ninguém para me aturar na minha velhice (se eu chegar lá). É muito ruim passar um sábado à noite sem ter ninguém pra conversar, namorar e fazer algo juntos. Tenho tarefas acadêmicas para fazer mas estou simplesmente sem disposição.

Como acontece muitas vezes aqui nesse blog, estou escrevendo enquanto espero o efeito do Rivotril vai sumir essas coisas ruins de mim.

Espero que o resto do ano seja muito melhor do que esse início. Já planejei as tarefas para alcançar as minhas metas e, de certa forma, já comecei a executá-las.

Deve fazer mais ou menos um ano e meio que voltei a ter crises de ansiedade. No período que fiquei praticamente sem, não tive coisas boas acontecendo. Não namorei, meus trabalhos foram péssimos, fiz burradas que me fazem pagar mais impostos hoje e estagnei profissionalmente. Mas, de algum ponto de 2011 até o meio de 2013 eu praticamente não recorri ao Rivotril. E tomei remédio (Fluoxetina) por pouco tempo (acho que uns seis meses).

Em resumo: não aconteceu nada de bom na minha vida nesse período mas estive praticamente livre da ansiedade. Agora, que tem realmente acontecido coisas boas na minha vida, ela veio com muita força. Não consigo entender porque.

Deveria voltar a fazer terapia, mas no meu planejamento de me livrar das dívidas, gastar 480 reais mensais fará tanta falta. De qualquer forma, vou ter que rever isso. Não posso ficar recorrendo a SOS dia sim, dia também.

Como nem tudo são reclamações, gostaria de ressaltar uma coisa boa: agora existem pessoas que lêem o que escrevo. Agradecimentos especiais a Michele, do blog http://diaadiadadepressao.blogspot.com.br/, e a Mi, do blog http://descobrindomi.blogspot.com.br, que sempre que podem comentam aqui.

Se tem mais gente que lê o blog, por favor identifique-se. E meu muito obrigado por estarem aqui comigo.