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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Ansiedade: por favor, dá um tempo...

Depois de mais um susto na sexta, comecei a pensar em porque minha ansiedade está muito pior esse ano do que nos últimos. Na prática não é um ano ruim. Certamente melhor do que os dois anteriores ou talvez três. Mas meus dias com medo de ter um treco e estar agitado só tem aumentado.

De fato estou desenvolvendo muitas atividades. Mas será que é as obrigações constantes que me deixam pior? Será que não sei lidar com pressão de prazos e horários?

Minha médica me disse hoje que preciso procurar algo que me ajude a lidar com isso tudo, como voltar a fazer exercícios ou fazer yoga. Pior que se parar para pensar, bastaria eu me organizar e conseguiria fazer uma caminhada ou alguns exercícios de yoga em casa, já que não posso pagar um lugar para fazer ou academia.

Mas sou desorganizado, como concluiu a minha médica ao ouvir as minhas desculpas para não fazer o que deve ser feito. Como ela disse sobre o olcadil, o remédio não vai resolver a minha ansiedade. No máximo vai me deixar com dias mais tranquilos. Mas dependerei deles para sempre?

Na lista sobre transtornos que participava, o pessoal sempre dizia que tem os transtornos causados unicamente por questões psicológicas mas também que existiam aqueles causados por questões fisiológicas. Eu, que sempre achei que estava no primeiro grupo, me questiono hoje se não estou no segundo.

Como se não bastasse ter que arrumar tempo para fazer as coisas que poderiam me ajudar, ainda ando preocupado com todos da minha família. Mãe, irmão e irmã com seus problemas de saúde. Só queria que fôssemos crianças de novo, onde ninguém ficava doente e nossas preocupações eram mais simples.

Além da questão de medo de morrer e medo de perdê-los, claramente não sei lidar com a questão do envelhecimento. Quando vejo minha mãe dando sinais claros da terceira idade (como esquecer coisas que ela não esquecia) meu coração dói muito. Sofro muito com isso. Mesma coisa quando vejo meus irmãos com seus problemas de saúde, coisas que talvez façam parte do processo de envelhecer mas que definitivamente eu não sei lidar.

Quando essas questões de envelhecimento vêm a tona, penso na frase do meu colega de trabalho sobre "quem vai empurrar sua cadeira de rodas quando vc precisar?". É muito duro ficar só. Sinto falta de alguém para chorar, rir junto, fazer planos...

São tantas coisas pra pensar... Preocupações com familiares, dívidas que vou demorar muito pra pagar, solidão, minha ansiedade que não me deixa, minhas questões sobre não conseguir me aproximar de mulher, esses medos...

Só queria que a vida fosse simples. Mas não é, infelizmente. Tenho pensado em voltar à igreja, para tentar buscar paz na minha vida e também para interagir com outras pessoas.

Me sinto perdido... mas alguma coisa preciso fazer, ou não chego aos 40, como me disseram uma vez,,,





















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