Páginas

sábado, 22 de novembro de 2014

Ansiedade: Ajudando os outros

Quando comecei a ter as piores crises de ansiedade e entendi que se tratava de um transtorno, comecei a buscar informação na internet. Estava numa época que sentia dor de cabeça e ia procurar na internet sobre o que poderia ser. O lado racional sabe que existem n motivos para dor de cabeça mas quem disse que o lado racional manda sempre em um ansioso?

Então fui entender o que era ansiedade. E foi uma infinidade de sites que encontrei, de blogs como o meu (ok, melhores do que o meu) e listas de discussão. Até cheguei a participar de uma por um tempo, onde pude aprender muito sobre os transtornos. Era um grupo de ajuda na internet mesmo, com pessoas contando sobre si e tentando se ajudar da maneira que podiam.

O fato é que tive muita ajuda nessa época que me ajudou a entender muito do que sei hoje sobre esses transtornos. Se sei tudo? Tenho certeza que não. Mas aprendi mesmo bastante coisa.

Uma pessoa muito próxima começou a tomar um anti-depressivo nessa semana. O que o médico esqueceu de dizer a ela é que esse tipo de remédio pode ter efeitos bem desagradáveis no início. Essa pessoa em especial teve enjoos, ficou sem fome e pior: sem vontade de fazer nada, em um estado de letargia que assustou um outro parente próximo. Quando essa pessoa me descreveu o quadro ontem, eu sabia que era o remédio. Aconteceu comigo e é bem normal, infelizmente.

Hoje pude sentar com essa pessoa e tentei contar melhor (tinha falado por telefone) o que esses remédios podem fazer no início e o que se pode esperar deles nos dias seguintes. A droga é que para quem está em um estado ansioso e achando que qualquer coisa pode ser sinal de uma tragédia, os efeitos iniciais desses tipos de remédios são altamente nocivos e são a razão de muitas pessoas desistirem do mesmo antes dele fazer o efeito positivo (varia mas a média deve ser de 2 a 3 semanas).

Tudo o que li, o que ouvi e a minha experiência própria serviu para que eu conversasse longamente com essa pessoa e a ajudasse, explicando que são efeitos comuns e que tendem a passar com o tempo. Disse também que a tendência é que esses efeitos diminuam nos próximos dias e que caso nada disso aconteça, então deve voltar ao médico e relatar isso. O procedimento normal é o médico tentar outro tipo de remédio. E infelizmente é assim mesmo, tentativa e erro.

Uma coisa interessante sobre isso tudo é que o que deu certo no passado não é garantia de sucesso no futuro. Quando tomei a Fluoxetina pela primeira vez, quase não tive os efeitos adversos e me dei super bem com o remédio. Da segunda vez que voltei a tomar, ano passado, foi o contrário. Passei muito mal nos primeiros dias e não consegui continuar. Foi aí que o meu médico da época me apresentou um dos mais leves do time, o Olcadil (cloxazolam).

Enfim, eu acho que a tranquilizei com a minha história e com o que aprendi graças às várias pessoas que contam suas histórias com a ansiedade e outros transtornos.

Ah, o remédio em si que a pessoa está tomando é o Citalopram e uma ótima referência com histórias sobre ele é esse blog aqui que encontrei: http://www.diariodeumadismorfia.com.br/blog/larguei-o-citalopram-e-me-fu/ (vale muito a pena ler todos os depoimentos nos comentários). Se você está começando a tomar esse remédio, passe por lá. Garanto que vai te ajudar muito.








Nenhum comentário:

Postar um comentário