Já estou na quarta semana de quarentena em casa, saindo muito raramente apenas para compras em mercado. Acho que, desde o dia 13/03, saí de casa umas 5 ou 6 vezes. E cada saída é seguida de vários cuidados de higiene ao voltar, como trocar a roupa, tomar banho com sabão, higienizar as compras e por aí vai. Pessoas hipocondríacas já tomam muitos cuidados, imaginem nessa fase.
Ontem estive em dois mercados e um deles tinha mais gente do que eu acharia normal. Procurei manter uma distância segura, mas fica sempre a preocupação de ser infectado. Para evitar mais preocupação do que eu "normalmente" tenho, vou evitar sair de casa nas próximas semanas. Aqui tem um quintal, que tenho varrido quase todo dia, e isso é uma forma de contato com o mundo além do meu quarto.
Mas qualquer dorzinha ou nariz um pouco obstruído já é motivo para eu pensar que posso estar infectado. E aí vira um gatilho, que dispara diversas sensações no meu corpo. Fico agitado, sentindo mil sensações e ficando ainda mais preocupado do que já sou. Para ter risco zero de infecção, evitarei sair de casa nas próximas semanas.
Estou lidando com essa espécie de prisão de algumas formas. Tenho reservado uns minutos todo dia para pegar sol no quintal, já que aqui dentro não bate sol. Além disso, estou cuidando das minhas plantas e até plantando coisas novas. Tem sido uma experiência muito boa, especialmente quando vejo as plantas se desenvolverem.
Faço exercícios em casa todo dia, alternando cardio e exercícios de musculação. Percebi que dá para fazer muita coisa em casa, mesmo tendo pouca coisa. Tenho um halter, com uns 10 kg de peso, o que estou usando para exercícios isolados. Também tenho feito exercícios usando o peso do corpo (já estava lendo sobre isso antes da quarentena) e a experiência é interessante.
E tem o trabalho/estudo. Isso na verdade nunca faltou e estou envolvido com diversas iniciativas. Então ocupação para mente é o que não falta, embora às vezes eu tenha dificuldade de me concentrar e focar nas diversas demandas que tenho.
Com tudo isso que tenho feito não posso afirmar que meus dias estão passando devagar. Na verdade, estão passando até rápido. Mas, toda vez que penso que essa situação ainda vai se arrastar por mais uns meses, bate um certo desespero, porque não posso sair de onde estou e ficar com minha família. E a saudade tem batido bem forte ultimamente.
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