Toda vez que preciso recorrer ao rivotril sinto que perdi uma batalha na guerra contra a ansiedade. Fazia exatamente uma semana que não tinha tomado o rivotril e a última foi disparada porque senti um gosto estranho na garganta e já me imaginei com algo super sério.
Ao contrário da outra, essa semana até que não foi ruim. Não vou dizer maravilhosa, mas não foi ruim. Tive uma conversa animadora no trabalho e as coisas ficaram mais interessantes por lá. Longe de ser ótimo, mas muito melhor do que têm sido as últimas semanas. Tenho as mesmas preocupações de antes e devo ter pensado em morte todos os dias da semana, mas foi uma semana melhor, por conta do fator trabalho e por uma nova perspectiva nos estudos.
Mas hoje, ao chegar em casa e vir para a minha cama, liguei me computador e comecei a me inteirar das notícias do dia. Do nada comecei a ficar nervoso e agitado (ainda estou). Não me veio nada em especial mas comecei a me sentir agitado demais e recorri ao rivotril (dessa vez 10 gotas).
Não entendo porque mesmo isso aconteceu. Não teve nada em especial que me chateasse hoje e eu estava feliz porque tinha começado o tão sonhado fim de semana, com tanto para fazer (e dormir). Por isso não consigo entender como apareceu essa crise de ansiedade de agora.
Estou aqui escrevendo (possivelmente sem muita coesão entre os parágrafos) na expectativa que o SOS faça logo seu efeito e me deixe calmo. Fico me perguntando se isso não teria a ver com uma crise de pressão alta mas estou com os remédios em dia e o resultado do exame que pegarei amanhã (MAPA) deve mostrar bons números. Durante o uso do aparelho semana passada, olhei minha pressão por várias vezes e, ao contrário da outra vez, estava sempre normal. Logo, só consigo associar essa agitação a uma crise de ansiedade.
Estou em dia com o Olcadil 2 mg que estou tomando mas penso que meu nível de ansiedade esteja muito maior do que o olcadil pode me ajudar dessa vez (ano passado tomei e me dei muito bem com ele).
Essa semana não fui nenhum dia à academia e não corri atrás do assunto terapia. Vamos ver se semana que vem volto a malhar (semana não fui por vários motivos mas o principal foi: preguiça) e quem sabe isso me ajude.
Acho que tenho que buscar a terapia logo. Pedi uma indicação de uma aqui na cidade onde moro mas até agora nada. Talvez seja melhor correr atrás por conta própria. Duro que eu fiquei um bom tempo sem usar rivotril (até tinha ele na mochila mas não usava). Acho que em 2012 foi o ano quase todo. Ano passado voltei a usar de vez em quando e esse ano já devo ter usado em pelo menos 10% dos dias no ano, o que são muitas vezes.
É fato que estou melhor do que antes do olcadil, quando estava tomando de 2 a 3 vezes por semana em média. Mas me sinto tão derrotado quando ainda preciso recorrer a isso.
Não sei se essa característica é comum a outros ansiosos, mas quando estou agitado eu bebo muita água, mas muita água mesmo. Chego a virar 1,5 litro em menos de 30 minutos. Não sei qual relação da ansiedade com beber água mas sinto necessidade de beber água.
Assim como ano passado, nessa mesma época do ano, meu sistema respiratório parece diferente, como se estivesse com mais dificuldade pra respirar do que o normal. Engraçado que estou num lugar mais quente do que os outros anos, embora aqui seja bem mais úmido, pela proximidade com o mar. Mas outra coisa que me faz sentir meio "louco" é que nessas épocas, eu consumo vidrinhos de vicky. Consumo no sentido de colocar nas narinas constantemente à noite, de modo a melhorar a minha respiração.
Mas, apesar de ter tido problemas de bronquite quando criança, não penso que essa possível dificuldade de respirar seja alguma coisa do meu sistema respiratório e sim uma resposta dele a um estado de ansiedade.
Estou pensando aqui...planejo escrever um livro há mais de ano e até hoje mal consegui começar. Mas quando estou nessas crises de ansiedade, escrevo freneticamente. Acho que, como falei, estou tentando me ocupar enquanto a crise não passa.
Queria que ela passasse logo e estou ficando sem assunto para escrever (risos). Talvez deva buscar outra coisa pra fazer, tipo encher a garrafa de água que esvaziei rapidamente durante a crise.
Espero ter cada vez menos batalhas perdidas. Penso como seria se eu estivesse namorando alguém agora. Já namorei alguém quando estava na pior fase da ansiedade e acho que joguei uma carga pesada demais para ela. Ela foi ótima comigo, claro, mas não precisava passar por isso.
Como ter alguém se eu fico tendo essas coisas? Tipo, começa a namorar alguém (como se fosse fácil) e no meio de uma crise aviso: "olha, eu sofro de ansiedade e de vez em quando fico super agitado achando que estou tendo um ataque, e só me acalmo tomando um rivotril". Ou já tento passar que sofro disso antes de começar uma envolvimento?
Parece ridículo e talvez seja mesmo. Mas são pensamentos que passam pela minha cabeça e como estou aqui escrevendo esperando essa crise passar, vou escrevendo...
Cada vez que escrevo aqui fico lembrando que ninguém lê isso aqui. Até vejo uma visita em cada post meu mas sei que se refere ao bot do google para indexa as páginas. Ou seja, estou escrevendo para ninguém além de mim mesmo e o bot.
Será que o bot um dia vai parar de indexar as páginas e me dar uns conselhos? Seria legal algum tipo de comunicação..
Bem, já estou fazendo piadas (ruins). Bom sinal que a crise parece estar sendo dominada pelas santas gotas do rivotril.
Além dos meus projetos pessoais, estava com ideia de fazer um para vencer meu medo de me aproximar de mulheres: começar a praticar a receber uns nãos nas baladas por aí e publicar essas aventuras. pensei nisso na viagem de volta semana passada e me pareceu uma coisa legal para fazer. Tipo um diário de quem só toma "toco". Já vi leituras dos pegadores mas será que tem gente que conta as histórias de fracasso? (Deve ter sim, isso não é uma inovação e necessidade só minha).
Vou pensar no assunto. Agora me vou porque parece que estou mais ou menos controlado e preciso encher a garrafa de água. (e esvaziar a bexiga).
Até a próxima, bot do google!
Venho aqui de tempos em tempos para tentar organizar meus pensamentos e, anonimamente, expurgar tudo o que me sufoca.
sexta-feira, 25 de julho de 2014
sábado, 19 de julho de 2014
Dias de tédio
Essa semana teve seus altos e baixos. Tive bons momentos com os colegas de trabalho e acho que é o que tem me sustentado lá. As pessoas são legais e parecem gostar de mim. Apesar da dificuldade de me aproximar de mulheres quando há interesse, tenho relativa facilidade de me relacionar com as pessoas em geral. Acho que meu problema é "apenas" quando assuntos amorosos/sexuais são envolvidos.
No trabalho tenho estado no ponto de torcer para dar a hora de sair. Eu acho que isso é uma coisa muito ruim, pois o dia parece durar uma eternidade. A falta de atividades tem me deixado bem mal e em alguns dias chega a ser insuportável.
Em vários pontos a minha ocupação atual é ótima. Salário, benefícios, pessoas legais, estabilidade aparente, sem aquela correria louca de antes, etc. O ponto é que essa situação lá tem me atingido de uma forma que a balança está pendendo mais para esse lado.
Semana que vem acho que vou conversar com quem me contratou para tentar ouvir dele sobre perspectivas. Talvez isso melhore as coisas ou talvez acenda uma luz clara para eles de que não estou satisfeito. E sempre fica aquela dúvida: "e se mudar para um lugar onde os problemas sejam outros?". Enfim, o desafio (acho que de todos) é buscar esse equilíbrio.
No meu caso, essas coisas afetam minha saúde mental. Por dos dias nessa semana recorri ao rivotril. Já fazem 3 que voltei a tomar o olcadil e apesar de estar mais tranquilo na média, ainda tenho uns picos de ansiedade e pensamentos ruins.
Os momentos em que não estou lá (fim de semana e à noite) eu tenho até que aproveitado bem. Academia, estada com a família, estudos de coisas novas. Hoje, até conversei com uma ex que não falava faz tempo.
O papo com ela me lembrou como é bom ter alguém para conversar e que tenha afinidade com você. Se isso é só uma carência de amigo ou de namorada eu não sei. Mas estava torcendo para ela não ter que sair enquanto conversávamos. Fazia tempo que não sentia isso...
Estou tentando preencher meu tempo da maneira que posso, com coisas que me agradam. Falta muita coisa ainda que gostaria de fazer e como disse semana passada, se no trabalho eu fico ocioso é mais tempo para pensamentos ruins.
Agora, por exemplo, por uma dor de garganta que voltou, estou tendo pensamentos ruins que tem algo errado aqui. Penso logo em um câncer de laringe, faringe ou sei lá o termo correto. Mas essa dor que vem e volta e o gosto ruim na boca de vez em quando tem despertado meus pensamentos de coisas que podem me matar.
Quando me vejo tendo esses pensamentos malucos, penso que nunca na vida terei alguém de novo. Não só pela impossibilidade de encontrar outra como aquela que desapareceu mas mais pelo o que tenho a oferecer: uma pessoa confusa, cheia de problemas financeiros, com pensamentos diários de coisas ruins que podem acontecer comigo. Eu sei que tenho coisas boas mas essas coisas tomam tanta conta de mim que acho que é isso que tenho a oferecer apenas...
Pelo menos escrever aqui tem me feito bem, pelo menos ajuda a me tirar de um sufoco momentâneo.
No trabalho tenho estado no ponto de torcer para dar a hora de sair. Eu acho que isso é uma coisa muito ruim, pois o dia parece durar uma eternidade. A falta de atividades tem me deixado bem mal e em alguns dias chega a ser insuportável.
Em vários pontos a minha ocupação atual é ótima. Salário, benefícios, pessoas legais, estabilidade aparente, sem aquela correria louca de antes, etc. O ponto é que essa situação lá tem me atingido de uma forma que a balança está pendendo mais para esse lado.
Semana que vem acho que vou conversar com quem me contratou para tentar ouvir dele sobre perspectivas. Talvez isso melhore as coisas ou talvez acenda uma luz clara para eles de que não estou satisfeito. E sempre fica aquela dúvida: "e se mudar para um lugar onde os problemas sejam outros?". Enfim, o desafio (acho que de todos) é buscar esse equilíbrio.
No meu caso, essas coisas afetam minha saúde mental. Por dos dias nessa semana recorri ao rivotril. Já fazem 3 que voltei a tomar o olcadil e apesar de estar mais tranquilo na média, ainda tenho uns picos de ansiedade e pensamentos ruins.
Os momentos em que não estou lá (fim de semana e à noite) eu tenho até que aproveitado bem. Academia, estada com a família, estudos de coisas novas. Hoje, até conversei com uma ex que não falava faz tempo.
O papo com ela me lembrou como é bom ter alguém para conversar e que tenha afinidade com você. Se isso é só uma carência de amigo ou de namorada eu não sei. Mas estava torcendo para ela não ter que sair enquanto conversávamos. Fazia tempo que não sentia isso...
Estou tentando preencher meu tempo da maneira que posso, com coisas que me agradam. Falta muita coisa ainda que gostaria de fazer e como disse semana passada, se no trabalho eu fico ocioso é mais tempo para pensamentos ruins.
Agora, por exemplo, por uma dor de garganta que voltou, estou tendo pensamentos ruins que tem algo errado aqui. Penso logo em um câncer de laringe, faringe ou sei lá o termo correto. Mas essa dor que vem e volta e o gosto ruim na boca de vez em quando tem despertado meus pensamentos de coisas que podem me matar.
Quando me vejo tendo esses pensamentos malucos, penso que nunca na vida terei alguém de novo. Não só pela impossibilidade de encontrar outra como aquela que desapareceu mas mais pelo o que tenho a oferecer: uma pessoa confusa, cheia de problemas financeiros, com pensamentos diários de coisas ruins que podem acontecer comigo. Eu sei que tenho coisas boas mas essas coisas tomam tanta conta de mim que acho que é isso que tenho a oferecer apenas...
Pelo menos escrever aqui tem me feito bem, pelo menos ajuda a me tirar de um sufoco momentâneo.
sábado, 12 de julho de 2014
Calmaria?
Esses últimos dias até que foram melhores. O trabalho esteve um pouco mais animado onde, por animado, entenda-se com tarefas que fizeram o dia passar rápido.
Estou hoje fazendo o último exame dos que minha cardio pediu e devo voltar com ela no fim do mês. Espero ter as confirmações do que tenho que cuidar e não encher a minha cabeça com mais preocupações. Mas vai dizer isso para um ansioso...
Em post passado, comentei da minha última experiência sexual. Taí uma coisa que gosto muito mas que tenho praticado pouco ou quase nada. Não sou muito de sair e de tanto mudar de casa/cidade meus círculos de amizades são sempre vazios ou compostos por pessoas já casadas, o que me impede de convidá-los para sair para conhecer mulher.
Sair sozinho e ir a luta? Seria uma opção. Mas isso parece tão estranho pra mim. Sair sem nenhum amigo/colega, ir para algum lugar onde tem mulheres e passar à noite tentando alguma coisa. Será que um dia conseguirei fazer isso? Como me disse um ex-colega de república, nenhuma mulher vai bater na porta da minha casa me procurando. Logo, se eu não sair daqui, não vou conhecer ninguém. Quem sabe não seja uma coisa que eu tome coragem de fazer num fim de semana desses.
Como sempre (essa é para os psicólogos) só ando me atraindo para mulheres que não posso ter = comprometidas. Tenho olhado com outros olhos uma colega de trabalho que se fosse uma pessoa que eu pensasse pra namorar, seria ela. Mas claro, que outra pessoa já enxergou isso e até onde eu sei eles têm um namoro bem estável. Bom para eles, eu é que preciso não alimentar isso e procurar mulheres disponíveis.
Tomei rivotril dia desses, acho que na quinta. Cheguei esbaforido no trabalho (sempre faço a mesma caminhada) e na hora já vieram vários pensamentos ruins. Esse é um dos grandes desafios que preciso vencer na minha vida. Fico pensando se isso vai me acompanhar para o resto da vida, como naquele filme sobre o John Nash que mesmo idoso ainda tinha os amigos imaginários dele. Será que serei assim até o fim da minha vida ou é uma coisa que poderei me curar? Espero que sim.
Nesse sentido, resolvi procurar terapia. Mesmo não podendo gastar, tem sido muito ruim ficar dependendo de remédios para manter o controle que perco em momentos diversos. Então resolvi procurar por um aqui na cidade onde moro mesmo. Vamos ver.
O início das aulas se aproximando e com isso a pressão pela busca de tema de pesquisa. Mas espero que esse segundo semestre seja menos corrido do que o primeiro e e eu consiga o tempo para cuidar de mim.
Estou hoje fazendo o último exame dos que minha cardio pediu e devo voltar com ela no fim do mês. Espero ter as confirmações do que tenho que cuidar e não encher a minha cabeça com mais preocupações. Mas vai dizer isso para um ansioso...
Em post passado, comentei da minha última experiência sexual. Taí uma coisa que gosto muito mas que tenho praticado pouco ou quase nada. Não sou muito de sair e de tanto mudar de casa/cidade meus círculos de amizades são sempre vazios ou compostos por pessoas já casadas, o que me impede de convidá-los para sair para conhecer mulher.
Sair sozinho e ir a luta? Seria uma opção. Mas isso parece tão estranho pra mim. Sair sem nenhum amigo/colega, ir para algum lugar onde tem mulheres e passar à noite tentando alguma coisa. Será que um dia conseguirei fazer isso? Como me disse um ex-colega de república, nenhuma mulher vai bater na porta da minha casa me procurando. Logo, se eu não sair daqui, não vou conhecer ninguém. Quem sabe não seja uma coisa que eu tome coragem de fazer num fim de semana desses.
Como sempre (essa é para os psicólogos) só ando me atraindo para mulheres que não posso ter = comprometidas. Tenho olhado com outros olhos uma colega de trabalho que se fosse uma pessoa que eu pensasse pra namorar, seria ela. Mas claro, que outra pessoa já enxergou isso e até onde eu sei eles têm um namoro bem estável. Bom para eles, eu é que preciso não alimentar isso e procurar mulheres disponíveis.
Tomei rivotril dia desses, acho que na quinta. Cheguei esbaforido no trabalho (sempre faço a mesma caminhada) e na hora já vieram vários pensamentos ruins. Esse é um dos grandes desafios que preciso vencer na minha vida. Fico pensando se isso vai me acompanhar para o resto da vida, como naquele filme sobre o John Nash que mesmo idoso ainda tinha os amigos imaginários dele. Será que serei assim até o fim da minha vida ou é uma coisa que poderei me curar? Espero que sim.
Nesse sentido, resolvi procurar terapia. Mesmo não podendo gastar, tem sido muito ruim ficar dependendo de remédios para manter o controle que perco em momentos diversos. Então resolvi procurar por um aqui na cidade onde moro mesmo. Vamos ver.
O início das aulas se aproximando e com isso a pressão pela busca de tema de pesquisa. Mas espero que esse segundo semestre seja menos corrido do que o primeiro e e eu consiga o tempo para cuidar de mim.
terça-feira, 8 de julho de 2014
Cabeça ou corpo?
Na minha experiência de 5 anos com a ansiedade, acho que foram poucos os momentos em que não tive pensamentos ruins. Se somar tudo, acho que dá um ano. Ultimamente, tenho tido diversos dias com saúde ruim: seja incômodo nos olhos, gripe, garganta ruim, dor de cabeça, dor de barriga e por aí vai.
Acho que nas últimas semanas não teve um dia só em que eu não tivesse nada. E a droga é que para cada coisa dessa associo alguma coisa muito ruim. Se estou com dor de cabeça me vêm a cabeça um derrame, se minha garganta que está ruim há semanas não melhora, já me imagino com algum tipo de câncer.
Parece doido (e é) mas isso acontece sempre. Hoje, por exemplo, estou com dores de barriga. Já tomei o floratil, segui os cuidados básicos com alimentação mas claro que minha cabeça está pensando algo ruim, como se essa dor de barriga evoluísse para alguma coisa que me levasse para o hospital.
Já ouvi muitas vezes que muitas das coisas que nosso corpo sente tem a ver com o emocional. Estou com preguiça de buscar referências científicas disso, mas acredito piamente nessa relação. Eu mesmo já tive provas disso. Há 5 anos, no auge das minhas crises de ansiedade, eu estava para pedir demissão do lugar que trabalhava. Como sou péssimo em terminar relações, demorei muito para fazer isso (fiquei ensaiando um ano, mais ou menos). Quando chegou a hora de fazer, eu ainda protelei por mais um mês. Nesse mês, a minha cabeça doía todos os dias, acompanhada por dores nos olhos. Como bom ansioso, claro que procurei um neuro (é o certo, viu?) e felizmente não tinha nada.
No dia seguinte a meu pedido de demissão, eis que as dores sumiram. Sumiram mesmo. Era como se eu não tivesse tido nada. Não pode ser mera coincidência.
Enfim, tive outros exemplos desse na minha vida, o que para mim comprova a relação de muitas enfermidades que temos com nosso estado emocional.
Com esse monte de coisas que têm acontecido comigo nos últimos tempos, fico pensando: será minha cabeça causando tudo isso? Meus exames (sangue, esteira, eco, eletro) deram quase normais. Um colesterol um pouco alto mas nada que me mate de um dia para o outro. Meu ultrassom (barriga) deu normal também. Vou fazer o mapa 24 hs esses dias e vai confirmar o que já sei; sou hipertenso.
Mas esse monte de pequenas coisas acontecendo comigo sempre me levam a pensar que tem algo muito errado comigo, com meu corpo. Não é normal eu ter quase todo dia alguma coisa diferente. Mas se é "apenas" meu corpo refletindo meu estado emocional, o que posso fazer?
Procurar terapia? Tinha decidido não nesse momento ($) mas acho que vou reconsiderar. O ponto é que minha situação profissional não é estável atualmente e se eu ficar sem emprego, terei que parar terapia. Aí fica aquele trabalho que se demora semanas pra desenvolver e é interrompido.
Mudar a situação profissional? É uma mas como falei outro dia estou preso a parte boa do meu trabalho (salário e benefícios). E a parte ruim estou na expectativa que mude nesse segundo semestre. A desvantagem de não ser mais patrão é que não é você quem decide o rumo das coisas.
Sim, ando apostando que essa situação no trabalho seja a principal causa da minha instabilidade atual. Claro que eu tenho outras questões mas se lá estivesse legal, seriam 8 horas a menos para pensar em besteira.
Sou muito grato por tudo o que o trabalho me dá mas não sei se essa forma é a melhor para mim. Mudo eu ou procuro algo com que me adapte melhor? Talvez a segunda opção seja mais fácil mas era a opção que eu vivia até o início desse ano, cujo aperto financeiro era maior, entre outras coisas.
Bom, a semana (felizmente) está chegando ao seu meio. Que ótimo, porque infelizmente ando torcendo pelos fins de semana e quando estou no trabalho, fico contando as horas para ir embora. Espero que as coisas mudem por lá ou então, para meu próprio bem, vou ter que pensar em mudança mesmo sem atingir meus objetivos financeiros.
Acho que nas últimas semanas não teve um dia só em que eu não tivesse nada. E a droga é que para cada coisa dessa associo alguma coisa muito ruim. Se estou com dor de cabeça me vêm a cabeça um derrame, se minha garganta que está ruim há semanas não melhora, já me imagino com algum tipo de câncer.
Parece doido (e é) mas isso acontece sempre. Hoje, por exemplo, estou com dores de barriga. Já tomei o floratil, segui os cuidados básicos com alimentação mas claro que minha cabeça está pensando algo ruim, como se essa dor de barriga evoluísse para alguma coisa que me levasse para o hospital.
Já ouvi muitas vezes que muitas das coisas que nosso corpo sente tem a ver com o emocional. Estou com preguiça de buscar referências científicas disso, mas acredito piamente nessa relação. Eu mesmo já tive provas disso. Há 5 anos, no auge das minhas crises de ansiedade, eu estava para pedir demissão do lugar que trabalhava. Como sou péssimo em terminar relações, demorei muito para fazer isso (fiquei ensaiando um ano, mais ou menos). Quando chegou a hora de fazer, eu ainda protelei por mais um mês. Nesse mês, a minha cabeça doía todos os dias, acompanhada por dores nos olhos. Como bom ansioso, claro que procurei um neuro (é o certo, viu?) e felizmente não tinha nada.
No dia seguinte a meu pedido de demissão, eis que as dores sumiram. Sumiram mesmo. Era como se eu não tivesse tido nada. Não pode ser mera coincidência.
Enfim, tive outros exemplos desse na minha vida, o que para mim comprova a relação de muitas enfermidades que temos com nosso estado emocional.
Com esse monte de coisas que têm acontecido comigo nos últimos tempos, fico pensando: será minha cabeça causando tudo isso? Meus exames (sangue, esteira, eco, eletro) deram quase normais. Um colesterol um pouco alto mas nada que me mate de um dia para o outro. Meu ultrassom (barriga) deu normal também. Vou fazer o mapa 24 hs esses dias e vai confirmar o que já sei; sou hipertenso.
Mas esse monte de pequenas coisas acontecendo comigo sempre me levam a pensar que tem algo muito errado comigo, com meu corpo. Não é normal eu ter quase todo dia alguma coisa diferente. Mas se é "apenas" meu corpo refletindo meu estado emocional, o que posso fazer?
Procurar terapia? Tinha decidido não nesse momento ($) mas acho que vou reconsiderar. O ponto é que minha situação profissional não é estável atualmente e se eu ficar sem emprego, terei que parar terapia. Aí fica aquele trabalho que se demora semanas pra desenvolver e é interrompido.
Mudar a situação profissional? É uma mas como falei outro dia estou preso a parte boa do meu trabalho (salário e benefícios). E a parte ruim estou na expectativa que mude nesse segundo semestre. A desvantagem de não ser mais patrão é que não é você quem decide o rumo das coisas.
Sim, ando apostando que essa situação no trabalho seja a principal causa da minha instabilidade atual. Claro que eu tenho outras questões mas se lá estivesse legal, seriam 8 horas a menos para pensar em besteira.
Sou muito grato por tudo o que o trabalho me dá mas não sei se essa forma é a melhor para mim. Mudo eu ou procuro algo com que me adapte melhor? Talvez a segunda opção seja mais fácil mas era a opção que eu vivia até o início desse ano, cujo aperto financeiro era maior, entre outras coisas.
Bom, a semana (felizmente) está chegando ao seu meio. Que ótimo, porque infelizmente ando torcendo pelos fins de semana e quando estou no trabalho, fico contando as horas para ir embora. Espero que as coisas mudem por lá ou então, para meu próprio bem, vou ter que pensar em mudança mesmo sem atingir meus objetivos financeiros.
sábado, 5 de julho de 2014
De volta?
O que deveria ser motivo de alegria parece que não mudou nada. A velha ansiedade, em menor grau, parece estar de volta. Não entendo porque...
Conquistei coisas importantes (pelo menos eu julguei que eram) nesse ano: emprego estável, vida acadêmica, uma estabilidade financeira, uma vida quase normal. No entanto, ando irritado, chateado e pior: voltei a sentir medos diários de morrer.
Já faz uns meses que tenho recorrido ao rivotril, 3 a 4 vezes por semana, em média. E esses momentos de medo têm acontecido em qualquer hora: no meio do trabalho, na rua, à noite em casa.
Ano passado foi um ano difícil com pessoa doente na família, que veio a falecer. Certamente foi muito desgastante para mim e para as pessoas próximas. Mas com a virada de ano, as coisas prometiam; arrumei um emprego numa ótima empresa, retomei minha vida acadêmica e as coisas pareciam que iam melhorar.
No entanto, já fazem meses que venho piorando com relação a ansiedade e o medo de ter um treco a cada instante.
A vida familiar não anda tranquila, é verdade. Muitos momentos de tensão e preocupação com pessoas amadas. O trabalho, que se me garantiu aquela estabilidade que achei que seria a "cura", anda chato. Tem seus momentos bons, claro. Mas a falta de controle de quem gerencia as tarefas acarreta para mim momentos de completa ociosidade. E, não me sinto parte da equipe.
Por que não trocar? É uma opção mas está acontecendo comigo o que eu tinha medo que acontecesse quando eu voltasse pro mercado de trabalho: medo de perder a estabilidade que um emprego te traz.
Não sei dizer se é o trabalho chato ou os problemas familiares, ou os dois juntos. Mas o fato é que ando muito mais instável que ano passado, quando tinha uma pessoa doente em casa.
Tenho muito medo de voltar a ter aquelas crises, que me faziam procurar atendimento emergencial no meio da noite. Foi tão assustador que até hoje tenho esse trauma, se é que posso chamar assim.
No plano pessoal, nada mudou. Ando pensando muito naquela que desapareceu (quase 3 anos já). Sei que a situação que tínhamos não era nem de perto boa. Mas, hoje, eu aceitaria QUALQUER COISA que ela me oferecesse. Muito pouco? Sim, mas ao mesmo tempo era muito o que tínhamos. Ninguém nunca me entendeu como ela, nunca cuidou de mim como ela. Sinto imensa falta da companhia dela, mesmo que apenas por uma tela de msn.
Uma amiga me disse que eu precisava fazer sexo. Até fiz recentemente. Paguei por ele. Não sei dizer se isso é vergonhoso. Deve ser, porque não conto para ninguém. Enfim, não resolveu nada. Tive um ou dois dias com cara de bobo, lembrando dos momentos com a profissional (ao contrário de outra experiência, essa foi boa) mas nada resolveu.
Tentei voltar pra terapia mas a logística em cidade grande sempre é complicada. Preciso procurar alguma que seja perto de onde trabalho ou moro. Mas porque eu preciso economizar, isso vai ter que esperar.
A parte acadêmica é o que só tenho palavras positivas. Acho que fui muito bem nesse início e se eu mantiver esse pique, acho que farei um grande trabalho. Mas tenho medo de falhar, como falhei das outras vezes que eu tentei.
Tenho tantas atividades para fazer nessa parte que meus momentos de sentimentos/pensamentos ruins me fazem desperdiçar noites e fins de semana, que poderia usar para isso. "Tá mal? Vai ler/estudar!". Qual ansioso ou depressivo que nunca ouviu um conselho parecido desse. Queria mesmo que fosse fácil assim.
Nos dias como hoje, em que uma simples dor de garganta me traz o pensamento de que posso ter algo grave, falta aquela que deixou tanta saudade e que seria a pessoa que diria; "gordinho, vai ficar tudo bem". Como sinto a sua falta, guria... Todos os dias.
Como diria o saudoso Chorão, "difícil não lembrar do que nunca se esqueceu..."
Sei que preciso seguir em frente e superar. Mas é tão difícil, guria. Seu carinho era tudo o que eu precisaria agora. Só pra me sentir forte, como só vc me fazia sentir....
Conquistei coisas importantes (pelo menos eu julguei que eram) nesse ano: emprego estável, vida acadêmica, uma estabilidade financeira, uma vida quase normal. No entanto, ando irritado, chateado e pior: voltei a sentir medos diários de morrer.
Já faz uns meses que tenho recorrido ao rivotril, 3 a 4 vezes por semana, em média. E esses momentos de medo têm acontecido em qualquer hora: no meio do trabalho, na rua, à noite em casa.
Ano passado foi um ano difícil com pessoa doente na família, que veio a falecer. Certamente foi muito desgastante para mim e para as pessoas próximas. Mas com a virada de ano, as coisas prometiam; arrumei um emprego numa ótima empresa, retomei minha vida acadêmica e as coisas pareciam que iam melhorar.
No entanto, já fazem meses que venho piorando com relação a ansiedade e o medo de ter um treco a cada instante.
A vida familiar não anda tranquila, é verdade. Muitos momentos de tensão e preocupação com pessoas amadas. O trabalho, que se me garantiu aquela estabilidade que achei que seria a "cura", anda chato. Tem seus momentos bons, claro. Mas a falta de controle de quem gerencia as tarefas acarreta para mim momentos de completa ociosidade. E, não me sinto parte da equipe.
Por que não trocar? É uma opção mas está acontecendo comigo o que eu tinha medo que acontecesse quando eu voltasse pro mercado de trabalho: medo de perder a estabilidade que um emprego te traz.
Não sei dizer se é o trabalho chato ou os problemas familiares, ou os dois juntos. Mas o fato é que ando muito mais instável que ano passado, quando tinha uma pessoa doente em casa.
Tenho muito medo de voltar a ter aquelas crises, que me faziam procurar atendimento emergencial no meio da noite. Foi tão assustador que até hoje tenho esse trauma, se é que posso chamar assim.
No plano pessoal, nada mudou. Ando pensando muito naquela que desapareceu (quase 3 anos já). Sei que a situação que tínhamos não era nem de perto boa. Mas, hoje, eu aceitaria QUALQUER COISA que ela me oferecesse. Muito pouco? Sim, mas ao mesmo tempo era muito o que tínhamos. Ninguém nunca me entendeu como ela, nunca cuidou de mim como ela. Sinto imensa falta da companhia dela, mesmo que apenas por uma tela de msn.
Uma amiga me disse que eu precisava fazer sexo. Até fiz recentemente. Paguei por ele. Não sei dizer se isso é vergonhoso. Deve ser, porque não conto para ninguém. Enfim, não resolveu nada. Tive um ou dois dias com cara de bobo, lembrando dos momentos com a profissional (ao contrário de outra experiência, essa foi boa) mas nada resolveu.
Tentei voltar pra terapia mas a logística em cidade grande sempre é complicada. Preciso procurar alguma que seja perto de onde trabalho ou moro. Mas porque eu preciso economizar, isso vai ter que esperar.
A parte acadêmica é o que só tenho palavras positivas. Acho que fui muito bem nesse início e se eu mantiver esse pique, acho que farei um grande trabalho. Mas tenho medo de falhar, como falhei das outras vezes que eu tentei.
Tenho tantas atividades para fazer nessa parte que meus momentos de sentimentos/pensamentos ruins me fazem desperdiçar noites e fins de semana, que poderia usar para isso. "Tá mal? Vai ler/estudar!". Qual ansioso ou depressivo que nunca ouviu um conselho parecido desse. Queria mesmo que fosse fácil assim.
Nos dias como hoje, em que uma simples dor de garganta me traz o pensamento de que posso ter algo grave, falta aquela que deixou tanta saudade e que seria a pessoa que diria; "gordinho, vai ficar tudo bem". Como sinto a sua falta, guria... Todos os dias.
Como diria o saudoso Chorão, "difícil não lembrar do que nunca se esqueceu..."
Sei que preciso seguir em frente e superar. Mas é tão difícil, guria. Seu carinho era tudo o que eu precisaria agora. Só pra me sentir forte, como só vc me fazia sentir....
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