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quinta-feira, 14 de março de 2019

30 dias sem alprazolam

Ontem fez 30 dias da última vez que precisei tomar alprazolam. Naquela semana, senti necessidade por mais duas vezes mas não cheguei a tomar, lidando com meus momentos ansiosos de outras formas. O que aconteceu desde então?

Bem, nas duas semanas seguintes, estava na casa da minha mãe, local que me sinto protegido. Embora não tenha tidos dias de lazer propriamente ditos, estar descansando lá me fez muito bem. Ainda estava com crises de sinusite e dores no dente e na face, o que foi diminuindo depois que um médico me receitou um antibiótico.

Na terceira semana, voltei para a cidade onde moro para retomar meus compromissos acadêmicos. Ainda tive sintomas decorrentes da sinusite e dores no pescoço, o que julgo ser decorrente de tensão e possivelmente mal jeito para dormir. Mas já tinha melhoras no meu corpo e humor como um todo, sem nem lembrar do remédio que sempre levo na mochila e na carteira.

Na semana seguinte, a do carnaval, eu mudei de local de moradia. Morava num lugar muito pequeno e com vizinhos bem barulhentos (era uma república). Optei por pagar bem mais caro e me mudar para um lugar onde tivesse paz e com mais cara de casa. Além disso, na semana do Carnaval, eu reiniciei minha história com academias, me matriculando em uma aqui perto. Com a quantidade de estudos relacionando exercícios físicos com melhoria nos casos de ansiedade, eu preciso tentar. Academia não é bem o lugar onde mais fico a vontade, mas preciso fazer esse esforço lutar por mais saúde na minha vida.

Essa semana passei bem, na correria das minhas tarefas e nos cuidados comigo mesmo. Mal senti dores no pescoço, que me incomodaram muito nas últimas semanas e praticamente não tive problemas respiratórios. Não sei o que é causa e o que é efeito, mas é fato que meu melhor estado físico e mental caminharam juntos.

Para organizar as coisas, procurei fazer uma lista do que deveria fazer, me disciplinando para apontar todo dia o que fiz e o que não fiz. Segue minha lista:


Evitar alimentos tóxicos: café

Amanhã fazem 4 semanas que não tomo café, o que é muito difícil para mim, já que adoro café. Não acho que abandonarei o café, mas entendo que tomar como eu tomava pode influenciar no meu organismo e, por consequência, no meu estado emocional.

Não digo que eliminei a cafeína, porque tomei chá mate dia desses. Mas sei que a concentração é muito menor.  Além disso, evitei outros estimulantes, como chocolate. Esse não posso afirmar que não comi nada, mas diminuí bem.

Procurar dormir bem

É uma luta que ainda não acabou, mas tive boas vitórias. Sempre fui muito estressado para chegar nos locais antes e estava me impondo horários para acordar que eu não precisava, exceto quando tenho compromissos (como aulas). Como resultado, mesmo que eu vá dormir mais tarde, tenho tido boas horas de sono em quase todos os dias. Mas ainda preciso melhorar em muita coisa, como deitar para dormir e não ficar me distraindo enquanto o sono não vem.

Boa alimentação

Essa é uma parte que eu já tinha melhorado muita coisa, mas tenho feito algumas coisas, até para melhorar meu sistema imunológico:

- Tomar um suco de limão todo dia de manhã
- Comer frutas
- Não exagerar na quantidade de comida
- Inserir mel na alimentação
- Evitar coisas fritas

Acho que progredi bem nesse ponto

Cuidar da casa

Acredito firmemente que nosso local de descanso tem que ser agradável e organizado. Com esse pensamento, me policio para não deixar nenhuma louça suja e nem deixar as coisas bagunçadas. Tenho mantido uma certa organização em casa e essa sensação de controle tem me feito bem.

Além disso, comprei uma planta para o lugar onde moro. Já queria ter uma planta faz tempo e acabei comprando uma espada de São Jorge, planta que é ótima para ambientes fechados.

Ver as coisas no lugar, limpas e ter uma planta são pequenas mudanças que têm me feito bem.

Cuidar da minha higiene

Eu estava barbudo tem uns dois anos. Nos dias na casa da minha mãe, fiquei cada dia com mais vontade de tirar a barba, como se ela estivesse me deixando sujo. Não fico mesmo bem de barba e, quando estava tirando a barba, tive o sentimento de estar cuidando de mim.

Além disso, todo dia tenho feito a higiene bucal sem pressa, como se fosse um ritual mesmo. Sempre fiz essa parte o mais rápido possível, o que provavelmente me causou alguns problemas.

Exercícios

Mesmo não podendo gastar mais, me inscrevi numa academia aqui. A melhora nas dores do pescoço já foi perceptível após os primeiros dias indo lá. Preciso me esforçar para manter uma rotina de ir à academia.

Controle de Tarefas

Tenho feito um planejamento das tarefas da semana e, mesmo que não funcione 100% todos os dias, isso tem aumentado minha produtividade. Além disso, e é o que considero mais importante, planejar e marcar todo dia o que fiz/não fiz me dá a sensação de controle.

Interagir com as pessoas

Tem vários estudos mostrando a importância de manter relações saudáveis e como isso pode contribuir para a nossa saúde. Então, na minha planilha de controle, tem um item chamado "falar com alguém". Mesmo que sejam pessoas do meu convívio de trabalho ou academia, tenho procurado não apressar as interações para acabar logo e menos evitar falar com os outros, o que sempre faço.

Diversão

Sempre tenho muita coisa para fazer, mas raramente tenho trazido trabalho pra casa. Quando estou em casa, tenho me proporcionado fazer alguma coisa que seja entretenimento, seja algum canal de YouTube ou assistir a um jogo de futebol.

Não sei explicar como fiz isso, mas toda vez que penso em alguma tarefa no meu momento de descanso, já vem um pensamento "amanhã eu faço isso e não vou parar meu descanso".

Resumindo

Não acho que tenha descoberto a fórmula mágica, mas colocar essas coisas como pontos a verificar no fim do dia tem me feito ter a sensação de que estou no controle. Além disso, para pessoas desorganizadas como eu, colocar como uma lista de tarefas me obriga a ser disciplinado. Talvez depois de um tempo eu não precise mais disso e já faça naturalmente, tornando esses cuidados comigo como um hábito estabelecido.

Vamos em frente.













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