Ontem, depois de ficar refletindo sobre tudo o que anda acontecendo comigo, tive um insight de ler minhas postagens antigas nesse blog. Eu sabia que já tinha tido boa parte dos sintomas que tenho hoje e achei que ler postagens antigas poderia me ajudar de alguma forma.
Em 2015, eu passei boa parte do meu ano com dois sintomas físicos que estou tendo agora: sinusite e a dor na parte de trás de cabeça. O que me impressionou foi que passei quase o ano inteiro tendo tudo isso. A diferença para a situação atual é que naquele ano a sinusite e as dores de cabeça não foram ao mesmo tempo.
Naquele ano eu andava bem estressado, sem férias, com tarefas acumuladas no mestrado e outro curso, namoro que foi bom no início mas depois me causou mais desgaste do que benefícios, etc. Além disso, eu passava por um conflito de largar ou não um emprego. Tive uma mudança de cidade também. Na verdade, foram duas, a última já no início de 2016.
Agora, eu também mudei de cidade, saí do emprego que tinha e estou às voltas com o doutorado. Claramente estou com um nível de estresse parecido com o daquela época. Prazos, falta de dinheiro, dormitório bem pequeno e mais barulho do que acho normal. Assim como naquela época, ando perdendo a paciência facilmente. Essa madrugada, meus vizinhos chegaram fazendo barulho e eu me irritei tanto que senti a tensão muscular na cabeça ardendo. Acabei recorrendo ao alprazolam.
Assim como naquela época, as dificuldades e motivos de insatisfação se referem mais a questões internas do que ao que acontece fora. O que quero dizer é que claramente essa somatização das coisas tem a ver com o jeito como lido com tudo.
Por exemplo: prazos. Notei que ando muito preocupado com os prazos do doutorado sendo que, no papel, não tenho motivo algum para me preocupar, pois estou com tudo em dia. Naquela época, em 2015, eu andava preocupado com os prazos mas ninguém morreu porque estiquei mais 6 meses além do prazo normal e, como resultado, fiz um grande trabalho de mestrado. Então, por que me estressei tanto? Por que ando ocupando tanto meus pensamentos imaginando situações que não aconteceram e talvez nem aconteçam?
Esse pequeno depoimento serve para ilustrar o que acontece com muitos de nós, que sofremos por questões que nós mesmos criamos e que só existem na nossa cabeça.
Como vencer isso? Ainda não sei. Mas um caminho possível talvez seja aprender a observar nossos pensamentos e não nos identificarmos com eles. Observar de maneira gentil e sem julgamentos. Nós não somos nossos pensamentos!
Sim, estou falando de meditação. E eu já sabia de boa parte disso em 2015. Por que não fiz a escolha do caminho da saúde e continuei com os velhos hábitos que me levam à doença? Como já ficou grande aqui, vou deixar para outro post.
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