Essa semana finalmente consegui comprar o Olcadil 2mg. É uma medida paliativa, eu sei, mas ao menos vai me ajudar a controlar essa ansiedade. Tem sido pior nessas semanas, tendo que recorrer ao Rivotril algumas vezes na semana.
Pode estar relacionado ao fato de tenho várias entregas nessas próximas semanas. Entrega de trabalhos finais, finalização da última disciplina de um curso que eu faço, fim do pagamento de uma dívida...
São acontecimentos que serão como etapas cumpridas em dois projetos grandes para esse ano: melhorar minha qualificação e começar a diminuir o imenso passivo, que são minhas dívidas. Não terei terminado esses projetos mas terei dado passos importantes para melhorar as coisas na minha vida.
Minha ex-psicóloga me dizia que talvez eu boicotasse minha vida, que não resolvesse os projetos inacabados, porque tinha medo do que poderia vir depois. Acho que em algumas sessões, chegamos a discutir o fato de que sem essas coisas todas, eu tivesse a consciência de que estou só. Como se os problemas que criei me ocupassem o tempo suficiente para que eu não pensasse nas minhas questões mais profundas. E talvez por isso eu nunca os resolvesse...
Tudo que tenho feito esse ano tem sido nesse sentido e tenho, de certa forma, sido bem sucedido. Vida acadêmica se encaminhando, dívidas sendo pagas e futuro profissional sendo construído.
Talvez por isso, inconscientemente, venha aquela pergunta que a psico fazia: "Do que vc tem medo de encontrar quando não tiver mais problemas para resolver?".
Não sei se o sentimento de solidão que me acompanha sempre...Lembrar que estou envelhecendo e as pessoas a minha volta também..O medo da morte, de morrer só... Pode ser isso tudo.. ou nada disso. Não sei.
No fim de semana passado estive nas salas de bate papo. Já fiz grande amizades e até namorei uma pessoa (duas, se contar aquela..). Um amigo me dizia que não entendia como eu conseguia conhecer gente via bate papo, já que pessoalmente só uma lástima. Mas não sei.. acho que talvez eu me mostre melhor numa tela de chat, sem as impressões e barreiras que o primeiro contato visual sempre colocam.
O fato é que conheci uma moça, com quem conversei o fim de semana inteiro. Foram papos muito agradáveis e certamente pela carência eu tenha ficado conversando com ela tantas horas, mesmo tendo tanta coisa pra fazer.
Mas, assim como falei em relação aos outros, eu também tenho o defeito de criar barreiras nos contatos visuais. Sendo mais claro: posso ter me amarrado no papo da pessoa, mas se visualmente não me agradar, aquela empolgação acaba se esvaindo..E em chat, estatisticamente falando, quase todas as mulheres que conheci não me agradam visualmente (como talvez eu não as agrade tb). Enfim, acho que como naquele filme do Jack Black, eu precise resolver minhas questões internas para poder enxergar a real beleza das pessoas.
Hoje no trabalho descobri que uma colega está solteira. Ela não é a pessoa que eu olharia na balada, mas tem tantas qualidades que a tornam muito atraente. Pelo menos para mim. Já me peguei pensando nela às vezes mas sempre procurei não alimentar isso porque ela era casada. E hoje, ao perceber que ela não estava mais - eu acho, fiquei feliz em saber ou pensar que ela esteja livre.
Sinto mesmo falta de ter alguém. Não alguém para ter relações sexuais apenas ou ficar por uma noite. Mas alguém com quem eu pudesse conversar, rir junto (ela tem uma risada que sempre me faz sorrir), ser parceiro mesmo. Sinto falta disso e talvez tenha materializado nela essa pessoa "ideal".
Bom, coisas para ir pensando. O que preciso é acabar essas pendências semanais que tenho (falta pouco) e poder ter tempo para cuidar de mim, seja fazendo os exercícios que a médica recomendou, seja procurando interagir com as pessoas ao vivo, conhecendo gente e talvez preenchendo os espaços que tenho na minha vida....
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