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domingo, 28 de abril de 2019

Vigilância constante

Nesses meus 10 anos com a ansiedade, já tive diversos sintomas, cada um com um grau maior ou menor dependendo da época. Atualmente, o que mais tem me atingido é esse estado de completa vigilância a cada sensação física minha, o que tem me deixado preocupado todo o tempo. Dói a mão, dói o pescoço, coça aqui, coça ali, tudo são gatilhos para eu pensar em alguma doença e ficar preocupado e sem conseguir relaxar.

Há muito o que se comemorar, é verdade. Minhas dores no pescoço estão quase sumindo, o que está relacionado à troca por um travesseiro decente. A respiração anda bem melhor também, o que foi causado também pela mudança para um lugar onde há boa circulação de ar. Tenho mantido cuidados comigo e com a casa onde moro, o que dá aquela sensação de limpeza  e organização. Já são quase 3 meses sem o SOS e os exercícios físicos vão bem também. Sim, muita coisa tem melhorado para mim. Mas...

Estava numa reunião na sexta e durante a reunião, como aconteceu em outros dias da semana passada, senti um aperto no peito. Quando isso acontece, sinto a respiração mais pesada, começo a tocar meu peito para saber se tem dor nos ossos ou músculos e começo a beber água sem parar. Curioso é que estava num dia muito bom, com bons avanços nas tarefas e boa interação com as pessoas, o que não tinha acontecido no início da mesma semana. E aí, com essa mente que não descansa, já comecei a me questionar se aquelas coisas eram mesmo emocionais ou físicas, já que eu estava num dia bom e não teria motivos aparentes para ficar preocupado ou estressado. Realmente não sei.

O fato é que isso tem acontecido muitas vezes na semana, diria todo dia, e meus pensamentos de doença ou sensação de coisa ruim não me largam, tirando minha tranquilidade, concentração no trabalho, sono, etc. Tinha uma avó (voltarei nisso na série que estou escrevendo) que claramente era hipocondríaca. Mas eu não tinha esses pensamentos de doença até mais ou menos meus 30 anos. Raramente ia a médico desde a adolescência até aos 30 e não ficava pensando em doenças.

O que será que mudou? Por que isso só piorou de uns anos para cá? Por que estou bem pior disso de uns 4 meses para cá?

Muitas perguntas e sem pistas evidentes das explicações, o que espero encontrar na minha viagem à minha história de vida.



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