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terça-feira, 30 de julho de 2013

De volta a Fluoxetina


Depois de ter tomado a fluoxetina em 2011, voltei a tomá-la há três dias. Venho tendo esse ano alguns momentos de ansiedade maior do que o "normal" e pedi para o médico me receitar. Como deu certo da outra vez, vou tentar de novo.

A porcaria da fluoxetina é o início. Os efeitos colaterais acabam fazendo muita gente desistir. Varia de pessoa para pessoa mas nessa minha retomada com a Fluoxetina estou tendo: dor de cabeça, dor de garganta, enjoo e insônia muito piorada.

Ontem, logo depois ficar bem enjoado (caí na besteira de tomar antes do café da manhã) pensei em desistir e lutar contra isso mudando a minha vida. Algumas pessoas vêem o uso de remédios como esses como fraqueza. Eu mesmo já pensei assim. Mas não é verdade. O uso de remédios é uma das maneiras que você usa para tratar um transtorno e nem deve ser feito isoladamente.

Fazendo uma comparação grosseira: eu também tomo remédio para pressão. Mas se eu não me cuidar, não adianta o médico aumentar a dose porque logo terei problemas.

Depois disso ontem, eu respirei fundo e pensei: "dane-se. semana que vem esses efeitos não aparecerão mais e começarei a ter os benefícios da fluoxetina no tratamento da minha ansiedade". Então vou continuar não importa o que venha pela frente. Se rolar uma crise de ansiedade, tenho o rivotril por perto. Se enjoar, tomo algum remédio para isso. Mas não vou desistir da fluoxetina por causa desse início turbulento.

Sei que muitos param logo no início. Mas pense na sua vida sem os efeitos da ansiedade e depressão? Não vale a pena sofrer só uma semaninha por uma vida tranquila?

Ah, só que prescreve remédio é médico. Eu já tinha tomado antes, então não foi experimento. Quem vai decidir se vai ser fluoxetina ou sertralina ou outro, é seu médico. Não deixe de consultá-lo, ok?

Melhoras para todos nós!

O que você tem feito por você?


A pergunta do título do post me foi feita por uma enfermeira quando fui fazer um exame para ouvido. Naquela época, eu estava passando por várias profissionais porque me sentia mal de tudo. Nem sabia que estava com crises de ansiedade e essa enfermeira foi a primeira a ver que meus problemas eram muito mais da cabeça do que do corpo.

Eu não lembro o nome dela, só lembro que atendia numa clínica do plano de saúde na Tijuca (Rio). Mas nunca na vida uma pessoa me falou tantas verdades como ela me disse naquele dia. E foi a única vez que nos vimos. Impressionante como ela sabia da minha "vida" só falando comigo durante aquele exame.

Penso que muitos de nós começam a ter problemas com os diversos transtornos quando paramos de nos fazer a pergunta acima. Já parou para pensar em quanto você fez por si mesmo hoje? Semana passada? Nesse ano?

A pessoa mais importante da minha vida me disse uma vez que nossa obrigação na vida é ser feliz. Quando não estou sofrendo com os efeitos da ansiedade, fico pensando: "preciso trabalhar pela minha felicidade". Acho que todos os dias temos que buscar o que nos faz feliz, seja em casa, na rua ou no trabalho. Ninguém tem que aceitar o sofrimento. É preciso lutar e buscar virar o jogo.

Refaço a pergunta que aquele anjo me fez naquele dia: o quanto você trabalhou pela sua felicidade hoje? E na semana? E nesse ano?