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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Buscando o porto seguro

Na última segunda, depois de mais um momento de pavor, resolvi vir para a casa da minha mãe. Acabei vindo praticamente só com a roupa do corpo e estava desesperado para estar aqui.

Na terça fui a um médico que me receitou um antibiótico para a sinusite. Apesar de ter receio quanto a remédios fortes, acabei tomando porque não aguentava mais o que estava passando. E é claro que pesquisei reações que podem ocorrer com a azitromicina, o que certamente nunca é uma atitude boa. Digo que não é porque, como bom ansioso, olhar bulas sempre me causam mais mal do que benefícios.

Como sou hipertenso e tomo remédio, sempre aviso aos médicos dos remédios que tomo e lhes questiono se teria algum efeito por causa disso. Mesmo com a negativa deles, eu acabo buscando ler sobre os remédios na internet e isso me leva a mais pensamentos ruins do que informações úteis de fato.

Embora não esteja bem ainda, tive melhora nos dois primeiros dias com o antibiótico. Nem perto de estar bom, mas uma melhora perceptível. Hoje, após o 3o e último dia tomando o remédio, acabei me sentindo muito mal. Desconforto no nariz, dores na face e tensão na nuca, que me dá a sensação de tontura ou cabeça caindo. E aí tudo começa...

Diante desse quadro, meu pensamento de "estou tendo um treco, vou morrer" já é disparado e penso em muitas coisas. O que acontece quando estou assim: vontade de beber água (uma garrafa atrás da outra), tosse, dores no corpo, respiração rápida, coração acelerando e por aí vai.

Dessa vez, ao menos, não tomei o alprazolam. Estive com ele na mão mas tentei falar para mim mesmo que esse momento ia passar e eu precisava vencer esse momento. Além de tentar controlar a respiração, procurei me ocupar com alguma coisa. Primeiro com coisas de trabalho e depois com um jogo de cartas que achei no Windows.

Agora, por mais que ainda esteja com dores e sensação de cabeça pesada, estou mais calmo. Espero continuar nos próximos dias, enquanto o antibiótico ainda faz efeito no meu corpo. Segundo a bula, a meia vida é em torno de 68 horas, o que implica que ainda está agindo por mais uns dias mesmo eu tendo tomado a última dose ontem.

Embora eu tenha as mais ferramentas e conhecimento, me parece que esse momento de ansiedade é comparável a primeira manifestação, há 10 anos atrás. Ando sem fome, chorando por tudo, sem esperança, vontade de desistir do meu doutorado, etc.

Quero crer que isso é "só" a ansiedade e que não tenho nada físico muito grave. Mas provavelmente irei passar pelos vários especialistas para me certificar que não há nada de errado com o cérebro, coração, etc.






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