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sábado, 27 de junho de 2015

Meses decisivos

Tentando me entender, vejo que as indefinições me deixam ainda mais agitado do que já sou. Minha cabeça está sempre a mil, imaginando mil cenários possíveis e sofrendo sempre na maior parte deles. Claro que essa capacidade tem seu lado bom. No trabalho isso acaba sendo um diferencial e tanto, pois chego em soluções que muitas pessoas não chegam na mesma velocidade. Mas, como toda dádiva tem seu custo, a capacidade da minha mente de viajar loucamente me leva a lugares que geralmente me causam mais dor do que benefícios.

Estava na dúvida sobre uma oportunidade e sofri algumas semanas com isso. Imaginando como seria se eu aceitasse (caso fosse chamado) ou não aceitasse e ficasse onde estou. Depois de muito pensar, fazer milhares de cálculos, analisar várias vezes e mudar de opinião quase todo dia, decidi por não ir. Acho que dentre as várias coisas que analisei, a mais importante foi devida as crises de ansiedade que tive no período. De um jeito ou de outro, ficando onde estou, tenho suporte de várias pessoas. E ir para um lugar onde não conheço ninguém, a um vôo de distância de casa, me fez pensar como eu ficaria quando tivesse esses dias difíceis.

Sim, tive medo de passar mal e não ter alguém por perto a quem recorrer ou que entendesse do que sofro, o que tenho aqui. E como a opção de ficar não seria ruim também, apenas adiando algumas coisas que eu queria resolver para ontem, resolvi ficar. Tenho minha lista de coisas que quero nesse ano mas não posso esquecer em nenhum momento que estar bem mentalmente é a primeira delas. As outras podem acontecer no seu tempo, já que erros de anos não vai ser corrigidos rapidamente. Então, preciso sempre dizer a mim mesmo "uma coisa de cada vez" e não posso arrumar mais coisas que me deixem mais ansioso.

Escolher sempre é difícil mas com serenidade, temos menos chance de errar. Por isso, tentei ao máximo ter isso e tomar a decisão que  me pareceu mais adequada com o que eu defini como prioridade. As outras coisas serão resolvidas, tenho certeza. Mas primeiro, preciso terminar meu primeiro passo acadêmico, ajudar uma pessoa da família em uma questão e manter meu emprego até o final do ano. Depois disso, posso me dedicar às outras coisas, com muito mais recursos do que tenho hoje, com meu passe muito mais valorizado e talvez com mais serenidade ainda, podendo estar em melhores condições para, dentre os vários cenários que minha mente visualiza, distinguir aqueles que valham a pena investir, daqueles que devo ignorar porque são criações da parte louca da minha mente e que só me fazem mal.

Que a Força esteja comigo nessa segunda metade do ano!


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