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quinta-feira, 13 de junho de 2019

Mais uma primavera X

A demora em escrever se deve a dois fatores: falta de tempo e inspiração. Não que faltem reflexões, muito pelo contrário, mas acho que tem me faltado algo para tirar da cabeça e colocar no "papel".

Essa semana completei mais um ano de vida e acho que sempre fico tenso nessa época do ano. Pode ser aquele momento de lembrar que tudo o que vivo hoje é muito diferente do que sonhei quando mais novo. Mas também pode ser aquela voz que fica na cabeça: "você está ficando velho, precisa dar um jeito na sua vida". Não sei, embora ache mais provável essa segunda hipótese.

As coisas têm andado por um lado e retrocederam em outras questões. Nos últimos 30 dias, fui uma vez a academia, inicialmente por dores no peito e depois por motivos diversos (=enrolação minha). Estava indo bem evitando café, mas já me vi tomando quase todo dia. Estou em um congresso e só hoje tomei 3 vezes.

Tenho tido dores de cabeça, especialmente entre os olhos. Acho que é algo com minha visão/óculos. Os pensamentos de dores, doenças e tragédias têm me ocupado mais do que nos últimos 3 meses. E aí não sei o que é causa/efeito. Se a distância dos exercícios e o consumo do café ou se esses retrocessos são frutos de um estado ansioso. Como pesquisador essas coisas me intrigam e como paciente isso me faz pensar/lamentar/preocupar.

Mas falemos de coisas boas: em assuntos acadêmicos consegui importantes avanços, que podem fazer as coisas andarem bem no segundo semestre. Só preciso me focar nessas vitórias e não me abater tanto com as derrotas.

P:S: coloquei X no título do post porque acho que já postei alguma vez com esse mesmo título. Duro é se já usei a mesma estratégia (X) antes...

2 comentários:

  1. E como vai a vida pós-alprazolam? Sentindo falta?
    Sempre tenho curiosidade em saber como está o desmame de benzodiazepínicos, pra saber se foi uma tortura igual a minha.

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    1. Olá, essa semana completei quatro meses sem. Não chego a sentir falta mas, em qualquer momento de agitação, eu lembro que tenho o remédio se precisar. Mas talvez esse desejo de bater "recordes" me faz resistir. Coisas da cabeça..rs

      Durante o mês de fevereiro, quando parei de tomar, eu me sentia muito mal, não sei se pela falta do remédio ou porque estava muito mal psicologicamente e fisicamente (sinusite). Mas, e isso é um dado importante, eu não tomava de maneira diária. Nunca tomei. Mas teve épocas da minha vida, como no período entre janeiro e fevereiro, que eu recorri ao alprazolam mais ou menos uma vez a cada 3 dias. Então, não sei se posso considerar isso um desmame.

      Outra coisa que tem tido algum efeito positivo em não pensar no alprazolam como saída, foi a cara feia de dois médicos quando falei que recorria ao alprazolam de vez em quando. Os dois do serviço público, mas procuraram me dizer que fazia mais mal do que bem a longo prazo.

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