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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

2016 e nova/velha casa

Ontem fiz minha n mudança de cidade na minha vida. Não foram muitas cidades na minha vida (6 em 2 estados) mas se contar as vezes que morei em cada uma, acho que dá fácil mais de 10 mudanças de cidade. Fiz as contas e acho que já mobiliei umas 3 casas nessa vida, quando achava que ia criar raízes em algum lugar. Da última eu fui mais perto. Como sabia que não ficaria mais de 2 anos, comprei apenas o suficiente para o período e que fosse fácil de me desfazer. Mesmo assim, acho que foram umas 8 bolsas/mochilas de coisa na vinda para cá. Perto de quem eu era no passado, até que foi pouco mas ainda muita coisa para alguém que tem dificuldades de criar raízes.

De uns anos para cá, após essas mudanças constantes, comecei a ver o quanto gastava dinheiro e energia com coisas que mal usaria ou que iria me desfazer em pouco tempo. A cada mudança, a quantidade de itens materiais que levava diminuía. Eu era uma pessoa extremamente materialista e hoje certamente sou bem diferente. Mas sinto que ainda preciso melhorar nisso, visto que 8 mochilas de coisas ainda é muita coisa para quem nem sabe onde estará no mês que vem.

Pois é, vim para onde estou agora de forma temporária pela terceira vez na vida, até me ajeitar. Claro que é ótimo eu ter para onde voltar nesses momentos de indefinição, mas mal cheguei e já sinto que preciso dar um rumo na vida, de modo que eu venha aqui apenas como visita.

Mas mais importante do que a questão simbólica está o fato de que depois que vc mora só, a dificuldade para se adaptar em um espaço que não é seu é muito maior. Porque ao longo dos anos, adquirimos manias e estilos de vida que podem ser incompatíveis com o de outras pessoas, principalmente sob o mesmo teto.

Por isso tudo, não penso mais em ter família como sempre pensei quando era mais novo. Não digo que não vá acontecer, mas simplesmente a ideia de compartilhar o espaço e minha vida 24 hs por dia simplesmente me assusta. Mas quem sabe do futuro?

De qq forma, o ano já começou a toda e tenho me mantido ocupado com as várias coisas que preciso resolver sem olhar muito a longo prazo. Acho que isso tem sido bom para mim, pois não tem me dado muito espaço para pensamentos negativos além, é claro, de andar com as coisas que estavam paradas.

Como resultado, acho que em breve me mudarei de novo, já que aqui onde estou é muito fraco de oportunidades na minha área. Além do mais, para andar com minha carreira acadêmica preciso voltar para onde estava ano passado ou atravesse para o outro lado de Dutra de novo. Tudo vai depender de onde eu conseguir oportunidades na minha área. A questão acadêmica vai acabar sendo o desdobramento disso, já que preciso equilibrar minhas finanças. Não para ter coisas, já que não ligo para isso, mas para me livrar do enorme passivo que me tira o sono e que limita as minhas possibilidades de carreira.

Então, o foco para 2016 é resolver isso de uma vez e tirar essa imensa bola de ferro presa na minha canela. Se esquecer obviamente que tenho que terminar até março o que comecei no passado.

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