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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Um sentimento que podia me visitar sempre

Se me perguntarem hoje: "Você é feliz?". Certamente, eu diria que não. Provavelmente se me fizerem essa pergunta na maior parte dos momentos a resposta vai ser a mesma.

Tenho problemas? Certamente como todo mundo. Mas por que será que a mesma pergunta para outras pessoas certamente vai ter uma resposta diferente? Bom, devem existir várias razões. Quando eu achar a fórmula, eu juro que conto.

O fato é que em toda a minha vida sempre me senti só, pessimista quanto a minha vida e a maior parte das vezes não comemorando como talvez devesse as minhas realizações.

Falo isso porque nessa semana estava voltando à noite para casa e enquanto estava na condução, vim pensando em tudo que mudou na minha vida de um ou dois anos para cá: tenho um bom emprego, recebo em dia, estou realizando um dos sonhos da minha vida com o mestrado, convivo com pessoas diariamente e até tenho uma boa interação com elas, mesmo que "forçado" pelas circunstâncias do ambiente profissional. Ainda continuo com uma dívida imensa mas quitei muita coisa esse ano. As coisas caminham nas em várias áreas da minha vida como há muito não caminhavam.

Quando pensei nessas coisas durante a viagem de volta pra casa, me veio um sentimento tão bom de satisfação pessoal, de ver que meus esforços têm rendido bons frutos na minha vida. Nesse mesmo dia, tive uma noite de sono tão boa, ou seja, não tive nenhuma dificuldade para dormir. Estava me sentindo aliviado e quem sabe até feliz com todas as mudanças que empreendi na minha vida.

Mas por que esses sentimentos não estão sempre comigo? Por que, por exemplo, não estão hoje comigo? Não sei...sabemos que para certas coisas não existe um botão (maioria das pessoas não entende isso) que nos deixe feliz, que expulse a tristeza do nosso coração, que afaste os pensamentos ruins, que desligue uma crise de ansiedade ou pânico e por aí vai.

Será que a fórmula é falar sempre para mim mesmo o quanto de bom tenho alcançado? Não sei...e talvez me falte disciplina até para esse tipo de exercício.

Uma outra coisa que posso chamar de boa na minha vida é que pareço não estar morto por dentro. Me refiro a colega de trabalho, que citei em outros posts. Tenho tido vontade de estar perto dela, de fazê-la rir e acho até que estou dando bandeira. Junto com isso vem o sentimento de ficar incomodado em vê-la preparando as baladas do fim de semana, onde provavelmente vai ficar com alguém.

Na situação dela (recém separada), provavelmente eu faria a mesma coisa e ela  tem todo direito de viver a vida dela como quiser. O incômodo a que eu me refiro é com relação a vontade de eu querer ser o cara que ela deseje ficar ou que me veja mais do que como um colega de trabalho.

Dei muita volta para falar o principal: esse tipo de sentimento é de quem está muito vivo por dentro e na busca por alguém para estar junto. Se vai ser com ela, não sei. Mas isso tudo que têm acontecido me mostra que meu coração ainda pode bater por alguém com os ônus e bônus que isso sempre traz.

Na minha história isso também pode ser chamado de vitória. Só falta eu ficar feliz.


















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