Acabei indo na tal festa da empresa ontem. Até que foi divertido e a tal colega de trabalho estava lá também. Ando mesmo encantado com ela mas não sei se isso é só de carência ou se tem realmente algo...
Minha cabeça fica arrumando várias desculpas para não tentar: minha vida complicada, a fase que ela está (recém-separada, procurando aproveitar as coisas boas da vida de solteira), meu receio de levar um fora e ficar estranho no trabalho, entre outras coisas...
Acho que principalmente é devido ao fato de que acho que não sou interessante para ninguém e sempre serei rejeitado. Essa minha falta de confiança se reflete muitas vezes em outras áreas da minha vida mas é muito mais forte quando se trata de mulher. Simplesmente acho que nenhuma mulher vai ser interessar por mim. Já tive namoradas e já morei junto, mas nem o histórico me convence do contrário.
Não sei o que será com relação a ela. Meu lado ansioso fica querendo que as coisas se decidam logo, esquecendo que as coisas têm seu tempo pra acontecer ou não.
Ontem bebi muito na festa e foi um grande erro. Consegui chegar em casa, mas passei mal na rua e em casa quando cheguei. Hoje estou o dia inteiro com a cabeça doendo e estava com tontura de manhã. E agora a tarde quem veio me visitar? A ansiedade, com uma daquelas crises...Como ainda estou com efeito do alcool no meu corpo vou me esforçar ao máximo para não recorrer ao SOS, pois desconfio que pode piorar as coisas..
Ontem paguei a penúltima parcela do acordo que fiz e isso me fez começar o dia bem. A pessoa próxima que está tomando o antidepressivo já está bem melhor dos efeitos de início e estou quase fechando as tarefas acadêmicas. Faltam 4.
Acho que 2014 eu cuidei muito das minhas coisas e espero manter isso em 2015. Mas penso que em 2015 preciso realmente cuidar de mim, fisicamente e mentalmente, o que venho negligenciando para dar foco total as outras coisas. Um dos meus problemas (e minha psico sempre me lembrava isso) é que eu tento levar as coisas sempre ao extremo, me esquecendo que o que faz diferença é o equilíbrio. Não dá para focar a vida na carreira e esquecer do coração, da mesma forma que não dá para só pensar no coração e deixar a carreira de lado. Deve haver equilíbrio entre essas e todas as áreas da nossa vida. Mas que tarefa difícil, não?
Venho aqui de tempos em tempos para tentar organizar meus pensamentos e, anonimamente, expurgar tudo o que me sufoca.
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sábado, 29 de novembro de 2014
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Fim de ano e pessoas
Eu nunca gostei de final de ano. Não sei mas acho que pareço o Grinch no quesito festas de fim de ano. Acabo ficando mais deprimido nessa época e fico torcendo para passar logo a virada e começar o novo ano.
Essa sensação de solidão que aumenta nessa época é uma coisa que eu ainda não consegui entender. Acho que passei o natal só apenas uma vez mas para mim o período entre natal e ano novo, sempre é a época que me sinto mais só, mesmo estando com gente. Uma questão para lidar no futuro...
Agora que estou em uma grande empresa, aparecem coisas que são novas para mim: aquelas infindáveis oportunidades de interação social, seja para aniversário de alguém ou as festas de fim de ano, de gerência, diretoria, empresa A, empresa B e por aí vai. Fico sem vontade para ir a essas coisas, até porque nem roupa eu tenho. Na vida simples que estou buscando levar não sobrou espaço para comprar roupas "de sair". Então fico pensando se apareço nesses eventos como a mesma roupa que o pessoal já me vê todo dia.. (por mais que a gente diga que não liga para certas convenções sociais, acho que no fundo todo mundo talvez se importe um pouco - até eu)
A coisa nova nesse fim de ano é que realmente tem muitos eventos para ir. Mas acho que meu problema não é a quantidade de pessoas em volta. Por dentro sempre me sinto só. Diariamente vejo dezenas de pessoas no trabalho (trabalho em uma grande empresa) mas por mais que eu interaja, bata papo, brinque, sempre me sinto só.
Não sei se é uma coisa que talvez leve um tempo para mudar mas, de certa forma, é bom ter essas "obrigações" de interação social no trabalho. Acho que se eu não fosse "forçado" a isso, provavelmente estaria no meu canto, como acho que sempre estive na vida...
Tenho feito colegas de trabalho, pessoas com quem possa tomar um chopp de vez em quando, e até conhecido mulheres, obviamente no ambiente de trabalho, mas não deixa de ser uma oportunidade de interagir com mulher sem morrer de medo de ser rejeitado.
O ponto é que é muito difícil se forçar a ser uma coisa que não sou. Já me disseram que sou carismático, mas interagir com pessoas acaba sendo um esforço tão grande para mim que vejo que a única forma de manter isso é me forçando mesmo, como estando em ambientes como o que estou, onde é impossível ficar isolado e sem falar com ninguém.
No entanto, hoje tive a certeza do que já sabia: minha estada nessa empresa tem data para acabar. De certa forma, eu sabia que esse momento ia chegar mas hoje, ao confirmar isso, me senti mal pensando que teria que ir para outro lugar onde terei que desenvolver tudo de novo, em termos de interações sociais, tema tão difícil para mim.
Ainda tem uns meses para essa mudança acontecer mas, como bom ansioso, já estou sofrendo por conta.
Pra completar a fase, ainda estou com tanta coisa para ocupar minha cabeça nessas últimas semanas: tarefas acadêmicas, trabalhos antigos, problemas de família, acertos de dívidas...
Talvez, como a minha médica me disse, eu precise mesmo me organizar. Porque do que jeito que anda, não sobra espaço para mim e aí só vou piorando, com pensamentos ruins me assombrando cada vez mais...
Essa sensação de solidão que aumenta nessa época é uma coisa que eu ainda não consegui entender. Acho que passei o natal só apenas uma vez mas para mim o período entre natal e ano novo, sempre é a época que me sinto mais só, mesmo estando com gente. Uma questão para lidar no futuro...
Agora que estou em uma grande empresa, aparecem coisas que são novas para mim: aquelas infindáveis oportunidades de interação social, seja para aniversário de alguém ou as festas de fim de ano, de gerência, diretoria, empresa A, empresa B e por aí vai. Fico sem vontade para ir a essas coisas, até porque nem roupa eu tenho. Na vida simples que estou buscando levar não sobrou espaço para comprar roupas "de sair". Então fico pensando se apareço nesses eventos como a mesma roupa que o pessoal já me vê todo dia.. (por mais que a gente diga que não liga para certas convenções sociais, acho que no fundo todo mundo talvez se importe um pouco - até eu)
A coisa nova nesse fim de ano é que realmente tem muitos eventos para ir. Mas acho que meu problema não é a quantidade de pessoas em volta. Por dentro sempre me sinto só. Diariamente vejo dezenas de pessoas no trabalho (trabalho em uma grande empresa) mas por mais que eu interaja, bata papo, brinque, sempre me sinto só.
Não sei se é uma coisa que talvez leve um tempo para mudar mas, de certa forma, é bom ter essas "obrigações" de interação social no trabalho. Acho que se eu não fosse "forçado" a isso, provavelmente estaria no meu canto, como acho que sempre estive na vida...
Tenho feito colegas de trabalho, pessoas com quem possa tomar um chopp de vez em quando, e até conhecido mulheres, obviamente no ambiente de trabalho, mas não deixa de ser uma oportunidade de interagir com mulher sem morrer de medo de ser rejeitado.
O ponto é que é muito difícil se forçar a ser uma coisa que não sou. Já me disseram que sou carismático, mas interagir com pessoas acaba sendo um esforço tão grande para mim que vejo que a única forma de manter isso é me forçando mesmo, como estando em ambientes como o que estou, onde é impossível ficar isolado e sem falar com ninguém.
No entanto, hoje tive a certeza do que já sabia: minha estada nessa empresa tem data para acabar. De certa forma, eu sabia que esse momento ia chegar mas hoje, ao confirmar isso, me senti mal pensando que teria que ir para outro lugar onde terei que desenvolver tudo de novo, em termos de interações sociais, tema tão difícil para mim.
Ainda tem uns meses para essa mudança acontecer mas, como bom ansioso, já estou sofrendo por conta.
Pra completar a fase, ainda estou com tanta coisa para ocupar minha cabeça nessas últimas semanas: tarefas acadêmicas, trabalhos antigos, problemas de família, acertos de dívidas...
Talvez, como a minha médica me disse, eu precise mesmo me organizar. Porque do que jeito que anda, não sobra espaço para mim e aí só vou piorando, com pensamentos ruins me assombrando cada vez mais...
sábado, 22 de novembro de 2014
Terminando etapas
Acho que a minha ansiedade deu uma boa diminuída essa semana. Pode ser o fato de eu ter recomeçado com o Olcadil mas acho que é principalmente porque importantes etapas estão terminando nos próximos dias. Terminando assuntos acadêmicos (desse ano) e me preparando para os que virão em 2015.
Esse ano, apesar da volta da ansiedade, acho que fiz quase tudo certo. Estou resolvendo pendências e realizando sonhos antigos. Preciso é manter o pique e continuar o processo, porque são só algumas etapas vencidas. A estrada ainda é longa para o meu projeto de liberdade.
Comentei semana passada de uma colega de trabalho, que está solteira novamente. Não sei se é apenas carência e vontade de ter alguém, mas ando pensando nela de vez em quando, na risada que ela tem, que tem o poder de querermos contar mais coisas engraçadas só para ela rir de novo.
A coisa boa é que talvez o meu período sabático de relacionamentos esteja passando. Se eu vou namorar alguém no próximo ano, eu não sei. O que sei que o mais importante passo já está sendo dado: querer.
Como já comentei em outros posts ando mesmo sentindo falta de ter alguém. (nesse momento me peguei pensando no sorriso dela. vamos com calma...). Espero resolver o meu legado (ou diminuí-lo mais ainda) para poder estar mais disponível, em todos os sentidos, para alguém em minha vida de novo.
P.S: sem dúvida a mudança na carreira tem influência nisso. Parar de trabalhar sozinho para estar em um lugar com muitas pessoas te traz todas as coisas boas (e ruins) dos relacionamentos profissionais. Uma coisa boa é conhecer mais gente e ter alguma interação social ;-)
Esse ano, apesar da volta da ansiedade, acho que fiz quase tudo certo. Estou resolvendo pendências e realizando sonhos antigos. Preciso é manter o pique e continuar o processo, porque são só algumas etapas vencidas. A estrada ainda é longa para o meu projeto de liberdade.
Comentei semana passada de uma colega de trabalho, que está solteira novamente. Não sei se é apenas carência e vontade de ter alguém, mas ando pensando nela de vez em quando, na risada que ela tem, que tem o poder de querermos contar mais coisas engraçadas só para ela rir de novo.
A coisa boa é que talvez o meu período sabático de relacionamentos esteja passando. Se eu vou namorar alguém no próximo ano, eu não sei. O que sei que o mais importante passo já está sendo dado: querer.
Como já comentei em outros posts ando mesmo sentindo falta de ter alguém. (nesse momento me peguei pensando no sorriso dela. vamos com calma...). Espero resolver o meu legado (ou diminuí-lo mais ainda) para poder estar mais disponível, em todos os sentidos, para alguém em minha vida de novo.
P.S: sem dúvida a mudança na carreira tem influência nisso. Parar de trabalhar sozinho para estar em um lugar com muitas pessoas te traz todas as coisas boas (e ruins) dos relacionamentos profissionais. Uma coisa boa é conhecer mais gente e ter alguma interação social ;-)
Ansiedade: Ajudando os outros
Quando comecei a ter as piores crises de ansiedade e entendi que se tratava de um transtorno, comecei a buscar informação na internet. Estava numa época que sentia dor de cabeça e ia procurar na internet sobre o que poderia ser. O lado racional sabe que existem n motivos para dor de cabeça mas quem disse que o lado racional manda sempre em um ansioso?
Então fui entender o que era ansiedade. E foi uma infinidade de sites que encontrei, de blogs como o meu (ok, melhores do que o meu) e listas de discussão. Até cheguei a participar de uma por um tempo, onde pude aprender muito sobre os transtornos. Era um grupo de ajuda na internet mesmo, com pessoas contando sobre si e tentando se ajudar da maneira que podiam.
O fato é que tive muita ajuda nessa época que me ajudou a entender muito do que sei hoje sobre esses transtornos. Se sei tudo? Tenho certeza que não. Mas aprendi mesmo bastante coisa.
Uma pessoa muito próxima começou a tomar um anti-depressivo nessa semana. O que o médico esqueceu de dizer a ela é que esse tipo de remédio pode ter efeitos bem desagradáveis no início. Essa pessoa em especial teve enjoos, ficou sem fome e pior: sem vontade de fazer nada, em um estado de letargia que assustou um outro parente próximo. Quando essa pessoa me descreveu o quadro ontem, eu sabia que era o remédio. Aconteceu comigo e é bem normal, infelizmente.
Hoje pude sentar com essa pessoa e tentei contar melhor (tinha falado por telefone) o que esses remédios podem fazer no início e o que se pode esperar deles nos dias seguintes. A droga é que para quem está em um estado ansioso e achando que qualquer coisa pode ser sinal de uma tragédia, os efeitos iniciais desses tipos de remédios são altamente nocivos e são a razão de muitas pessoas desistirem do mesmo antes dele fazer o efeito positivo (varia mas a média deve ser de 2 a 3 semanas).
Tudo o que li, o que ouvi e a minha experiência própria serviu para que eu conversasse longamente com essa pessoa e a ajudasse, explicando que são efeitos comuns e que tendem a passar com o tempo. Disse também que a tendência é que esses efeitos diminuam nos próximos dias e que caso nada disso aconteça, então deve voltar ao médico e relatar isso. O procedimento normal é o médico tentar outro tipo de remédio. E infelizmente é assim mesmo, tentativa e erro.
Uma coisa interessante sobre isso tudo é que o que deu certo no passado não é garantia de sucesso no futuro. Quando tomei a Fluoxetina pela primeira vez, quase não tive os efeitos adversos e me dei super bem com o remédio. Da segunda vez que voltei a tomar, ano passado, foi o contrário. Passei muito mal nos primeiros dias e não consegui continuar. Foi aí que o meu médico da época me apresentou um dos mais leves do time, o Olcadil (cloxazolam).
Enfim, eu acho que a tranquilizei com a minha história e com o que aprendi graças às várias pessoas que contam suas histórias com a ansiedade e outros transtornos.
Ah, o remédio em si que a pessoa está tomando é o Citalopram e uma ótima referência com histórias sobre ele é esse blog aqui que encontrei: http://www.diariodeumadismorfia.com.br/blog/larguei-o-citalopram-e-me-fu/ (vale muito a pena ler todos os depoimentos nos comentários). Se você está começando a tomar esse remédio, passe por lá. Garanto que vai te ajudar muito.
Então fui entender o que era ansiedade. E foi uma infinidade de sites que encontrei, de blogs como o meu (ok, melhores do que o meu) e listas de discussão. Até cheguei a participar de uma por um tempo, onde pude aprender muito sobre os transtornos. Era um grupo de ajuda na internet mesmo, com pessoas contando sobre si e tentando se ajudar da maneira que podiam.
O fato é que tive muita ajuda nessa época que me ajudou a entender muito do que sei hoje sobre esses transtornos. Se sei tudo? Tenho certeza que não. Mas aprendi mesmo bastante coisa.
Uma pessoa muito próxima começou a tomar um anti-depressivo nessa semana. O que o médico esqueceu de dizer a ela é que esse tipo de remédio pode ter efeitos bem desagradáveis no início. Essa pessoa em especial teve enjoos, ficou sem fome e pior: sem vontade de fazer nada, em um estado de letargia que assustou um outro parente próximo. Quando essa pessoa me descreveu o quadro ontem, eu sabia que era o remédio. Aconteceu comigo e é bem normal, infelizmente.
Hoje pude sentar com essa pessoa e tentei contar melhor (tinha falado por telefone) o que esses remédios podem fazer no início e o que se pode esperar deles nos dias seguintes. A droga é que para quem está em um estado ansioso e achando que qualquer coisa pode ser sinal de uma tragédia, os efeitos iniciais desses tipos de remédios são altamente nocivos e são a razão de muitas pessoas desistirem do mesmo antes dele fazer o efeito positivo (varia mas a média deve ser de 2 a 3 semanas).
Tudo o que li, o que ouvi e a minha experiência própria serviu para que eu conversasse longamente com essa pessoa e a ajudasse, explicando que são efeitos comuns e que tendem a passar com o tempo. Disse também que a tendência é que esses efeitos diminuam nos próximos dias e que caso nada disso aconteça, então deve voltar ao médico e relatar isso. O procedimento normal é o médico tentar outro tipo de remédio. E infelizmente é assim mesmo, tentativa e erro.
Uma coisa interessante sobre isso tudo é que o que deu certo no passado não é garantia de sucesso no futuro. Quando tomei a Fluoxetina pela primeira vez, quase não tive os efeitos adversos e me dei super bem com o remédio. Da segunda vez que voltei a tomar, ano passado, foi o contrário. Passei muito mal nos primeiros dias e não consegui continuar. Foi aí que o meu médico da época me apresentou um dos mais leves do time, o Olcadil (cloxazolam).
Enfim, eu acho que a tranquilizei com a minha história e com o que aprendi graças às várias pessoas que contam suas histórias com a ansiedade e outros transtornos.
Ah, o remédio em si que a pessoa está tomando é o Citalopram e uma ótima referência com histórias sobre ele é esse blog aqui que encontrei: http://www.diariodeumadismorfia.com.br/blog/larguei-o-citalopram-e-me-fu/ (vale muito a pena ler todos os depoimentos nos comentários). Se você está começando a tomar esse remédio, passe por lá. Garanto que vai te ajudar muito.
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
Ninguém é feliz sozinho?
Essa semana finalmente consegui comprar o Olcadil 2mg. É uma medida paliativa, eu sei, mas ao menos vai me ajudar a controlar essa ansiedade. Tem sido pior nessas semanas, tendo que recorrer ao Rivotril algumas vezes na semana.
Pode estar relacionado ao fato de tenho várias entregas nessas próximas semanas. Entrega de trabalhos finais, finalização da última disciplina de um curso que eu faço, fim do pagamento de uma dívida...
São acontecimentos que serão como etapas cumpridas em dois projetos grandes para esse ano: melhorar minha qualificação e começar a diminuir o imenso passivo, que são minhas dívidas. Não terei terminado esses projetos mas terei dado passos importantes para melhorar as coisas na minha vida.
Minha ex-psicóloga me dizia que talvez eu boicotasse minha vida, que não resolvesse os projetos inacabados, porque tinha medo do que poderia vir depois. Acho que em algumas sessões, chegamos a discutir o fato de que sem essas coisas todas, eu tivesse a consciência de que estou só. Como se os problemas que criei me ocupassem o tempo suficiente para que eu não pensasse nas minhas questões mais profundas. E talvez por isso eu nunca os resolvesse...
Tudo que tenho feito esse ano tem sido nesse sentido e tenho, de certa forma, sido bem sucedido. Vida acadêmica se encaminhando, dívidas sendo pagas e futuro profissional sendo construído.
Talvez por isso, inconscientemente, venha aquela pergunta que a psico fazia: "Do que vc tem medo de encontrar quando não tiver mais problemas para resolver?".
Não sei se o sentimento de solidão que me acompanha sempre...Lembrar que estou envelhecendo e as pessoas a minha volta também..O medo da morte, de morrer só... Pode ser isso tudo.. ou nada disso. Não sei.
No fim de semana passado estive nas salas de bate papo. Já fiz grande amizades e até namorei uma pessoa (duas, se contar aquela..). Um amigo me dizia que não entendia como eu conseguia conhecer gente via bate papo, já que pessoalmente só uma lástima. Mas não sei.. acho que talvez eu me mostre melhor numa tela de chat, sem as impressões e barreiras que o primeiro contato visual sempre colocam.
O fato é que conheci uma moça, com quem conversei o fim de semana inteiro. Foram papos muito agradáveis e certamente pela carência eu tenha ficado conversando com ela tantas horas, mesmo tendo tanta coisa pra fazer.
Mas, assim como falei em relação aos outros, eu também tenho o defeito de criar barreiras nos contatos visuais. Sendo mais claro: posso ter me amarrado no papo da pessoa, mas se visualmente não me agradar, aquela empolgação acaba se esvaindo..E em chat, estatisticamente falando, quase todas as mulheres que conheci não me agradam visualmente (como talvez eu não as agrade tb). Enfim, acho que como naquele filme do Jack Black, eu precise resolver minhas questões internas para poder enxergar a real beleza das pessoas.
Hoje no trabalho descobri que uma colega está solteira. Ela não é a pessoa que eu olharia na balada, mas tem tantas qualidades que a tornam muito atraente. Pelo menos para mim. Já me peguei pensando nela às vezes mas sempre procurei não alimentar isso porque ela era casada. E hoje, ao perceber que ela não estava mais - eu acho, fiquei feliz em saber ou pensar que ela esteja livre.
Sinto mesmo falta de ter alguém. Não alguém para ter relações sexuais apenas ou ficar por uma noite. Mas alguém com quem eu pudesse conversar, rir junto (ela tem uma risada que sempre me faz sorrir), ser parceiro mesmo. Sinto falta disso e talvez tenha materializado nela essa pessoa "ideal".
Bom, coisas para ir pensando. O que preciso é acabar essas pendências semanais que tenho (falta pouco) e poder ter tempo para cuidar de mim, seja fazendo os exercícios que a médica recomendou, seja procurando interagir com as pessoas ao vivo, conhecendo gente e talvez preenchendo os espaços que tenho na minha vida....
Pode estar relacionado ao fato de tenho várias entregas nessas próximas semanas. Entrega de trabalhos finais, finalização da última disciplina de um curso que eu faço, fim do pagamento de uma dívida...
São acontecimentos que serão como etapas cumpridas em dois projetos grandes para esse ano: melhorar minha qualificação e começar a diminuir o imenso passivo, que são minhas dívidas. Não terei terminado esses projetos mas terei dado passos importantes para melhorar as coisas na minha vida.
Minha ex-psicóloga me dizia que talvez eu boicotasse minha vida, que não resolvesse os projetos inacabados, porque tinha medo do que poderia vir depois. Acho que em algumas sessões, chegamos a discutir o fato de que sem essas coisas todas, eu tivesse a consciência de que estou só. Como se os problemas que criei me ocupassem o tempo suficiente para que eu não pensasse nas minhas questões mais profundas. E talvez por isso eu nunca os resolvesse...
Tudo que tenho feito esse ano tem sido nesse sentido e tenho, de certa forma, sido bem sucedido. Vida acadêmica se encaminhando, dívidas sendo pagas e futuro profissional sendo construído.
Talvez por isso, inconscientemente, venha aquela pergunta que a psico fazia: "Do que vc tem medo de encontrar quando não tiver mais problemas para resolver?".
Não sei se o sentimento de solidão que me acompanha sempre...Lembrar que estou envelhecendo e as pessoas a minha volta também..O medo da morte, de morrer só... Pode ser isso tudo.. ou nada disso. Não sei.
No fim de semana passado estive nas salas de bate papo. Já fiz grande amizades e até namorei uma pessoa (duas, se contar aquela..). Um amigo me dizia que não entendia como eu conseguia conhecer gente via bate papo, já que pessoalmente só uma lástima. Mas não sei.. acho que talvez eu me mostre melhor numa tela de chat, sem as impressões e barreiras que o primeiro contato visual sempre colocam.
O fato é que conheci uma moça, com quem conversei o fim de semana inteiro. Foram papos muito agradáveis e certamente pela carência eu tenha ficado conversando com ela tantas horas, mesmo tendo tanta coisa pra fazer.
Mas, assim como falei em relação aos outros, eu também tenho o defeito de criar barreiras nos contatos visuais. Sendo mais claro: posso ter me amarrado no papo da pessoa, mas se visualmente não me agradar, aquela empolgação acaba se esvaindo..E em chat, estatisticamente falando, quase todas as mulheres que conheci não me agradam visualmente (como talvez eu não as agrade tb). Enfim, acho que como naquele filme do Jack Black, eu precise resolver minhas questões internas para poder enxergar a real beleza das pessoas.
Hoje no trabalho descobri que uma colega está solteira. Ela não é a pessoa que eu olharia na balada, mas tem tantas qualidades que a tornam muito atraente. Pelo menos para mim. Já me peguei pensando nela às vezes mas sempre procurei não alimentar isso porque ela era casada. E hoje, ao perceber que ela não estava mais - eu acho, fiquei feliz em saber ou pensar que ela esteja livre.
Sinto mesmo falta de ter alguém. Não alguém para ter relações sexuais apenas ou ficar por uma noite. Mas alguém com quem eu pudesse conversar, rir junto (ela tem uma risada que sempre me faz sorrir), ser parceiro mesmo. Sinto falta disso e talvez tenha materializado nela essa pessoa "ideal".
Bom, coisas para ir pensando. O que preciso é acabar essas pendências semanais que tenho (falta pouco) e poder ter tempo para cuidar de mim, seja fazendo os exercícios que a médica recomendou, seja procurando interagir com as pessoas ao vivo, conhecendo gente e talvez preenchendo os espaços que tenho na minha vida....
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
Ansiedade: por favor, dá um tempo...
Depois de mais um susto na sexta, comecei a pensar em porque minha ansiedade está muito pior esse ano do que nos últimos. Na prática não é um ano ruim. Certamente melhor do que os dois anteriores ou talvez três. Mas meus dias com medo de ter um treco e estar agitado só tem aumentado.
De fato estou desenvolvendo muitas atividades. Mas será que é as obrigações constantes que me deixam pior? Será que não sei lidar com pressão de prazos e horários?
Minha médica me disse hoje que preciso procurar algo que me ajude a lidar com isso tudo, como voltar a fazer exercícios ou fazer yoga. Pior que se parar para pensar, bastaria eu me organizar e conseguiria fazer uma caminhada ou alguns exercícios de yoga em casa, já que não posso pagar um lugar para fazer ou academia.
Mas sou desorganizado, como concluiu a minha médica ao ouvir as minhas desculpas para não fazer o que deve ser feito. Como ela disse sobre o olcadil, o remédio não vai resolver a minha ansiedade. No máximo vai me deixar com dias mais tranquilos. Mas dependerei deles para sempre?
Na lista sobre transtornos que participava, o pessoal sempre dizia que tem os transtornos causados unicamente por questões psicológicas mas também que existiam aqueles causados por questões fisiológicas. Eu, que sempre achei que estava no primeiro grupo, me questiono hoje se não estou no segundo.
Como se não bastasse ter que arrumar tempo para fazer as coisas que poderiam me ajudar, ainda ando preocupado com todos da minha família. Mãe, irmão e irmã com seus problemas de saúde. Só queria que fôssemos crianças de novo, onde ninguém ficava doente e nossas preocupações eram mais simples.
Além da questão de medo de morrer e medo de perdê-los, claramente não sei lidar com a questão do envelhecimento. Quando vejo minha mãe dando sinais claros da terceira idade (como esquecer coisas que ela não esquecia) meu coração dói muito. Sofro muito com isso. Mesma coisa quando vejo meus irmãos com seus problemas de saúde, coisas que talvez façam parte do processo de envelhecer mas que definitivamente eu não sei lidar.
Quando essas questões de envelhecimento vêm a tona, penso na frase do meu colega de trabalho sobre "quem vai empurrar sua cadeira de rodas quando vc precisar?". É muito duro ficar só. Sinto falta de alguém para chorar, rir junto, fazer planos...
São tantas coisas pra pensar... Preocupações com familiares, dívidas que vou demorar muito pra pagar, solidão, minha ansiedade que não me deixa, minhas questões sobre não conseguir me aproximar de mulher, esses medos...
Só queria que a vida fosse simples. Mas não é, infelizmente. Tenho pensado em voltar à igreja, para tentar buscar paz na minha vida e também para interagir com outras pessoas.
Me sinto perdido... mas alguma coisa preciso fazer, ou não chego aos 40, como me disseram uma vez,,,
De fato estou desenvolvendo muitas atividades. Mas será que é as obrigações constantes que me deixam pior? Será que não sei lidar com pressão de prazos e horários?
Minha médica me disse hoje que preciso procurar algo que me ajude a lidar com isso tudo, como voltar a fazer exercícios ou fazer yoga. Pior que se parar para pensar, bastaria eu me organizar e conseguiria fazer uma caminhada ou alguns exercícios de yoga em casa, já que não posso pagar um lugar para fazer ou academia.
Mas sou desorganizado, como concluiu a minha médica ao ouvir as minhas desculpas para não fazer o que deve ser feito. Como ela disse sobre o olcadil, o remédio não vai resolver a minha ansiedade. No máximo vai me deixar com dias mais tranquilos. Mas dependerei deles para sempre?
Na lista sobre transtornos que participava, o pessoal sempre dizia que tem os transtornos causados unicamente por questões psicológicas mas também que existiam aqueles causados por questões fisiológicas. Eu, que sempre achei que estava no primeiro grupo, me questiono hoje se não estou no segundo.
Como se não bastasse ter que arrumar tempo para fazer as coisas que poderiam me ajudar, ainda ando preocupado com todos da minha família. Mãe, irmão e irmã com seus problemas de saúde. Só queria que fôssemos crianças de novo, onde ninguém ficava doente e nossas preocupações eram mais simples.
Além da questão de medo de morrer e medo de perdê-los, claramente não sei lidar com a questão do envelhecimento. Quando vejo minha mãe dando sinais claros da terceira idade (como esquecer coisas que ela não esquecia) meu coração dói muito. Sofro muito com isso. Mesma coisa quando vejo meus irmãos com seus problemas de saúde, coisas que talvez façam parte do processo de envelhecer mas que definitivamente eu não sei lidar.
Quando essas questões de envelhecimento vêm a tona, penso na frase do meu colega de trabalho sobre "quem vai empurrar sua cadeira de rodas quando vc precisar?". É muito duro ficar só. Sinto falta de alguém para chorar, rir junto, fazer planos...
São tantas coisas pra pensar... Preocupações com familiares, dívidas que vou demorar muito pra pagar, solidão, minha ansiedade que não me deixa, minhas questões sobre não conseguir me aproximar de mulher, esses medos...
Só queria que a vida fosse simples. Mas não é, infelizmente. Tenho pensado em voltar à igreja, para tentar buscar paz na minha vida e também para interagir com outras pessoas.
Me sinto perdido... mas alguma coisa preciso fazer, ou não chego aos 40, como me disseram uma vez,,,