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sábado, 12 de dezembro de 2015

Escolhas do dia a dia

Andei afastado do blog por um tempo como já fiz outras vezes. Acho que muito disso se deve à pouca vontade de falar de mim pois, quando fazemos isso, temos que olhar para nós mesmos. E tem momentos que isso dói tanto. Como tem sido as últimas semanas para mim...

Fiz várias escolhas ao longo desses dois meses longe do blog. Uma delas eu faria de novo, certamente. Eliminei da minha vida uma fonte constante de energia negativa e que estava me consumindo física e mentalmente. Como toda escolha tem suas consequências, minha principal fonte de renda foi eliminada. Não seria problema, porque tinha me preparado para o "inverno". Mas recorri em escolhas erradas quanto ao uso do que tinha provisionado para esse período.

Na minha profissão, já ganhei muito dinheiro. Não para ficar rico, claro. Mas, caso fosse uma pessoa moderada no uso dos meus recursos, hoje não teria nenhuma dívida e certamente um teto para morar. Como sou péssimo para lidar com altas quantias, meti os pés pelas mãos muitas vezes nesses 10 anos. Em alguns momentos foram desperdícios com assuntos materiais. Ao menos nisso melhorei, tendo apego quase zero a coisas materiais. Não almejo ter as mesmas coisas que pensava quando tinha meus 20 e poucos anos.

Outros desperdícios foram em relação a questões passionais. Sou um cara de extremos e isso se aplica em tudo a minha vida. Então, cansei de fazer gastos desnecessários em relacionamentos à distância. Tenho a incrível capacidade de ficar atraído por pessoas de longe. E por mais romantismo que ainda exista no meu coração, não posso deixar de ser pragmático, especialmente quando os recursos são limitados. Mas sempre escolhi pelo coração e me compliquei muito com isso. Não acho que tem ser 8 ou 80, mas não consigo ser diferente. Talvez uma das missões na minha evolução seja aprender a equilibrar as coisas.

Estou fazendo um trabalho de recolocação profissional e pelo menos nisso tenho feito progressos. Principalmente em me alertar que não preciso resolver a minha vida financeira para começar a trabalhar nas coisas que realmente me fazem felizes. Muitos dizem que quando você faz o que ama, o retorno acaba sendo uma consequência. Quando o foco é o dinheiro, acaba acontecendo o contrário. Então, acho que esse investimento tem valido a pena, apesar de não ser barato e de queimar um pouco mais as reservas que tenho.

Em relação às minhas pendências, tenho ido a passos de tartaruga. Algumas etapas foram vencidas mas o objetivo maior desse ano não vai ser cumprido. Simplesmente não estou conseguindo produzir. Tenho feito outras várias coisas e não focando naquilo que é um dos meus maiores sonhos. Ou seja, eu que estava indo a passos largos para encerrar essa etapa bem antes do prazo, já não sei se chegarei no prazo.

Uma amiga, que também é uma ex, tem me falado que preciso escolher o caminho da felicidade e não o do desânimo ou da preocupação que tenho escolhido todo dia. Sim, todo dia ando desanimado, empurrando os dias com a barriga. Quando não desanimado, estou preocupado com tudo. Comigo, com minha família, com meus amigos, com o país...E fico em pensamentos ruins que me tiram energia do que deveria fazer, do que tracei para mim neste ano. E completando o tripé do ansioso, ando o tempo todo com medo. Medo de chegar uma notícia ruim a qualquer momento.. medo de ter alguma coisa.. medo de me afundar ainda mais financeiramente. Medo de não ter muito tempo nesse mundo... Sim, ando pensando nisso também.

Tenho tantas coisas que demandam minha atenção que deveria conseguir me focar nisso e não gastar pensamento com coisa ruim. Mas simplesmente não tenho conseguido. E tenho ficado deprimido a maior parte do tempo, sem vontade para nada. Cumprindo as obrigações quase que de forma protocolar e só aquelas cujos prazos estão praticamente estourando.

E quando escolho essa condição (sim, é uma escolha), acabo maltratando ainda mais a mim mesmo. Abusando na alimentação, deixando exercícios de lado, dormindo mal, recorrendo ao SOS a todo momento...

Sei que tudo é reflexo das escolhas que fiz e faço. Como disse para a colega Michele, a única opção é a de lutar contra isso tudo. Tudo que nos leva a fazer escolhas erradas, principalmente aquelas que sabemos onde vai dar, porque já fizemos isso. Mas falar é tão fácil...

Um comentário:

  1. Oi! Como você bem disse, a única alternativa é lutar contra isso. Mas não tem porque ser pior do que já é, eu acredito que a ansiedade seja algo que não dê para controlar em 100% das vezes, você tem que ir um dia de cada vez, tentar, e se não conseguir, começar de novo. Se dar sempre uma nova chance. Você não é a ansiedade, você TEM ansiedade, isso pode e vai ser superado, mas sem pressionar você mesmo. Claro, é mais fácil falar do que fazer. Eu mesma tive crises esses dias, mas sempre me lembro que mudar é melhor do que me culpar ou me julgar, então, recomeço outra vez, e sempre estou um pouquinho mais forte... Você aprendeu com as experiências passadas, mas o cérebro tende a repetir porque é o que ele conhece, a gente tem que inserir experiências novas em nossa vida - o que eu vou te falar, é bem difícil no meu caso que sou bem resistente, não me perdoo e tenho problemas em aceitar a realidade. =)

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