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sábado, 4 de outubro de 2014

Batalha perdida

Apesar de precisar muito, tive mesmo que parar com a terapia. Devido ao acordo financeiro que fiz com um dos credores, estou sem dinheiro até dezembro. Ou seja, tudo que receber, será para pagar as contas básicas e eliminar essa dívida. Ao menos estarei livre dessa em dezembro.

Esses dias recebi um mail do trabalho perguntando sobre planejamento de férias com relação a datas. Isso me lembrou o fato de que minhas férias não terão nada de especial, quero dizer, irei para a casa da minha mãe. Não que isso seja ruim (e não é) mas fico comparando com todas as pessoas que vi tirar férias nesses tempos e fizeram viagens super legais.

Eu não terei dinheiro para fazer isso e provavelmente estarei pagando outro acordo. É positivo tudo isso? Claro, com certeza. Ao final desse período nesse empresa, terei quitado boa parte das minhas dividas. Infelizmente não todas.

O meu receio, como disse outro dia, é não aguentar até lá. Estava conversando com minha irmã ontem. Não é normal não ter diversão, não ter prazer em nenhum momento da semana. Vendo seu dinheiro ir embora no mesmo dia que chega, dificuldades no transporte até o trabalho, chateações e tarefas múltiplas e nenhum momento para eu curtir, fazer algo diferente.

Acho que a partir de dezembro estarei bem menos ocupado. Terei ainda uma grande obrigação mas sem os compromissos e entregas semanais que tenho hoje, que me ocupam imensamente. Continuarei não tendo dinheiro mas acho que terei mais tempo. Preciso pensar numa maneira de me divertir, ter uma válvula de escape, sem que isso implique em gastos.

Pelo menos meu problema doméstico parece resolvido. Depois de longa conversa, onde ambos desabafamos, acho que chegamos a um acordo com relação às coisas daqui.

Essa conversa foi motivada porque estourei com essa pessoa um dia antes. Fiquei bravo com uma coisa que ouvi mas nada justificava minha reação grosseira. Pedi desculpas a ela. No mesmo dia no trabalho, eu também tinha perdido a calma, em outra situação que não precisava tanto.

Ando muito impaciente com tudo, aborrecido, me irritando com qualquer idiotice que vejo. E como estou cercado disso, seja no trabalho, nas redes sociais, na rua...Mas o fato é que os idiotas não vão deixar de ser idiotas e não estão nem aí se a imbecilidade humana me incomoda. Sou eu quem tem que lidar com isso da melhor maneira e não deixar essas coisas me afetarem.

Relatei tempos atrás que uma amiga atribuía a falta de sexo as minhas irritações. Bom, em maio eu fiz e isso não adiantou muita coisa. Quer dizer, no dia seguinte eu até estava me sentindo relaxado mas meses depois vejo que não é a falta de sexo que vai aliviar as coisas.

Talvez se praticar com mais frequência mas aí recaio no problema de não conseguir me aproximar de mulher e muito menos ter dinheiro para ir aos lugares onde se conhece mulher. Como disse um colega de república anos atrás, fulana não vai bater na minha porta.

Acho que com o fim das aulas as coisas estarão menos corridas e espero ter mais tranquilidade e tempo para pensar em mim. Hoje, por exemplo, estou pensando em algumas atividades que preciso fazer para essa semana que mal comecei, porque dormi muito nesse sábado e fiquei fazendo outras coisas. Sim, faltou foco. Fiz atividades interessantes, que vão me render frutos lá na frente, mas o momento talvez não tenha sido o melhor.

E como sinto falta de ter alguém para conversar. De namorada mesmo. Alguém que além de carinhos, possa escutar o tanto que tenho a falar e também possa preencher minha cabeça com o que tenha a falar, porque eu sempre gostei muito mais de ouvir do que falar.

Sinto falta de alguém para ligar só pra ter o prazer de ouvir a voz, de dar boa noite, de dormir junto, de fazer planos para o fim de semana, etc. Se isso iria resolver minhas crises de ansiedade? Acho que não, mas seria bem melhor do que recorrer ao rivotril, como fiz há pouco e foi a razão do título desse post.






















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