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domingo, 10 de agosto de 2014

Manter-se ocupado

Ainda acordo no domingo pensando em quão longe está o próximo fim de semana. O mundo ideal seria estarmos super animados com a segunda-feira que traz consigo a volta ao trabalho, ou no máximo indiferentes.

Mas já fazem muitos domingos que já acordo torcendo que chegue logo o fim de semana. Meu alento nessa semana é que retorno com as atividades acadêmicas e com isso a semana tenderá a passar mais rápido. Mas até quando isso? Isso é saudável? Acho que não...

No trabalho, além de ter buscado me ocupar (mesmo com tarefas chatas), parece que terei dias bem ocupados, pelo fato da equipe estar momentaneamente desfalcada. Dentro do que andei "reclamando" nas últimas semanas, isso pode ser uma coisa boa. Mas como eu sempre vejo os dois lados da moeda, não sei se será melhor ou pior com esse desfalque, que era responsável pela maior parte dos momentos descontraídos que eu tinha no trabalho. Vida que segue e mais um desafio pela frente.

Tenho uma infinidade de coisas que posso fazer no meu tempo fora do trabalho que preciso me organizar, porque corro o risco de não fazer nada e me meter em coisas demais de novo. Além disso, preciso mesmo tirar um tempo para o que as pessoas chamam de lazer. Sério, eu me divirto aprendendo coisas novas mas sei que isso não basta.

Já dizia o poeta que é impossível ser feliz sozinho. Há uns anos, eu sofria constantemente de refluxo. Para quem não sabe, na prática o efeito do refluxo é o alimento voltar do estômago e você acabar se engasgando. Não sei se é com todos mas comigo sempre aconteceu dormindo (mania de comer tarde) e acordava sem conseguir respirar direito. Além disso, depois de vomitar um líquido com gosto horrível e misturado com sangue, eu ficava muito assustado.

Por que comecei falando de poeta e terminei no refluxo? É porque nesses momentos eu pensava: "E se eu morrer aqui? Alguém vai me achar?"

Toda vez que fico mal de saúde, sempre penso em como será na velhice se eu não tiver alguém (e se chegar lá). Hoje eu sou uma pessoa relativamente independente e nessas horas, se não for nada grave, eu mesmo cuido de mim. Mas e lá na frente? Vejo pelas pessoas idosas que inevitavelmente precisam de alguém junto o tempo quase todo.

Eu ando tão ocupado cuidando da minha carreira e correndo atrás do dinheiro para pagar os meus erros do passado (impostos) que não tem me sobrado tempo para nada. Fico pensando como seria se eu tivesse namorando hoje. A última terminou dizendo que "você nunca está presente quando eu preciso de você". Isso não mudou de 2010 para cá e só piorou, pois além das tarefas já citadas, ainda tenho tentado ser um filho melhor e dar mais apoio a pessoa mais importante do mundo para mim.

Uns posts atrás eu estava me questionando (junto com o bot leitor do blog) o que eu teria a oferecer agora em um relacionamento. Sou uma pessoa divertida e tal, acho que sou uma pessoa boa e tenho cara de normal (como diria um amigo). Mas, pelas minhas experiências, sei que isso é muito pouco.

Preciso mesmo pensar nessas coisas e tentar achar um tempo para ao menos me divertir. Quem sabe eu não acho uma pessoa louca o suficiente para se divertir comigo no curto tempo que tenho livre?






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